A vontade de ensinar
e mostrar a arte atravessa os alambrados do campus de Barão Geraldo. Empenhados
em promover um intercâmbio entre a universidade e a sociedade, alunos dos
cursos de dança, música e artes plásticas e cênicas
se envolvem na preparação do Festival do Instituto de Artes da Unicamp
(Feia) 2001. Seguindo os passos da organização da edição
2000, a equipe pretende atrair o interesse da comunidade campineira em participar
do conjunto de atividades que envolve oficinas, minicursos, workshops, exposições
e mostras de dança, teatro e vídeo. Para facilitar este intercâmbio,
as atividades do festival estão distribuídas entre o Sesc Campinas,
o Centro de Convivência Cultural, o Centro Cultural da Vila Padre Anchieta,
o auditório e as imediações do Instituto de Artes e em várias
escolas da rede pública. Uma
vernissage de alunos do IA e o espetáculo Das tripas coração,
às 14h30 do dia 23 de setembro, abrem a programação do Feia
no Sesc Campinas. O professor Ivan Vilella participa das solenidades de abertura
apresentando show de viola caipira. Às 19 horas, o grupo Arnica Teatro,
constituído de formandos do curso de artes cênicas da Unicamp, apresenta
o espetáculo Sade, no Museu da Cidade. Segundo
Gabriela Salvador, uma das organizadoras, a responsabilidade está dividida
em duas frentes. Uma delas dedica-se ao trabalho com a comunidade, por meio da
realização de oficinas e minicursos ministrados por professores,
alunos de graduação e pós-graduaçãoe ex-alunos
do IA nas escolas envolvidas no evento. Segundo AnaCris Medina, uma das organizadoras,
as oficinas terão a participação também de profissionais
renomados. Carlos Fadon, especialista em arte e tecnologia de vídeo, Yedda
Chaves, especialista em biomecânica, Benjamin Taubikin e Olmir Stocker garantem
o sucesso da segunda frente de trabalho, dedicada à atualização
de profissionais de arte. As atividades realizam-se entre 24 e 29 de setembro. Para
participar das oficinas é preciso ter mais que 16 anos de idade. As inscrições
podem ser realizadas a partir de 17 de setembro no site www.iar.unicamp.br/feia2net.
A programação está disponível na página. O
e-mail da equipe organizadora é festivaldoia@yahoo.com.br. |
Seminário
em Semântica tem presença de Ducrot
A
Um dos mais importantes semanticistas da atualidade, conhecido por seus livros
e artigos publicados em revistas especializadas, Oswald Ducrot participou, na
semana passada, de um Seminário em Semântica Argumentativa: a teoria
dos blocos semânticos, promovido pelo Departamento e Lingüística
do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da Unicamp. Organizado
pelos professores Eduardo Guimarães e Mônica Zoppi-Fontana (do IEL),
o encontro teve como público alvo estudantes de graduação
e de pós-graduação da Unidade, que contou com quase meia
centena de alunos. O professor Ducrot falou com sobre La théorie des blocs
sémantiques: un prolongement de la théorie de largumentation
dans la langue. De acordo com o professor Eduardo Guimarães, Ducrot é
um dos responsáveis pela instituição do programa de pós
em lingüística no Departamento de Lingüística do IEL/Unicamp.
Em
sua palestra Ducrot explicou que os sentidos das formas da língua são
constituías por relações de argumentação. A
forma atual da teoria é o que ele chama de teoria dos blocos semânticos.
O sentido de uma entidade lingüística, conforme explica Ducrot, não
é constituída pelas coisas ou fatos que ela denota nem pelos pensamentos
ou crenças que exprime, mas por certos encadeamentos discursivos que naturalmente
evoca. Esses encadeamentos são o que denominamos argumentações,
explica o professor. Entre
os livros mais importantes de Ducrot destacam-se O dizer e o dito (Editora Pontes/87),
Princípios de semântica lingüística (Cultrix/77) e Provar
e dizer (Global/80) e, talvez sua obra mais importante, Dicionário Enciclopédico
das Ciências da Linguagem. Participaram também do seminário
em Semântica Argumentativa as professoras Marion Carel, que falou sobre
Aplication de la théorie des blocs sémantiques à la description
de quelques emplois de mais, e Maria Marta Negroni (UBA) que discorreu sobre Argumentación
normativa y argumentación transgressora. Acerca de ciertos conectores aditivos
del espanõl (encima/además); incluso/sobre todo).
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