Luzes,
Internet e ação. São os ingredientes para o “Dançando além das
fronteiras” – um espetáculo de música e dança, interagindo arte
e tecnologia, que será apresentado pela Internet 2. O show utilizará
uma rede de computadores para “plugar” artistas em quatro diferentes
localidades – Denver, Minesotta, Flórida (todos nos EUA) e Brasil
– para apresentação de um espetáculo em tempo real.
É
a primeira vez que compositores, percussionistas, coreógrafos
e bailarinos realizarão uma performance deste tipo, segundo
Jônatas Manzolli, organizador do evento e coordenador do Núcleo
Interdisciplinar de Comunicação Sonora (Nics). Dos dias 12 a
14 (segunda a quarta-feira), o público poderá conferir a montagem
do espetáculo e os ensaios do grupo através do site www.nics.unicamp.br/beyond,
das 12 às 13h30 – horário do Brasil. As imagens, porém, poderão
ser acessadas a qualquer momento no mesmo site.
No
dia 15 (quinta-feira) serão realizadas duas apresentações em
horários a serem definidos pela organização. No Brasil, a equipe
do Laboratório MultiCom 21, da Faculdade de Engenharia Elétrica
da Unicamp, coordenada pelo professor Leonardo Mendes, proverá
um canal de alto-desempenho de 100 megabytes que levará a música
produzida no estúdio digital do Nics. Lá, Manzolli estará captando
som e vídeo e um conjunto musical dirigido pelo percussionista
Mestre Boca, de São José do Rio Preto, fará a estrutura rítmica
básica que será enviada pela Web.
O
som viajará pelo backbone da Internet 2 e chegará aos estúdios
de TV da Universidade da Flórida, onde outro músico brasileiro,
Welson Tremura, adicionará acordes de violão e voz. Paralelamente,
a renomada bailarina australiana Kelly Cawthon estará no palco
da Conferência Super Computing 2001, em Denver, interagindo
com um grupo de bailarinos da cidade de Nova Iorque e outro
coreógrafo baseado na Universidade de Minessota. Assim, um sistema
de multicasting na Internet 2 estará conectando paralelamente
artistas localizados em pontos geográficos distantes.
“Eles
estarão criando uma obra coletiva inédita ligando o Brasil com
a Costa Leste e Oeste dos Estados Unidos”, diz Manzolli. A criação
será dirigida pelos professores Leonardo Mendes, da Faculdade
de Engenharia Elétrica e de Computação e Jônatas Manzolli, do
Instituto de Artes. Também estarão envolvidos os pesquisadores
e artistas James Oliverio, coordenador geral do projeto e diretor
do Institute Digital Worlds da Universidade da Flórida, a bailarina
australiana Kelly Cawthon, um coreógrafo, um corpo de dança
da cidade de Nova Iorque e animadores utilizando computação
gráfica. Mais informações pelo telefone 3788-7923 ou e-mails
jonatas@nics.unicamp.br e lmendes@decom.fee.unicamp.br.
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História
à disposição da comunidade
Parte
da história da Unicamp registrada em fitas de vídeo está à disposição
da comunidade acadêmica no Centro de Comunicação da universidade.
Pesquisas científicas e educacionais, eventos, gravações de
cirurgias, aulas inaugurais e vídeos institucionais compõem
o acervo criado desde a fundação do centro como Laboratório
Interdisciplinar para a Melhoria do Ensino e Currículo (Limec).
As imagens podem ser obtidas por meio do serviço de reprodução
oferecido pelo centro.
“Há
muito tempo o Centro de Comunicação presta esse serviço, mas
muitas pessoas desconhecem”, afirma Maria Cristina Ferraz de
Toledo, coordenadora do Serviço de Atendimento ao Usuário do
centro. Cristina informa que todo o material detido pelo setor
está à disposição de pessoas vinculadas ou não à Unicamp interessadas
em adquirir cópias dessas imagens. Segundo a coordenadora, os
valores da copiagem, abaixo dos praticados no mercado, dependem
do serviço solicitado e do requisitor. Para unidades da Unicamp,
os serviços são pagos por ordem de serviço ou transferência
de verba. Pedidos particulares têm preços diferenciados.
A
tabela de preços pode ser adquirida pelo telefone (19) 3788-2428,
ou pelo e-mail crisft@obelix.unicamp.br. O banco de dados consta
da página do centro, http://www.unicamp.br/cco/. As fitas estão
acondicionadas em sala climatizada, de acordo com as normas
para conservação do produto. Diante de tanto avanço tecnológico,
a conservação de fitas em U’Matic, 1 polegada, Betacam, torna-se
inútil. A tendência do mercado audiovisual pode tornar inviável
até mesmo a manutenção de fitas em VHS. Muitas vezes, o proprietário
desconhece a possibilidade de recuperar ou proteger sua imagem.
Entre os serviços oferecidos pela equipe está a reprodução de
material particular e profissional, desde que não tenham direitos
autorais preservados, como produtos adquiridos em videolocadoras.
O
Serviço de Atendimento ao Usuário dispõe de equipamentos eficazes
na transferência do sistema analógico para o digital, que está
em evidência no mercado audiovisual. Os formatos disponíveis,
segundo a coordenadora, são U’Matic, Betacam, Betacam max, 1
polegada, VHS, Super VHS. “A única transferência impossível
é entre sistemas digitais”, explica Cristina. A partir de 2000,
por meio de financiamento da Fapesp, o Atendimento ao Usuário
reformatou o conteúdo de fitas no formato U’Matic para o formato
digital. O acervo conta no momento com 300 horas de imagens
históricas da Unicamp preservadas no formato digital. O material
está totalmente duplicado em formato VHS para viabilizar a consulta
do pesquisador.
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