A química Alessandra Prando conseguiu sintetizar nos laboratórios do Instituto de Química (IQ) uma substância que pode apresentar atividade biológica e, por isso, tem despertado o interesse de pesquisadores brasileiros para o desenvolvimento de sínteses. Entre as principais funções, os derivados lactâmicos podem agir como agentes antibacterianos e antifúngicos e, no caso deste tipo de lactama, pode servir como precursor para preparação de derivados inéditos da prolina um aminoácido utilizado no tratamento de tumores no colo do útero.
Sob orientação da professora Lúcia Helena Brito Baptistella, Alessandra utilizou para os testes o ácido quínico, importante precursor para síntese de vários compostos, tornando sua pesquisa um primeiro passo para o desenvolvimento de medicamentos nesta linha. Segundo Alessandra, trata-se de um avanço, pois não existem descrições na literatura da preparação de lactamas a partir do ácido quínico.
Explica ainda que este tipo de componente possui um ciclo altamente funcionalizado, o que facilita a otimização nas etapas do processo. Além disso, o caminho que percorreu para chegar aos resultados levou a um rendimento de 21%, porcentagem considerada positiva para este tipo de preparação.