RAQUEL
DO CARMO SANTOS
A educadora física Vanessa
Helena Santana Dalla Déa comprovou em sua tese de
doutorado defendida na Faculdade de Educação
Física (FEF) e orientada pelo professor Edison Duarte
que os benefícios psicossociais da atividade física
são extremamente significativos, principalmente para
àqueles indivíduos que possuem sintomas depressivos.
"Com o aumento da população idosa, pesquisas
de atividades que propõem bem estar físico
e psicológico são fundamentais", destaca
Vanessa.
O estudo foi realizado na cidade de São Carlos com
143 pessoas com idade entre 60 e 88 anos, depois de a Prefeitura
constatar que 40% desta população tinha depressão
já diagnosticada. "Como é difícil
identificar nos idosos esse tipo de sintomas, uma vez que
o avanço da idade permite algumas características
depressivas, tive o cuidado de submeter os voluntários
a testes que confirmaram o alto grau de sintomas de depressão",
explica.
Durante um ano, tanto idosos depressivos como não-depressivos
participaram da iniciativa e, a cada três meses, eram
avaliados pela educadora física para aferir as condições
físicas e psicossociais. Pelos resultados, foram
mantidas as capacidades físicas, o que significa
que se evitaram as perdas sofridas com a idade. Também
melhorou significativamente o autoconceito dos idosos, independentemente
de serem depressivos ou não-depressivos. Fatores
como segurança pessoal, atitude social, ético-moral,
percepção da aparência física
e receptividade social mostraram melhoras nos resultados
das avaliações.
O programa iniciado em 2005 prossegue até hoje em
São Carlos e já reúne mais de 300 idosos
que trimestralmente são avaliados. A pesquisa foi
financiada pela Capes e foi feita a partir de uma parceria
Prefeitura e Universidade Federal de São Carlos.
(R.C.S.)