A
prender inglês é um “bicho- de-sete-cabeças”. A afirmativa está
certa ou errada? Errada, na opinião do gerente da Divisão de
Serviços a Comunidade do Centro de Computação da Unicamp, Rubens
Queiroz de Almeida. Atraído pelo idioma desde a adolescência,
o analista de sistemas sempre gostou da língua que para muitos
representa um grande desafio. Como professor de cursinhos de
inglês e usuário ativo, principalmente da leitura – por causa
dos programas de computador e outras atividades ligadas à sua
área de atuação – Queiroz acabou desenvolvendo um método para
o aprendizado da leitura em inglês, o chamado Inglês Instrumental.
Desde então, o professor já treinou uma média de 1.800 pessoas
só na Universidade. Além disso, está com planos de tornar acessível
o método pela Internet. Uma apostila contendo 750 palavras traduzidas
– uma espécie de dicionário – é o ponto de partida para quem
deseja se aventurar no aprendizado.
Através
da memorização de três ou quatro palavras por dia, ao final
da apostila o aluno terá um vocabulário de três mil palavras
mais ou menos. “É uma boa marca para quem precisa do idioma
para a leitura de textos curtos e de média complexidade”. De
acordo com ele, a memorização de toda apostila acontece num
período aproximado de cinco meses, caso o aluno mantenha a disciplina.
Mesmo podendo estudar sozinho com o método, Queiroz estimula
a participação dos interessados nos cursos que são promovidos
pelo Centro de Computação e pela Agência de Formação para Profissionais
da Unicamp (AFPU).
Durante
as aulas, a pessoa poderá obter dicas e desenvolver o hábito
da leitura. São duas aulas semanais, num período de quatro meses.
“Creio que será uma motivação a mais para o candidato que quer
aprender mais sobre a língua”, diz. O analista de sistemas entende
que ao aprender a ler a pessoa adquire maior confiança e isto
facilita o seu aprendizado para falar e escrever em inglês.
Para auxiliar ainda mais, Queiroz deve lançar nos próximos meses
uma publicação contendo 650 textos para treinar a leitura. Como
parte do método, o livro deve também estar disponível pela Internet
ainda este ano. Informações: www.dicas-l.unicamp.br/dict.pdf.
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Jovem
se destaca em concurso literário
As
notas de Português no ensino fundamental e médio não podiam
ser classificadas de excelentes. Em torno de 6 e 7, ou seja,
na média. Mas o talento para escrita, porém, foi aos poucos
sendo descoberto. A partir do estímulo da professora de Literatura
–Maria de Lourdes Zaros Giraldello, do Colégio Técnico de Limeira
(Cotil) – e a oportunidade de participar de um concurso literário
no Colégio, acendeu-se uma chama no coração do jovem de 20 anos
de nome Paulo Corrêa. Aluno do 4o ano do curso de Qualidade,
o estudante foi o vencedor em duas categorias no ano passado
e, este ano, ele repetiu a dose com mais dois trabalhos classificados
em primeiro lugar, em setembro último.
O
escritos de Corrêa são o poema “Corpo” e o conto “Flagrante”.
A melhor crônica – outra categoria avaliada – foi “Opção de
Mulher”, da aluna Gabriela Gaseta, 3o ano de Informática (diurno).
“Temos revelado verdadeiros talentos durante o concurso”, comemora
Maria de Lourdes. Para ela, o contato com os trabalhos dos alunos
tem valido a pena, pois a qualidade tem melhorado a cada ano.
Ela faz questão de destacar o empenho dos professores do Departamento
de Humanas na organização do evento, que desta vez, reuniu mais
de 500 escritos nas categorias poemas, crônicas e contos – número
que dobrou em relação ao ano passado. Devido ao grande volume
de trabalhos, a comissão julgadora decidiu classificar com menção
honrosa outros três trabalhos que se destacaram e aumentar a
quantidade de prêmios distribuídos.
Os
primeiros colocados de cada categoria receberam um Discman.
Os que foram classificados em segundo lugar ganharam uma máquina
fotográfica e em terceiro, um vale CD. Para os estudantes que
receberam menção honrosa foi dado um relógio de pulso. Além
disso, todos eles receberam um troféu de participação. A publicação
dos melhores textos também é outra característica do concurso.
“Os estudantes vêem nesta ação um estímulo para continuar escrevendo”,
destaca Maria de Lourdes. Ela lembra que o regulamento prevê
que apenas os 10 melhores textos de cada categoria sejam publicados.
Este ano, porém, a surpresa do nível do trabalho fez com que
a comissão julgadora optasse por aumentar o número de páginas
do livro. Foram editados 20 poemas, 16 crônicas e 12 contos.
Jovens talentos – “Descobri o talento por acaso”, afirma Paulo
Corrêa. Embora de maneira tímida – como ele mesmo classifica
–, o estudante sempre teve prazer em escrever textos literários.
O
acesso aos rascunhos, no entanto, só para os amigos mais íntimos.
Com o passar do tempo, o volume de atividades foi crescendo
e Corrêa acabou não dispondo mais de tempo para a escrita. O
concurso literário apareceu como uma nova esperança para o estudante.
Além dos concursos do Cotil, ele também já ganhou o prêmio Gazeta
de Limeira, quando teve que escrever sobre os “500 anos do Descobrimento
do Brasil”, em 1999 e em 2000, também recebeu o primeiro lugar
com a dissertação “Perspectivas para o final do milênio”. Se
já pensou em publicar um livro? Isto é um sonho para o estudante
que ainda não se sente preparado, embora tenha material suficiente
para a edição. Corrêa acredita que precisa amadurecer. “Quando
publicar um livro, quero que seja com qualidade”.
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