Colóquio promove trocas científicas
e futuros projetos transnacionais
Realizar
trocas científicas internacionais sobre pesquisas em ciências
sociais, confrontando abordagens metodológicas e os bancos
de dados disponíveis para pesquisas, tendo como perspectiva
novos projetos transnacionais, são os objetivos do Colóquio
“A internacionalização das ciências sociais francesas e
a cooperação científica com o Brasil”, que ocorreu entre
os últimos dias 1 a 3, no auditório da Biblioteca Central
´Cesar Lattes´ (BC-CL). Pesquisadores do Brasil, França
e Argentina debateram contribuições das ciências sociais
para a compreensão da globalização. Organizado pelo Grupo
Focus, da Faculdade de Educação (FE) da Unicamp, em parceria
com o Réseau thématique pluridisciplinaire, Société en évolution,
Sciences Sociales en mouvements (RTP) do Centre national
de la recherche scientifique (CNRS) de Paris, o evento,
que é parte integrante das comemorações do ano da França
no Brasil, tem apoio da reitoria da Unicamp, da Fapesp e
da embaixada da França no Brasil.
Para a professora Letícia
Canêdo, uma das coordenadoras do Focus, esse colóquio é
um momento muito particular na trajetória do projeto temático
“Circulação internacional e formação dos quadros dirigentes
brasileiros”, coordenado por ela e que tem o apoio da Fapesp.
“O que nós esperamos é que ele represente mais um salto
para o sucesso do projeto e das diferentes redes de pesquisa
que trabalham sobre o tema e que vem colaborando conosco
nesses anos todos. Esperamos o aparecimento de novas hipóteses
e métodos de trabalho que permitam a continuidade desses
estudos em escala transnacional”, afirmou Letícia.
Diretor do Centro de Pesquisas
Brasil Contemporâneo na França, Afrânio Garcia ressaltou
que o evento surgiu através do vínculo existente com o CNRS,
de Paris, onde se discute a mudança da presença francesa
em ciências sociais no nível internacional. “Esse é um colóquio
voltado para o futuro. Dados os desafios atuais, é preciso
enxergar o que se vai fazer no futuro. Na prática, esse
colóquio foi pensado além da bilateralidade Brasil-França,
pois isso não teria muito sentido, dado que hoje os jogos
são muito mais internacionalizados do que isso. Então, a
idéia é pensar essa questão das relações das ciências sociais
francesas e brasileiras dentro de todas as transformações
que existem em nível internacional”, disse Garcia.
Fernando Costa, reitor da
Unicamp, disse que a Universidade sente-se muito honrada
em sediar mais um evento no âmbito das comemorações do ano
da França no Brasil. Costa destacou que a França é um dos
países com o qual a Unicamp mantém relações estreitas e
profícuas, desde a sua fundação. “Os números apresentados
pela Coordenadoria de Relações Institucionais e Internacionais
(Cori) apontam a existência de 37 convênios de cooperação
acadêmica, científica e cultural em vigor com instituições
francesas de ensino e pesquisa”, ressaltou o reitor. Graças
a isso, prosseguiu ele, 49 alunos da Unicamp estão atualmente
na França complementando sua formação e apenas nove alunos
franceses encontram-se na Unicamp. Para Costa, é preciso
implementar significativamente mecanismos que equilibrem
esses números porque o intercâmbio é fundamental para a
Unicamp. (Jeverson Barbieri)