NÉRI
DE BARROS ALMEIDA
JU – Sua obra faz recurso à antropologia
ao procurar entender a violência medieval do ponto de vista
dos estudos sobre a “faida” ou a prática da vingança. O
que permite essa aproximação entre sociedades tão diferentes?
Quais os frutos dessa cooperação?
Barthélemy – Estamos longe da Idade Média e não paramos
de nos afastar dela. Os leitores não têm necessidade de
ler Mauss e seu Ensaio sobre o dom para compreender intuitivamente
os artifícios simbólicos em Paris ou São Paulo! Por outro
lado, temos cada vez mais necessidade de nos impregnarmos
de antropologia, que é a sociologia das sociedades distantes,
inatuais, para imaginar um pouco os mecanismos funcionais
– as trocas, o recurso ao sagrado–, e creio no final das
contas que isso nos torna munidos de melhores ferramentas
do que o século XIX. A antropologia da vingança é muito
útil para nos ajudar a não dramatizar demais essas guerras
feudais sobre as quais se sobrepõe a cavalaria, a reconhecer
seus limites, seus códigos e a perceber nela essa forma
de conivência tácita ou expressa entre adversários nobres,
que está na raiz da cavalaria.
Dito isso, partilho sua inquietude, pois
há um risco no uso da antropologia: isso se dá quando se
procura enquadrar arbitrariamente as fontes da Idade Média
em modelos exteriores. Isso acontece com muita frequência
atualmente, sobretudo devido a uma valorização excessiva
das “problemáticas” e “modelos” no reino dos historiadores.
JU – No que diz respeito ao
estudo da violência, a história medieval pode de alguma
maneira contribuir com a antropologia?
Barthélemy – Em minha opinião, muito pouco, porque
um medievalista sabe bem menos coisas a respeito da sociedade
que ele estuda através de fontes lacunares e aleatórias
do que um antropólogo a respeito daquela no meio da qual
ele viveu – mesmo que sua abordagem permaneça parcelada
e parcial. Foi por isso que escrevi em meu livro Chevaliers
et miracles [Cavaleiros e milagres], que os cavaleiros da
Idade Média são “quase tão interessantes quanto os Nuer
do Sudão, estudados por Evans-Pritchard” – mas, apenas,
quase! O historiador tem mais a tomar da antropologia, a
título de sugestão, do que a lhe dar. Somos grandes predadores!
JU – Essa expressão, “grandes
predadores”, é perturbadora e de certa forma recomenda que
voltemos a um ponto anterior. Gostaria que o senhor discutisse
um pouco mais detidamente o que entende como “valorização
excessiva das ‘problemáticas’ e dos ‘modelos’ no reino dos
historiadores”.
Barthélemy – As doutrinas de Alain Guerreau sobre
o “feudalismo”, repercutidas em A civilização feudal de
Jérôme Baschet com mais tato, é verdade, são um bom exemplo
de modelização excessiva. Ambos vêem na Igreja “a instituição
dominante no feudalismo” – em detrimento da cavalaria, que
para mim, teria mais direito ao título de instituição dominante!
O que para mim é interessante na relação entre a Igreja
e a cavalaria, não é reduzi-la a este modelo expedito, mas
ver como sua conivência, que é frequentemente patente, por
outro lado, nunca pode ser completa. Pode-se e deve-se,
portanto, escrever uma história cheia de tensões e de compromissos,
marcada por homens e grupos de homens, com seus afetos e
estratégias...
JU – As teses que atribuem uma
“violência endêmica” à idade Média normalmente advogam a
existência então de uma sociedade politicamente invertebrada
e carente de mecanismos de justiça pública. Sem aderir à
tese da “violência endêmica”, seu livro apresenta a aristocracia
guerreira dotada, até o século XII, de um caráter largamente
arredio em relação aos poderes superiores, sem que chegue
a contestá-los. A ideia de que a violência medieval tem
mecanismos reguladores permite discutir algo a respeito
da existência de formas eficazes de justiça e de poderes
públicos? Como o senhor vê esse problema que praticamente
é um divisor de águas na historiografia medieval?
Barthélemy – Saber se é preciso falar de Estado nesta
ou naquela etapa da história sócio-política pode se tornar
uma questão um pouco acadêmica. Penso concretamente que,
na alta Idade Média, ainda que uma justiça coercitiva continue
por vezes a se aplicar aos servos, aos camponeses, a aristocracia
franca que tem comportamentos guerreiros e funções diversas
– aí compreendidas as judiciárias –, é bastante autônoma
em relação aos reis (que por seu turno ela serve e apoia
na defesa da região) na resolução de seus conflitos internos.
Assim, ela tem uma experiência com normas e limites da violência
intrasocietária.
Essa experiência, se é preciso defini-la,
me parece mais “germânica” que “romana”, e eu prefiro as
intuições – e mesma aproximações – do século XIX às atuais
experimentações romanistas – historiadores que advogam forte
continuidade entre Antiguidade e Idade Média. Os historiadores
das instituições, no século XIX, evocaram de maneira um
pouco vaga o “espírito germânico” onde quer que eles sentissem
que havia qualquer conceito ou prática muito diferentes
das suas, mas funcionais: em suma, eles lançavam mão dessa
etiqueta tantas vezes quanto nós utilizamos hoje em dia
as sugestões da antropologia – vingança, propriedade, sacralidade,
ritos “germânicos”.
JU – O problema da ruptura,
ou não, entre Antiguidade e Idade Média é um divisor de
águas entre os medievalistas que efetivamente produz visões
de Idade Média muito diferentes. Seu trabalho de fato evita
questões academicistas investindo fortemente na leitura
documental. Que dados concretos dessa documentação, que
o senhor conhece tão bem, o convenceram de que a perspectiva
romanista é mais problemática do que as intuições germanistas?
Barthélemy – Há verdadeiras heranças da administração
romana nos reinos bárbaros e no mundo carolíngio, frequentemente
subestimadas pelo século XIX (embora não por Fustel de Coulanges),
mas como não notar que a sociedade mudou? Na Gália do norte,
os romanos ricos se fizeram francos depois do batismo de
Clóvis: o duque Lupo, evocado por Gregório de Tours e por
Fortunato, é um exemplo muito interessante disso. Ele adotou
usos de tipo germânico, isso é, uma moral da honra vindicativa
e um ideal de liberdade aristocrática. Chamo isso de “germânico”
mas em um sentido muito amplo, aplicável a todas as sociedades
de honra aristocrática e de vingança que os romanos acham
“bárbaras”.
Haveria nesse sentido uma germanidade dos
árabes do tempo do Profeta –que seus descendentes chamaram
de “tradição cavaleiresca dos árabes”. E nos mitos de origens
troianas dos francos, a partir do século VII, se exprime
um ideal germânico – sempre no sentido amplo. Talvez eu
esteja errado em manter esse termo “germânico”, que pode
se prestar à confusão. Na verdade, eu o utilizo, sobretudo,
a exemplo de Jean Flori e de Régine Le Jan, para polemizar
contra o romanismo integral de Karl Ferdinand Werner, que
para defender seu ponto de vista chega a deslegitimar Gregório
de Tours [escritor galo-romano do século VI], dizendo que
sua obra não é uma fonte fiável!
É muito importante para a história ulterior
da cavalaria o fato de que os termos miles e militia sejam
traduzidos e compreendidos, na maior parte de suas ocorrências
entre Carlos Magno e meados do século XI, como vassalo e
vassalidade, e não como soldado e milícia. Sonho fundar
uma associação para a defesa da vassalidade e da cavalaria
em história medieval. Você me concederia a honra e o favor
de sua participação?
JU – De bom grado! Depois de
atribuir à cavalaria uma origem muito antiga, seu estudo
se interrompe no século XII. Algo da cavalaria persiste
para além deste século?
Barthélemy – De fato, meu ensaio tem por objeto apenas
a gênese da cavalaria clássica, para a qual o lugar e o
momento de referência são a França do norte, com a Lorena,
entre 1130 e 1180, onde ela é abraçada por príncipes. As
práticas cavaleirescas sobrevivem muito vigorosamente nos
séculos XIII e XIV e vigorosamente até os séculos XV e XVI.
Mas essa longa vida da cavalaria clássica já teve excelentes
historiadores, especialmente Maurice Keen. Não retiro de
meu horizonte, no entanto, acrescentar a meu ensaio de 2007
um segundo volume consagrado apenas à cavalaria clássica.
Nesse caso eu trataria, em particular, da maneira como a
Igreja e os Estados monárquicos engendraram, desde o século
XIII, esforços de cooptação da cavalaria.
JU – O senhor fala em cavalaria
dentro do território que corresponde, aproximadamente, à
França atual. Há cavalaria em outras partes da Europa cristã
ou o que temos nestas regiões deriva da adoção de fantasias
literárias provenientes das cortes de língua “francesa”?
Barthélemy – Seria preciso também neste segundo volume
observar a adoção e adaptação dos ideais e práticas dessa
cavalaria a quase todo o ocidente cristão. Trata-se de um
aspecto daquilo que Robert Bartlett chama com humor e pertinência,
de “europeização da Europa”! Mas para voltar à alta Idade
Média e ao ensaio A cavalaria, aparecido na França em 2007,
é certo que eu poderia ter-lhe dado uma orientação mais
europeia se tivesse, por exemplo, nele introduzido páginas
da História dos Lombardos de Paulo Diácono [monge beneditino,
membro da corte de Carlos Magno que viveu no século VIII].
Mas, de toda forma, os elementos que integram o perfil da
cavalaria clássica se encontram no império de Carlos Magno,
ou seja, no império dos francos, da aristocracia franca.
Dessa maneira, a honra e o livre-arbítrio
são amplamente preservados face ao governo carolíngio. E,
sendo dado que é dos códigos e limites da guerra intrasocietária
e não da guerra nas fronteiras culturais e sociais (face
aos pagãos, aos muçulmanos, aos cristãos celtas) que pode
surgir a cavalaria clássica, isso se dá na França capetíngia
e principesca no século XI. Com efeito, este é o reino mais
central no ocidente, o mais marcado pelas guerras civis
e suas civilidades e, por outro lado, um dos mais ricos
em aveia e um dos melhores herdeiros da civilização carolíngia.
JU – Seu estudo sobre a cavalaria
tem um domínio contíguo do qual o senhor se ocupou em outra
obra, os poderes locais. Este me parece um tema da maior
importância, sempre latente nos estudos medievais, mas pouco
desenvolvido devido às dificuldades de documentação. O que
sabemos de fundamental hoje sobre os poderes locais na “França”
medieval? De que maneira a cavalaria está aí implicada?
Barthélemy – Sim, os poderes são bastante locais:
depois do final do século IX, a França erige castelos em
que estão assentados senhores e vassalos, “barões” e “vavassalos
de castelos”. No entanto, parece-me que exageraram sua autarquia
e autonomia. Na verdade, há verdadeiras redes de castelos,
entre as mãos dos príncipes regionais, grandes barões e
de alguns prelados ou mantenedores de seu feudo. E em sua
recomposição dos principados pós-carolíngios, portanto vassálicos,
em minha opinião, é preciso seguir, com alguns reparos,
a obra de Karl Ferdinand Werner.
Provavelmente é na casa dos grandes condes
– e do próprio rei – que se difunde o ritual de adubamento
e é seguramente nas guerras de príncipes que surge o torneio
cavaleiresco, pois nelas se encontram adversários que são
próximos o bastante para se compreenderem, se estimar mutuamente
(e desprezarem juntos a canalha), e que são próximos o bastante
para alimentar, entre si, ódios mortais ou querelas de herança.
Assim, os torneios dão lugar a um espetáculo e também a
um – relativo – fair play!
JU – Uma corrente de estudos
sobre a cavalaria advoga que esta surge de uma classe social
nova, em ascensão por volta do ano mil, que se consolida
por volta do século XII por meio do apoio ideológico recebido
da Igreja, que lhe confere legitimidade na medida em que
aponta os cavaleiros como praticantes e defensores de ideais
cristãos. O resultado mais evidente desse processo teriam
sido as cruzadas. Como o senhor vê essas teses a respeito
da cavalaria? Que lugar o senhor atribui à Igreja na história
da cavalaria?
Barthélemy – Essa questão tem dois aspectos. Primeiramente,
você evoca a teoria da ascensão de uma classe nova no século
XI. Contra os teóricos da mutação do ano mil, à frente dos
quais se encontra Georges Duby, “rompi lanças” na década
de 1990, em um “torneio” mais cortês que destrutivo, mas
de qualquer forma, o fiz com firmeza, pois, em minha opinião,
essa tese é um erro completo. Ela me parece mesmo devastadora,
pois, com essa ideia de uma classe ascendente carente de
legitimação por volta de 1100, perdemos de vista a emergência
de uma classe burguesa urbana, rival dos cavaleiros, face
à qual eles se sobrevalorizam elaborando a cavalaria clássica
com o apoio real – embora limitado e ambivalente – de seus
príncipes.
No que diz respeito à Igreja, penso que
ela não participa de nada concernente à mutação cavaleiresca
[aquela que dá origem à “cavalaria clássica”] propriamente
dita. Ela desaprova os combates frívolos dos torneios –
sempre perigosos, a despeito do desejo de não se matarem
entre si das pessoas de “boa extirpe” – e ela não toma parte
nos adubamentos antes do final do século XII. A ideia e
a prática da cruzada, que é uma guerra séria e autoqualificada
de justa, assassina e sacrificial, estão em verdadeira antítese
com o torneio e portanto com a cavalaria tal como a definimos
– e tal como a amamos um pouco –, Maurice Keen e eu. É verdade,
no entanto, que uma vez que desenvolveu a cruzada no mesmo
momento em que viceja o torneio, a Igreja pode contribuir
para a manutenção da presença da aristocracia: é uma outra
sobrevalorização, concorrente e, logo, complementar da sobrevalorização
propriamente cavaleiresca.
JU – Um certo discurso difundido
por vários meios procura estabelecer a história como testemunho
de uma longa inamistosidade entre cristãos e muçulmanos.
Embora a historiografia comprove amplamente que essa visão
é equivocada, ela é forte. Do ponto de vista das relações
conflituosas entre cristãos e muçulmanos, a Idade Média
pode nos ensinar algo?
Barthélemy – A guerra santa cristã e a dos muçulmanos
se parecem como irmãs, com a diferença de que nesta última
os religiosos não enquadram o jihad tão estreitamente como
acontece com a cruzada. Acontece que, no enfrentamento,
os inimigos se compreendem. Um autor árabe faz o elogio
dos mamelucos chamando-os de “Templários do Islã” – mas,
em princípio, os Templários não são cavaleiros cavaleirescos
mas, sobretudo, soldados e milicianos, termos nos séculos
XII e XIII que cabem a eles mais do que a quaisquer outros.
Dos dois lados, não é raro que, a despeito
dos princípios, se misture um vivo desejo de glória e de
lucro. Acontece por outro lado que na Síria e na Palestina,
entre 1100 e 1140, as relações entre os senhores francos
e os senhores árabes ou turcos sejam coloridas por negociações,
resgates, enfrentamentos lúdicos. Elas lembram mais a guerra
feudal do que a guerra santa, e pode-se ter a impressão
ao ler Usama ibn Munqidh, de um encontro e de uma conivência
entre as duas cavalarias. Isso se mantém, no entanto, uma
tendência limitada e passageira, sobre o fundo da guerra
intersocietária, bem mais dura que as guerras feudais.
A conivência com os adversários muçulmanos
é, em compensação, muito presente – ao lado do ódio pelo
outro – no imaginário cristão. Em muitas canções de gesta,
o adversário sarraceno é admirado, admirativo, com ele se
compactua, mais, ou menos. Veja também tudo o que se escreveu
de positivo a respeito de Saladino na Europa do século XIII
sem que se encontre algo de comparável no imaginário arabe-muçulmano.
JU – Seu livro começa com uma
breve referência às cruzadas que, ao lado dos torneios,
concentram as atenções daqueles que pensam em qualificar
as ações guerreiras propriamente cavaleirescas, como marcadas
pelos ideais da cortesia e da abnegação. As cruzadas são
um fenômeno para o qual as explicações ainda me parecem
largamente insatisfatórias. O estudo da cavalaria de alguma
maneira o ajudou a ter uma visão particular a seu respeito?
Barthélemy – A época das cruzadas corresponde àquela
dos torneios, àquela em que a Igreja reprova e interdita
formalmente estes últimos – tratando por meio de indulgências
o caso dos cavaleiros mortos em torneio. Inicialmente opostas,
essas duas práticas acabam por funcionar para a cristandade
do século XII e do século XIII, como nossos músculos antagonistas.
O torneio treina os cavaleiros para, entre outras guerras,
a cruzada. E, mais do que isso, ele os coloca em pecado,
ou seja, na necessidade de terem de se resgatar participando
das cruzadas.
A ideia de cruzada contra os “infiéis” de
fora (muçulmanos) e também de dentro (hereges) contribui
muito para essa inflexão do ideal cavaleiresco ainda mais
na direção do recrutamento ao serviço da Igreja e das monarquias
nacionais, da qual eu falava há pouco.
JU – O cerne de seu estudo a
respeito da cavalaria é devedor à antropologia, mas também
a um procedimento metodológico típico dos estudos históricos,
que é a forte crítica documental. É sempre por meio dela
que o senhor estabelece o diálogo com as teses de seus colegas
do presente e do passado o que dá uma grande força argumentativa
a seu texto. O senhor consegue fazer um balanço do futuro
da história? Acredita que ela se manterá uma área de produção
do conhecimento autônomo? Continuará fortemente interdisciplinar?
Barthélemy – Não sei se a história vai manter sua
autonomia em relação às ciências sociais, mas eu gostaria!
Seria melhor que a antropologia, ou a linguística, ou outras
ciências, permanecessem para a história, disciplinas auxiliares.
A “problemática” é estimulante, ela protege contra muita
ingenuidade e contrassenso, mas é preciso que ela não eclipse
todo o resto, que venha a dissuadir os historiadores de
observarem bem os textos (ou outras fontes), seus detalhes,
suas dificuldades e de buscar neles o novo, o inatingido,
tudo o que surge nos documentos cada vez que estes são lidos
sob a injunção dos interesses de cada novo momento social,
sob a pressão daquilo que lhe é importante e que constitui
um novo valor.
A história é feita para que nos desprendamos
de nós mesmos nos confrontando com a alteridade do passado,
a seu desafio e não para nos confortar. Ela é feita também
para nos ensinar a complexidade das sociedades e a dificuldade
de seu estudo. Ela é feita, enfim, para nos lembrar do trágico,
ou o sabor do destino humano. Gostaria muito que meu livro
sobre a cavalaria tivesse contribuído para isso. Será que
consegui?
A
CavalariaDa Germânia antiga à
França do século XII
Autor: Dominique Barthélemy
Tradução: Néri de Barros Almeida e Carolina Gual
Páginas: 624 páginas
Área de interesse: História
Preço: R$ 80,00
Sinopse: O que foi historicamente
a Cavalaria? Seus registros na documentação medieval não
estão limitados às narrativas ficcionais, e é legítimo perguntarmos
que ligação a literatura cortês, que nos fascina com Lancelote,
Ivan e Tristão, tem com a Cavalaria tal como nos surge a
partir de um quadro documental mais vasto. Em nossa memória,
entram em acordo e, por vezes, se diluem em dado comum os
conceitos de Cavalaria e cortesia. No entanto, ambos merecem
tratamento histórico diferenciado. O que, portanto, define
a Cavalaria? Dominique Barthélemy discute essas questões
com profundidade e convence-nos do quanto nossa imaginação
da Cavalaria é quixotesca e quão mais antiga e complexa
é sua realidade documental. (Néri de Barros Almeida)