A Unicamp mereceu três importantes distinções na 48ª edição do prêmio Jabuti, promovida este ano pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), todas na categoria Teoria/crítica literária. O primeiro lugar no segmento ficou com a obra “O Local da Diferença”, de autoria de Márcio Seligmann-Silva, professor de Teoria Literária do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL). A segunda colocação ficou com “Fragmentos de uma Deusa”, de Giuliana Ragusa, docente da USP. O livro foi publicado pela Editora da Unicamp. Já “Clarice Lispector Com as Pontas dos Dedos”, escrito por Vilma Áreas, também professora de Teoria Literária do IEL, mereceu a terceira posição. Ao todo, o Jabuti contemplou 19 categorias. A entrega dos troféus e o anúncio dos vencedores do “Livro do Ano” em ficção e não-ficção acontecerão no dia 13 de setembro. Em 2006, o prêmio recebeu 2.074 inscrições.

O anúncio dos premiados foi feito no último dia 8 de agosto. De acordo com a CBL, serão distribuídos R$ 120 mil aos vencedores. Concedido anualmente, o Jabuti é o mais tradicional e importante prêmio literário brasileiro. Ele foi concebido em 1958 por Edgard Cavalheiro, quando este ocupava a presidência da entidade. No ano seguinte, Diaulas Riedel, que o sucedeu na função, instituiu o troféu, por meio de um concurso entre escultores. O jabuti foi escolhido como símbolo da láurea porque, no folclore brasileiro, ele é considerado um animal que se destaca pela paciência e enacidade com que vence os desafios.

O primeiro ganhador do Jabuti na categoria Romance foi Jorge Amado, com o livro “Gabriela, Cravo e Canela”, em 1959. Desde então, renomados escritores e intelectuais brasileiros receberam o prêmio, como Carlos Heitor Cony, Florestan Fernandes, Dalton Trevisan, Cecília Meireles, Ruy Castro, Rubem Fonseca, Rachel de Queiroz, Marina Colasanti, Chico Buarque, Caco Barcellos, Gilberto Dimenstein, Isaias Pessotti, além de muitos outros.

"Como nos três anos anteriores, a Editora da Unicamp foi contemplada no Prêmio Jabuti, o mais tradicional e importante do mercado editorial brasileiro. Creio que o reconhecimento atestado por esse e por vários outros prêmios recebidos nos últimos quatro anos, é uma indicação segura de que o projeto de dotar a Unicamp de uma editora à altura da sua importância científica e cultural tem obtido sucesso. Embora os prêmios sejam concedidos a autores e livros individuais, é evidente que o sucesso seria impossível sem o empenho de um corpo funcional muito qualificado, sem a ação conseqüente de um Conselho Editorial ativo e rigoroso ou sem o apoio decisivo da Reitoria", afirma Paulo Franchetti, da Editora da Unicamp.