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Um ‘autêntico liberal’ entre a
Monarquia e a República
Izabel
Andrade Marson, historiadora e professora do Departamento
de História do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
(IFCH) da Unicamp, analisa na entrevista que segue a trajetória,
o legado e os principais aspectos da obra de Joaquim Nabuco
(1849-1910). “Além dos vários posicionamentos – de ‘reformador
social’ em O Abolicionismo, defensor da tradição monárquica
em Um Estadista, e discreto adepto da República em Minha
Formação, Nabuco divulgou esquemas explicativos para a
história da sociedade brasileira fundados em pressupostos
e argumentos acatados tanto pela ideologia liberal quanto
por socialistas e comunistas”, afirma a docente. Izabel
Marson é autora de Revolução Praieira – Resistência Liberal
à hegemonia conservadora em Pernambuco e no Império (1842-1850)
e Política, história e método em Joaquim Nabuco, livros
que interpretam, com agudeza e originalidade, episódios
históricos emblemáticos do século XIX e lançam um novo
olhar sobre a trajetória do político, escritor, jornalista
e diplomata pernambucano, cujo centenário de morte é lembrado
este ano.
Jornal da Unicamp –
Suas pesquisas acerca da Revolução Praieira são referência
sobre o tema no país. Em que medida esses estudos – incluindo
nesse contexto o livro recente Revolução Praieira –
Resistência Liberal à hegemonia conservadora em Pernambuco
e no Império (1842-1850) – fizeram a sra. aproximar-se
da obra de Joaquim Nabuco?
Izabel
Andrade Marson – Grosso modo, meu interesse pela obra
de Nabuco provém de duas razões relacionadas. Da preocupação
teórica de rever paradigmas e representações dominantes
na memória de temas da história do Brasil, dentre os quais
as revoluções, preocupação expressiva entre historiadores
da década de 1980 que investigaram a história política
referenciando-se em releituras do marxismo e dos significados
da história sugeridos por Claude Lefort, Maurice Aguilhon,
Walter Benjamin, E. P. Thompson e Pierre Nora. Em decorrência
desse objetivo, Nabuco se destacou por ter criado, em Um
Estadista do Império, uma interpretação sobre a “Revolta
ou Revolução Praieira” continuamente (re)trabalhada por
estudiosos do tema, especialmente a partir dos anos 30 do
século passado.
Valendo-se
do imaginário político e de amplas categorias apropriados
às revoluções francesas, Nabuco considerou o episódio
“um movimento social” de tendência republicana radical
– “jacobina e socialista” – ou, uma guerra “do povo”
contra “abusos” de grupos privilegiados remanescentes
do Antigo Regime ainda vigente em Pernambuco e no Império:
“os portugueses que monopolizavam o comércio nas cidades”
e uma “feudalidade territorial” constituída “por senhores
de engenho que monopolizavam a terra no interior”.
Considerou também que assumira a “força de um turbilhão
popular, violento, indiferente a leis e princípios” potencializado
pelo “fermento socialista”, precariamente conduzido e
demagogicamente explorado pelo partido da Praia, um agrupamento
imaturo “sem direção e sem disciplina” dominado “pelo
instinto das multidões que formavam o seu séquito”, e
que propunha um programa político “impraticável” por
reunir proposições díspares: “o preconceito vulgar e
retrógrado da nacionalização do comércio a retalho com
a republicana e socialista” reivindicação “do trabalho
como garantia de vida para os cidadãos brasileiros”.
A pesquisa
de minha tese de doutorado – O Império do Progresso:
a Revolução Praieira em Pernambuco (1842-1855), publicada
em 1987 pela Editora Brasiliense, e condensada no livro ora
lançado pela Perseu Abramo – permitiu aprofundar algumas
inferências importantes sobre aquela interpretação. A primeira,
que reafirmava a versão conservadora sobre a revolta, originalmente
construída como libelo de acusação por seus repressores,
o chefe de polícia – e depois historiador dos acontecimentos
– Figueira de Melo, e o juiz que condenou os rebeldes, José
Thomaz Nabuco de Araújo, pai de Nabuco. A segunda, que essa
versão simplificava sobremaneira a composição da sociedade
pernambucana e o conflito ali vivenciado, destacando a tendência
mais incriminadora nele imbricada – a republicana. As fontes
primárias esclareceram que se tratava de uma guerra civil
envolvendo três tendências – conservadores, liberais monarquistas
e republicanos –, sendo que o Partido da Praia congregava
especialmente proprietários de médios e pequenos engenhos,
comerciantes e artesãos de diverso porte do Recife, majoritariamente
liberais-monarquistas, organizados numa bem articulada e aguerrida
disputa por direitos recém-conquistados com a Independência
– aos negócios, ao trabalho, à prática da política partidária
e à vivência de uma monarquia constitucional de viés mais
democrático. Eles mobilizaram um exército matizado em sua
composição, embora expressivamente arregimentado nos engenhos,
para lutar contra medidas políticas e administrativas centralizadoras
que lhes impediria uma representação no Senado e na Câmara;
e, na Província, privilegiariam expoentes do partido conservador.
Outra revelação surpreendente foi que os simpatizantes pernambucanos
de um suposto “socialismo utópico”, redatores da Revista
O Progresso, alinhavam-se com os conservadores e não
com os praieiros como sugeriram Nabuco e outros intérpretes.
JU – Joaquim Nabuco
era filho da oligarquia açucareira pernambucana. Qual foi
o peso dessa ascendência em seu ideário, sobretudo acerca
do abolicionismo?
Izabel Andrade Marson –
Nenhum, ao menos durante a maior parte da campanha abolicionista
(1880-87). Apesar de ter nascido no Recife; residido no engenho
Massangana até os 8 anos, ter parentes em Pernambuco pelo
lado materno e se valido dos vínculos políticos de seu pai
com Domingos de Souza Leão, barão de Vila Bela, chefe do Partido
Liberal na Província, Nabuco construiu a duras penas uma desconfiada
aproximação com a elite pernambucana: sua candidatura a deputado
pelo partido liberal local foi negada em 1872 e 1876; em 1878,
sua escolha pelo barão de Vila Bela provocou protestos entre
os correligionários; e acabou derrotado nas eleições de 1884
e 1886 apesar do apoio do eleitorado do deputado José Mariano
– artesãos, empregados do comércio, profissionais liberais
e comerciantes.
Tais dificuldades se explicam
por ter se formado na Corte, questionado os programas dos
gabinetes liberais quando deputado por Pernambuco (1879-1881)
e, sobretudo, pela afinidade com a política inglesa. A partir
de 1876, Nabuco conviveu com empresários e aristocratas que
frequentavam a Legação Brasileira em Londres, onde trabalhava,
e estreitou laços com o barão de Penedo, chefe daquela Legação
e diplomata que negociou empréstimos do governo imperial junto
a banqueiros ingleses, figura na qual sempre se referenciou
e a quem recorreu quando, fora do Parlamento, buscou trabalho
na Inglaterra ou no Brasil. Por seu intermédio, tornou-se
correspondente na Europa do Jornal do Commércio do Rio de
Janeiro, atuou como consultor de firmas britânicas com negócios
no Brasil, e como advogado da Central Sugar Factories e North
Brazilian Sugar – concessionárias de engenhos-centrais em
Pernambuco –, em litígios com fornecedores de cana.
Quanto
à adesão daquela oligarquia ao abolicionismo, resultou de
sinuosas negociações, sendo que apenas nas eleições de
1887, quando a política imperial criou expedientes que compensaram
a perda da propriedade escrava, é que Nabuco contou com a
anuência de parte de seus membros. Então, aliou-se a líderes
“progressistas” do Partido Conservador de Pernambuco e
de São Paulo – João Alfredo Correia de Oliveira e Antonio
Prado –, cujo apoio foi fundamental na aprovação da Lei
Áurea, justamente durante o exercício do gabinete de João
Alfredo. Até seu falecimento em 1910, Nabuco consolidou seu
prestígio em todo o país, especialmente pela atuação como
diplomata na Inglaterra e nos Estados Unidos.
A importância da ascendência
aristocrática pernambucana foi lembrada pelo escritor no
antológico capítulo “Massangana”, de Minha Formação
(1900), quando identifica, ainda na infância e na convivência
com padrinhos de batismo, proprietários daquele engenho,
a tomada de consciência sobre a condição dos escravos e
o compromisso com o abolicionismo, menção celebrizada por
Gilberto Freyre.
U – No livro
Política, história e método em Joaquim Nabuco, a sra.
revela as fontes de referência e os recursos metodológicos
utilizados pelo político e historiador em três obras seminais
– O Abolicionismo (1883), Um estadista do Império
(1899), e Minha Formação (1900). O que a sra.
destacaria dessa incursão?
Izabel Andrade Marson –
O livro sistematiza a pesquisa de minha tese de livre-docência
defendida na Unicamp em 2000. Nele, ressalto o imbricamento
dessas obras no debate político contemporâneo a cada uma delas,
debate que se insinua na leitura que Nabuco construiu para
os temas tratados ,procedimento, aliás, afinado com historiadores
que lhe serviram de inspiração – notadamente Edmund Burke,
Theodor Mommsen e Hippolyte Taine. O Abolicionismo foi editado
em Londres, incentivado pela Anti-Slavery Society – tradicional
associação anti-escravista inglesa que desde o início do século
combatia o tráfico e a escravidão nas colônias americanas,
da qual Nabuco se aproximara em 1880 – com o intuito de divulgar
um polêmico projeto político que tinha como objetivo mais
amplo “regenerar a monarquia” e, de imediato, definir um prazo
para abolir o cativeiro no Brasil sem ressarcimento para os
proprietários de escravos.
Conforme anuncia o prefácio
da primeira edição, seria o primeiro volume de uma série
que não vingou, denominada “Reformas Nacionaes”, visando
adaptações de diversa ordem nas instituições monárquicas.
Para demonstrar que “a grande questão para a democracia
brasileira não era o regime monárquico e sim a escravidão”;
e convencer os proprietários de escravos dos diversos partidos,
público alvo do texto, tornou a escravidão uma gigantesca
figura – multifacetada e atemporal – representativa de
um instinto perverso, um crime e um asfixiante “monopólio”
do trabalho, da terra, do comércio, da indústria, do Estado,
origem de todos os problemas da sociedade monárquica e causa
maior de sua ruína econômica e moral. A imagem se configurou
pela associação de informações históricas, argumentos
do movimento abolicionista internacional em toda sua história,
personagens da literatura universal e da história de Roma.
Um Estadista foi escrito
em meio a sangrentas guerras civis – a Revolta da Armada
(1893-94) e a Guerra de Canudos (1896-1897) – e intensa
polêmica política e histórica sobre a experiência monárquica
e o advento da República envolvendo republicanos e monarquistas
de variadas tendências. Condenando vigorosamente os primeiros
governos republicanos, particularmente a atuação dos líderes
e grupos jacobinos, Nabuco retomou o passado para homenagear
a Monarquia demonstrando a importância do desempenho do Imperador
e de seus estadistas, destacando a ação “reformista”
de seu pai; e a adequação do regime monárquico às condições
históricas e sociais do país, à feitura e progresso da
nação e ao exercício de um “autêntico liberalismo”.
Contrapôs as vicissitudes do período da Independência e,
principalmente, do interregno regencial – momento de uma
primeira experiência republicana – com a suposta tranquilidade
propiciada pelos cinquenta anos do Segundo Reinado. Para ele,
a República “girondina ou jacobina”, constituía o avesso
da obra monárquica: era anarquia, despotismo e risco à integridade
do país.
Minha Formação elabora
uma autobiografia política com textos originalmente criados
para o debate na imprensa (1893 e 1899). Aborda questões
delicadas do presente e do passado do autor: quais as origens
do seu liberalismo; as responsabilidades do movimento abolicionista
na queda da Monarquia; as razões para a perseverança na
opção monárquica e, em 1899, da discreta adesão à República.
Na rememoração, identifica matrizes locais e europeias que
sustentavam seu perfil liberal; absolve o movimento abolicionista,
interpretando o fim do regime monárquico como esgotamento
de uma etapa no processo de formação da nação, aquela
que realizara a Independência e a abolição do cativeiro.
E no último capítulo, escrito para o lançamento do livro,
sugere que o “espírito liberal” e os “interesses da
pátria” adequar-se-iam a diferentes formas de governo,
conforme demonstravam as mudanças na trajetória do pai (de
político conservador a liberal) e, principalmente, o exemplo
de estadistas monarquistas da França – Thiers, Dufaure,
Rémusat, Léon Say, Casimir Périer – que, em 1870, ali
organizaram a Terceira República.
JU
– Ainda sobre as influências de Joaquim Nabuco. Mário
de Andrade, em correspondência mantida com Carlos Drummond
de Andrade, cunhou a expressão “moléstia de Nabuco”
para referir-se ao deslumbramento de intelectuais brasileiros
com a cultura europeia. É conhecida a influência que ideias
concebidas na França e na Inglaterra exerceram sobre Nabuco.
Que avaliação a sra. faz dessa influência e em que medida
ela foi determinante na linha de atuação adotada por ele?
Izabel Andrade Marson –
Por acreditar na expectativa de progresso pressuposta no liberalismo
inglês, orientação carregada de perspectivas em seu tempo;
e conceber a trajetória histórica do Brasil como experiência
símile, embora descompassada, daquela das nações europeias,
Nabuco recolheu na história da Europa informações e figuras
para tecer a argumentação de todas suas obras – discursos
parlamentares, artigos para a imprensa, análises históricas
e textos diplomáticos –, além da orientação que sempre
norteou sua atuação política: “reforma contra revolução”.
Em Minha Formação sistematizou as razões desse fascínio:
além da convivência com o pai, os estadistas ingleses Gladstone
e Disraeli teriam sido exemplos para o “reformador social”
na campanha abolicionista, pois, em suas palavras, naquela
circunstância, “sentia-se como se militasse sob as ordens
de Gladstone”. Por sua vez, a opção pela Monarquia tinha
por referência a perfeição do regime parlamentar da Inglaterra
que permitia as vantagens republicanas – liberdade e individualidade
– associadas ao respeito à tradição e à ordem, fundamentos
de sua estabilidade. Isto porque ali se concebia que “as
reformas serão governadas por algumas regras: conservar do
existente tudo o que não seja obstáculo invencível ao melhoramento
indispensável, e demolir com o mesmo amor e cuidado com que
outras épocas edificaram”.
Ainda, dos episódios da Revolução
Francesa de 1789 e, sobretudo, do contato com republicanismo
da Comuna de Paris – durante a primeira viagem à Europa
em 1870 – provinha a recusa das revoluções típicas das
repúblicas jacobinas ou socialistas. Nabuco avalia esse republicanismo
como muito próximo daquele que presenciou no Brasil na década
de l890: dotado de um “espírito jacobino”, pautado pelo
“ódio e por uma predisposição igualitária que levaria
à demagogia, à intolerância e ao terror”.
JU – No campo econômico,
como a sra. observou em entrevista recente, Nabuco pregava
a abertura do país para investimentos estrangeiros, vocalizando
a vontade de setores importantes do Império. O que ele e
esses setores pretendiam?
Izabel
Andrade Marson – Pretendiam liberar os empreendimentos
públicos e particulares do controle do Estado e de uma consolidada
camada de comerciantes e financistas – os Correspondentes
– estreitamente relacionada a agricultores de diverso porte
que utilizavam o trabalho escravo associado ao de trabalhadores
livres nacionais. Pretendiam também garantir o livre fluxo
de capital e investidores estrangeiros para o país, interessados
na criação de empresas de grande porte para a época, no
caso do açúcar, os engenhos centrais. Juntamente com a mudança
na legislação que controlava bancos e investimentos, esse
projeto exigia o fim da escravidão sem indenização, tanto
para garantir os empréstimos estrangeiros – que não podiam
mais ser avalizados pela propriedade escrava – quanto para
desmobilizar os tradicionais banguês que então processavam
com exclusividade a cana produzida por pequenos proprietários,
lavradores e rendeiros, inviabilizando assim, pela concorrência,
o êxito dos engenhos centrais.
Esse êxito dependia também
da desamortização da posse da terra, explorada pelos antigos
senhores e garantia de hipotecas, e seu gravamento com impostos
através de uma lei agrária que impelisse os proprietários
a negociá-las. O projeto abolicionista foi incentivado, de
início, por empresários e comerciantes estrangeiros e nacionais
interessados em investir nas novas empresas; posteriormente,
atraiu os grandes proprietários brasileiros, quando contemplados
com empréstimos do governo para estabelecer usinas de açúcar,
ou com a vinda de imigrantes custeada pelo Estado.
JU – Como, em sua
opinião, Nabuco conseguiu equilibrar-se entre a condição
de um típico liberal conservador e a pregação de ideais
progressistas e reformadores?
Izabel Andrade Marson –
Essas assertivas não constituíam uma contradição na política
brasileira da segunda metade do século XIX porque o Partido
Liberal que Nabuco conheceu, e no qual atuou, resultara de
uma “reforma” no Partido Liberal “histórico” do Império
– fundado durante a Regência –, reforma empreendida em
1868 por políticos conservadores “progressistas” que
a ele se agregaram – Nabuco de Araújo, Zacarias de Góes
e José Antonio Saraiva, dentre outros. A expectativa desse
ato foi, por um lado, liberarem-se de um Partido Conservador
que não lhes abria maior espaço político; e, por outro,
oferecer uma alternativa monárquica, inspirada na tradicional
orientação inglesa “Reforma contra a Revolução”, que
detivesse um previsível avanço republicano. Não por acaso,
em 1870, liberais descontentes efetivamente fundaram o Partido
Republicano.
Inicialmente,
Nabuco defendeu o programa político do Partido Liberal reformado
– mudança na legislação eleitoral, econômica e superação
gradual e com indenização do cativeiro. Após contato com
a Legação Brasileira em Londres, com a Anti-Slavery Society,
o movimento abolicionista internacional, e a fundação da
Sociedade Brasileira contra a Escravidão (1880), adotou duas
alterações significativas naquele programa: primeiro, apressar
a abolição; segundo, abolir sem ressarcimento, tanto porque
considerava que o Estado não dispunha de recursos para indenizar
todos os proprietários de escravos ; quanto porque, em
muitos casos, a permanência da escravidão inviabilizaria
os novos empreendimentos.
JU – Quais são,
em sua opinião, os principais marcos estabelecidos por Nabuco
para a história do Brasil do século XIX?
Izabel Andrade Marson –
As obras de Nabuco periodizaram – estabelecendo marcos ainda
respeitados por muitos estudiosos – três temas importantes
da história do Brasil do século XIX: o processo oficial de
abolição do tráfico de escravos, do cativeiro, e a trajetória
do Império.
Continua
na página 8
QUEM
É
Izabel Andrade
Marson nasceu em dezembro de 1948 na cidade
de Guararapes (SP). Fez graduação em História (1970),
mestrado (1975) e doutorado (1985) na USP; e a livre-docência
na Unicamp (2000). Publicou os livros: Movimento Praieiro:
imprensa, ideologia e poder político (Editora Moderna,
1980); O Império do Progresso: a Revolução Praieira
em Pernambuco - l842-l855 (Editora Brasiliense, l987);
e Política, História e Método em Joaquim Nabuco: tessituras
da revolução e da escravidão (Editora da Universidade
Federal de Uberlândia, 2008); Revolução Praieira – Resistência
Liberal à hegemonia conservadora em Pernambuco e no
Império – 1842-1850 (Editora Perseu Abramo, 2009). Publicou
também capítulos de livros e artigos em revistas especializadas
no Brasil e na França. Com Márcia Naxara (Departamento
de História da Unesp-Franca) organizou Sobre a Humilhação:
sentimentos, gestos e palavras (Editora da Universidade
Federal de Uberlândia, 2005); e com Márcia Naxara e
Marion Brepohl (Departamento de História-Universidade
Federal do Paraná) organizou Figurações do Outro da
História (Editora da Universidade Federal de Uberlândia,
2009) coletâneas que resultaram de Colóquios realizados
pelo Núcleo História e Linguagens Políticas (Unicamp),
grupo de pesquisa criado juntamente com Maria Stella
Bresciani que vem investigando a intervenção dos sentimentos
na prática política das sociedades contemporâneas. Leciona
na Unicamp desde 1989 e é pesquisadora do CNPq.
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