|
Projeto mapeia impactos de mudanças
climáticas no Rio e em São Paulo
Nepo avalia vulnerabilidade
de metrópoles
em trabalho feito em parceria com Inpe
ISABEL
GARDENAL
Um
projeto do Núcleo de Estudos da População (Nepo) da Unicamp,
em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(Inpe), está identificando nas duas maiores metrópoles brasileiras,
São Paulo e Rio de Janeiro, os lugares mais vulneráveis aos
efeitos das mudanças climáticas causadas pelo aquecimento
global. Relatório preliminar apresentado no Workshop do Painel
Internacional sobre Megacidades, Vulnerabilidade e Mudança
Climática Global, realizado nas duas cidades nos dias 26 e
27 de novembro, apontou que o ponto mais crítico no Rio de
Janeiro está nas lagoas Rodrigo de Freitas e nas Baías de
Guanabara e de Sepetiba, ao passo que em São Paulo está na
ocupação do leito dos rios Tietê e Pinheiros.
Os estudos são coordenados
na Unicamp pelo professor Daniel Hogan, responsável pela Área
de População e Ambiente, e no Inpe pelo professor Carlos Nobre.
Tal atividade mantém vínculo com a Rede Clima, criada pelo
Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) em 2007, e tem no
total dez sub-redes, entre as quais a denominada “Cidades”.
A primeira reunião da rede aconteceu no mês passado no Nepo
e teve a participação de cerca de 20 pessoas e de representantes
de uma dezena de instituições do país.
O aumento da temperatura,
constatado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas
(IPCC), já começa a dar mostras de que está afetando o Rio
de Janeiro. Segundo especialistas, por si esta elevação não
seria tão impactante não fosse a sua associação com os eventos
de chuva mais intensos e que podem alcançar em cheio as partes
mais baixas da cidade. Trata-se de uma situação caótica e
já com diversos eventos decorrentes das mudanças naturais.
Com o aquecimento global, as mudanças tendem a se intensificar.
“Os governos do Rio de Janeiro e de São Paulo não estão preparados
para enfrentá-las em curto prazo”, declara a arquiteta e urbanista
Andrea Young, autora principal do relatório e pesquisadora
do Nepo.
As primeiras avaliações tomaram
por base paineis realizados pelo grupo, congregando as ideias
dos especialistas dos dois Estados e do exterior na área de
mudanças climáticas. O Estado do Rio de Janeiro já possuía
um documento elaborado pelos pesquisadores do Instituto Pereira
Passos, da Secretaria do Meio Ambiente da Prefeitura, que
serviu como ponto inicial para situar os vários problemas
das mudanças climáticas. Nesse Estado, foi efetuado um levantamento
das áreas mais vulneráveis entre a cota 40 cm e 2 metros,
notando-se que a elevação do nível do mar se agravaria muito
se somada aos eventos de chuva mais intensos.
Essa associação, explica Young,
começaria a interferir também em áreas que normalmente não
seriam alcançadas. Conforme ela, como o Rio de Janeiro sofreu
um processo de ocupação muito intenso e irregular, as áreas
de morros e de encostas sofreram com o desmatamento, tornando-se
mais sujeitas a desmoronamentos. Isso porque a superfície
do solo passou a não contar mais com a proteção da vegetação
e, à medida em que ocorrem chuvas mais intensas, também desprendem-se
as camadas superficiais do solo, deixando-o mais propício
a escorregamentos, por não dispor de um sistema de drenagem
adequado.
Young relata que a ocupação
ocorreu onde se situam os manguezais, as planícies, as lagoas
como a Rodrigo de Freitas e as baías de Guanabara e de Sepetiba.
Todas essas áreas, diz a pesquisadora, passaram a receber
esta contribuição tanto do processo de assoreamento como de
contaminação, em razão da presença dos lixões que estão nas
favelas e em áreas espalhadas pelos morros. “Com o aumento
do nível do mar, nas superfícies, ocorrem pressões sobre a
infraestrutura de saneamento que, em muitos locais, possui
mais de 100 anos. O lençol freático também submerge e colabora
para pressionar o sistema de saneamento, que pode se romper
e contaminar ainda mais as áreas. Então, o problema das mudanças
climáticas no Rio de Janeiro deve agravar a situação”.
São Paulo
Em
São Paulo, o processo de ocupação foi diferente do que o registrado
no Rio de Janeiro, compara Young, por não ser uma cidade litorânea.
Guardadas as devidas proporções, outros problemas relevantes
também acometem a Capital. O maior deles talvez seja a ocupação
dos leitos dos rios Tietê e Pinheiros. A arquiteta recorda
que o Tietê tornou-se comprometido porque a expansão urbana
foi tão vasta e intensa que se espalhou por toda esta bacia.
Um ponto a ser considerado, expõe, foi que as áreas de várzea
e de margem não foram de todo protegidas e nem mantidas ao
longo de sua expansão. Também o sistema viário acabou convergindo
para o centro da cidade, a partir do qual começou a se expandir,
observando-se um núcleo central com as marginais em torno
e, a partir disso, iniciando a expansão para outros municípios.
Outra coisa: vigora até hoje o mesmo padrão de ocupação dos
últimos 100 anos.
Lamentavelmente, pontua a
arquiteta, as medidas tomadas pelo governo do Estado não conseguem
suprir essas carências. São elas a canalização dos rios e
a implantação de piscinões, para prover a ausência das várzeas,
que fariam a reservação da água em momentos de cheia. No seu
entender, elas não funcionam como poderiam, se não tivesse
ocorrido este processo de ocupação, quando tudo foi impermeabilizado.
Mesmo a canalização, ao invés de atuar como fator positivo,
em alguns momentos chega a atrapalhar.
A pesquisadora enfatiza que
o rio Tietê – que tem meandros naturais e que é propício a
várzeas e margens, além de ter o poder de diminuir a velocidade
das águas, na hora de uma cheia, e as inundações a jusante
– fez um processo contrário: a vazão começou a ficar maior
devido à impermeabilização e à canalização. “A água cai, não
penetra no solo e vai para este rio canalizado. Ele enche
muito rapidamente e não consegue dar conta do escoamento porque
não tem mais a profundidade anterior em função do assoreamento
que vai ocorrendo.”
Dessa forma, dimensiona Young,
há o problema de impermeabilização do solo que foi desmatado
e da sua ocupação pela área urbana. Logo, onde existe solo
exposto, este também sofre run-off, isto é, um carreamento,
e vai todo para a bacia. Paralelamente, estas bacias foram
ocupadas por sistemas viários absolutamente sobrecarregados.
“É uma poluição absurda pela emissão por parte dos veículos,
transformando a bacia em uma bacia de poluição, e o que era
para ser um local de controle do regime natural do sistema
hídrico passa a entrar em colapso. Como consequência, a inundação
pode estar presente em vários pontos, como no rio Tamanduateí,
na bacia do Aricanduva e em várias microbacias da região”.
Escala
e modelagem
A especialista diz que as principais previsões para o planeta
partem do IPCC e aludem-se a um período de 100 anos. Ele fornece
quatro cenários: A1, A2, B1, B2, que constituem referências
com relação às emissões futuras de gases de efeito estufa,
os quais levam em consideração forçantes controladoras como
demografia, desenvolvimento socioeconômico, mudança tecnológica,
bem como suas interações. O IPCC realiza análises sistemáticas
sobre o conhecimento científico das mudanças climáticas globais,
seus impactos potenciais e as opções de mitigação e de adaptação.
Young diz que caberá ao Brasil
fazer uma aproximação mais otimista desses cenários. No entanto,
reconhece que existem alguns problemas de escalas para fazer
uma aproximação mais realista. Os cenários estão numa escala
que, quando trazida para o nível local, praticamente se refere
à mancha urbana que toma o município do Rio de Janeiro como
um todo, não dando para perceber possíveis variações – há
mudanças na microescala em razão do próprio uso e ocupação
do solo. “É algo bem complexo e exige detalhamento das áreas
que poderão estar sofrendo mais ou menos com isso, por conta
da vulnerabilidade local e social”, afirma a arquiteta.
Os modelos mostram ainda muita
dificuldade de reportar algo sobre regiões específicas. Particularmente,
o meteorologista José Marengo, professor do Centro de Previsão
de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (CPTec do Inpe), tem se debruçado em estudar downscaling
para conhecer como os impactos serão sentidos diferentemente
por regiões. Este é um dos grandes desafios do momento para
os estudiosos do clima. “Os modelos devem caminhar para serem
mais realistas em regiões como o Litoral Norte de São Paulo
ou como a região metropolitana de São Paulo e do Rio de Janeiro”,
afirma Hogan.
O que de mais seguro os modelos
atuais conseguem fazer, revela ele, é falar em nível de escala
global. O primeiro esforço de Marengo para regionalizar os
cenários dos grandes modelos indicou que a Amazônia poderá
ter diminuída 40% da sua cobertura florestal, que tende a
ser substituída pelo bioma savana. No Nordeste, a redução
de chuvas poderá causar perdas na agricultura e reduzir a
capacidade de pastoreio de bovinos de corte. A região será
impactada com a desertificação de grandes áreas. O Sul e o
Sudeste, graças às suas maiores resiliências, serão os menos
impactados. A Amazônia e o Nordeste seriam, portanto, as regiões
brasileiras mais vulneráveis às mudanças climáticas.
Cenários
De acordo com os relatórios de Marengo, o aumento da chuva
tem se intensificado nos últimos dez anos. Mas foi ao longo
do processo de industrialização que a temperatura nas cidades
brasileiras aumentou, sobretudo nos últimos 50 anos. Existe
uma previsão pessimista no relatório IPCC de aumento de três
graus mundialmente nos próximos 100 anos, ao passo que o último
Relatório de Copenhague foi menos otimista ainda, ao informar
que o aumento já está se processando. “Se a elevação da temperatura
exceder dois graus, poderá então implicar perdas de culturas
agrícolas e de vegetação; em termos de biodiversidade, algumas
espécies poderão ser extintas; e o degelo nas montanhas, no
Ártico e nos polos, com certeza poderá afetar os oceanos”,
descreve Hogan.
Não falando mais a respeito
de eventos físicos, ele menciona as repercussões para o ser
humano. “As mudanças serão em termos de intensidade, não de
quantidade de chuvas. As tempestades serão mais frequentes
e as precipitações virão com intensidade nos períodos interchuva
(secos) e haverá mudanças no padrão de umidade”, informa.
Segundo o professor, certos grupos populacionais como os de
bebês e de idosos sofrerão mais ainda com os picos de seca.
Algumas medidas do sistema
de saúde, acredita ele, deverão ser pensadas para atender
e preparar as demandas. Outras medidas em termos das chuvas
e precipitações intensas deverão atuar no sentido de reforçar
a Defesa Civil que, em sua opinião, já tem melhorado sensivelmente.
“Este órgão precisa envolver as populações. Elas devem ser
mais aparelhadas para esses eventos. Tudo o que falamos sobre
o futuro exige já no presente alguns cuidados, pois por certo
o futuro será pior”, relata Hogan. “Se este tema for enfrentado
somente por quem está estudando-o, não será suficiente. Todo
mundo tem que entender que isso vai repercutir em todas as
dinâmicas da vida em sociedade e na forma como são construídas
as nossas cidades”, contextualiza o geógrafo Eduardo Marandola
Jr., pós-doutorando em Demografia do Nepo.
Não obstante algumas extrapolações
servirem de modelo para outras megacidades, Rio de Janeiro
e São Paulo apenas fornecem uma radiografia do que pode acontecer.
No restante do país, a situação será com certeza muito pior.
No Rio de Janeiro, o Instituto Pereira Passos fez um estudo
detalhado sobre o assunto e o governo local já está tomando
conta disso. Em São Paulo, houve a publicação de uma lei que
é a Política Estadual de Mudança Climática do Estado de São
Paulo, determinando algumas medidas e levantamento de informações
para lidar com a problemática. “Não se pode dizer que a liderança
política destas duas grandes cidades não está fazendo nada.
Contudo, se for mantido este mesmo padrão de ocupação, essa
forma de se apropriar dos recursos e do ambiente, caminharemos
para o fim”, sentencia Hogan.
A última reunião de Copenhague,
lembra ele, enfocou mais a questão da mitigação. Neste particular,
evidentemente é preciso frear este processo. Não se pode tirar
do ar o CO2 que está liberado, entretanto é possível criar
mecanismos para frear estas liberações futuras, diminuindo-as.
“Isso é muito importante e é o principal objetivo de Copenhague.
Porém o que temos discutido até agora é mais a emissão do
CO2 já liberado e as mudanças climáticas que já vão acontecer,
qual é a vulnerabilidade a isso e quais são as adaptações
que precisam ser feitas, independentemente de mitigar”, esclarece
Marandola Jr.
A próxima reunião de Copenhage,
a 15ª Conferência das Partes da Convenção do Clima (COP-15),
na Dinamarca, inicia esta semana (de 7 a 18 de dezembro),
reacendendo as discussões sobre a redução das emissões de
carbono no mundo. No evento, deve ser acordado um novo arranjo
para o enfrentamento das mudanças climáticas. O Brasil já
se comprometeu a diminuir as emissões de gases entre 36,1%
e 38,9% até 2020.
Livro aborda dimensões
humanas das mudanças
O livro População e
Mudança Climática: Dimensões Humanas nas Mudanças Ambientais
Globais, organizado por Hogan e Marandola Jr., insere-se
no debate atual acerca da sociedade contemporânea, no qual
riscos e vulnerabilidades darão os contornos das tendências
e dos cenários para o século 21. Mudanças ambientais,
mudanças climáticas, extremos atmosféricos, desastres
hidrometeorológicos e emissão de gás carbônico são
temas, entre outros, que se impõem à agenda global. Acrescido
a estes desafios está a importância de se incorporar as
dimensões humanas das mudanças ambientais. As pesquisas
de ponta e as temáticas de vanguarda referentes à questão
ambiental traduzem-se nos estudos desta coletânea, marcados
pela interdisciplinaridade.
Tais estudos refletem a
preocupação teórico-metodológica para a compreensão das
relações entre mudanças climáticas e dinâmica populacional.
Por outro lado, reforçam a importância das cidades no bojo
das transformações sociais, indicando que são nelas onde
os cenários mais otimistas se assentam. O livro é uma referência
para diferentes áreas do conhecimento, bem como para o enfrentamento
e preparação das novas situações a serem vivenciadas em
termos das mudanças ambientais globais nas próximas décadas.
É mais recente a participação
de demógrafos, urbanistas, geógrafos e sociólogos em debates
que envolvem as mudanças climáticas, trabalho desempenhado
pelos estudiosos do clima e cientistas da atmosfera. Por
acreditar na valiosa contribuição que as Ciências Humanas
podem fornecer, Hogan e Marandola Jr. convidaram 16 pesquisadores
para serem seus autores, com patrocínio do Fundo de População
das Nações Unidas, em parceria com o Nepo. A obra pode ser
adquirida na biblioteca do Nepo ou no
site.
Litoral de SP será estudado
Na área de população
e ambiente, que existe há mais de duas décadas no Nepo,
a mudança climática adquiriu um papel bastante destacado
sobretudo nos últimos quatro anos. O Núcleo reúne uma
série de sete iniciativas mais pontuais que se reforçam
mutuamente. Entre elas, sobressaem no momento, além
do projeto de vulnerabilidade às mudanças climáticas
no Rio de Janeiro e em São Paulo, um grande projeto
apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado
de São Paulo (Fapesp) dentro do Programa Fapesp de Pesquisa
sobre Mudanças Climáticas Globais que esta agência de
fomento criou no ano passado. O projeto, que está detalhado
no site
do Núcleo, aborda o crescimento urbano, vulnerabilidade
e adaptação às mudanças climáticas no litoral de São
Paulo, com suas dimensões ecológica e social.
O projeto da Unicamp
é um dos dez selecionados na primeira fase. Está sediado
no Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (Nepam)
e é uma atividade conjunta com o Nepo. Está ligado tanto
às análises por pesquisadores da área de Demografia
quanto às áreas de políticas públicas, antropologia
e ecologia, com participação, como pesquisadores principais,
do professor Carlos Joly, do Instituto de Biologia (IB);
da professora Leila da Costa Ferreira, do Instituto
de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), e da professora
Lúcia da Costa Ferreira (Nepam), além de duas dezenas
de doutores de várias instituições, entre elas Univap,
Unifesp, FJP/MG, Embrapa e UFSCar.
O estudo busca identificar
as vulnerabilidades nas pequenas cidades do litoral
de São Paulo, principalmente do litoral Norte, local
que deve ser atingido antes e com mais vigor e dramaticidade
pelas mudanças climáticas do que outras regiões. Este
projeto tem duração de quatro anos e envolve trabalho
de campo, ocorrendo num momento em que grandes transformações
estão havendo no litoral, basicamente no campo do petróleo
e do gás natural, da extração e do transporte dos produtos
do gás e do petróleo offshore, que poderão ter um grande
impacto na região.
Entre os seus objetivos
estão os de avaliar quais são as capacidades de adaptação
dos governos locais, até que ponto eles temem o que
poderá acontecer e como estão preparados para as mudanças,
se é que estão. “Isso envolve também um lado de entender
como a população, não somente os governos municipais
e outros órgãos, está compreendendo os problemas e como
se sente atingida por eles, ou não. E, se sente atingida,
como pensa que vai se proteger e reagir a esses impactos
e mudanças, quando ocorrerem”, comenta Hogan. O projeto
envolve cerca de 20 doutores e 20 alunos de pós-graduação.
Uma segunda atividade
coordenada por Carlos Nobre está relacionada ao Instituto
Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudança Climática
(INCT-MC), que é sediada no Instituto de Pesquisas Espaciais
(Inpe). Um dos 20 subprojetos é liderado também por
Hogan. “Em 2010, iremos estudar as regiões metropolitanas
de Belém, Recife, Belo Horizonte e Curitiba”, conta.
Estes projetos desenvolvidos
no Nepo são denominados “Dimensões humanas das mudanças
climáticas”, dentro da ciência do clima, um campo dominado
pelos físicos, pelos cientistas do clima, da atmosfera
e dos oceanos. Como contém tanto o lado da população
impactar e sofrer os impactos dessas mudanças, é preciso
que as Ciências Humanas tenham uma inserção decisiva
no processo, apesar de não ser esta a sua tradição.
Estas atividades do Nepo nos últimos anos são pioneiras
neste sentido e já se idealiza a criação de um novo
campo de estudos do clima no contexto das Ciências Humanas. |
|
|