Os
reitores foram recebidos pelo presidente da Câmara, João Paulo Cunha,
que prometeu levar ao governo as reivindicações das universidades
estaduais paulistas, em especial a que propõe uma alteração
no artigo 7º do texto constitucional para permitir a criação
de fundos próprios para as universidades. João Paulo mostrou-se
favorável à idéia e considerou que a alteração
não põe em risco o núcleo da reforma.
Pela
manhã os reitores haviam se reunido com parlamentares da bancada do PSDB,
em debate conduzido pelo deputado Antonio Carlos Mendes Thame (SP) e, ao longo
do dia, com lideranças de outros partidos. Durante a série de reuniões,
os reitores defenderam a necessidade de alteração de pontos da reforma
que representarão, se aprovados, enorme prejuízo para as universidades
públicas, em especial para as universidades estaduais paulistas, responsáveis
por mais de 50% da pesquisa científica brasileira.
Ao
deputado Roberto Freire, presidente do PPS, Brito argumentou que mesmo com
as atenuações que ocorreram nos últimos dias, a reforma ainda
representa uma ameaça importante ao desenvolvimento do ensino superior
público de boa qualidade no Brasil. Freire se comprometeu a levar
os pleitos dos reitores ao relator da reforma na Câmara, deputado José
Pimentel (PT-CE), ao ministro José Dirceu (Casa Civil) e ao presidente
Lula.
Ponto importante da reivindicação
dos reitores paulistas além da manutenção da paridade,
da possibilidade de criação dos fundos próprios e da integralidade
para os futuros servidores é a substituição da expressão
servidores públicos titulares de cargos efetivos pela expressão
servidores públicos, para preservar, no contexto da reforma,
carreiras instituídas pelos Estados e não subordinadas ao Regime
Jurídico Único da União. A questão vem sendo mediada
pelo deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) junto ao relator da reforma, José
Pimentel (PT-CE), que se comprometeu a incluir a alteração no texto
a partir de proposta para a qual Sampaio obteve apoio das lideranças de
todos os partidos, exceto o PMN. Mais tarde, acompanhados pelo deputado Lobbe
Neto (PSDB-SP), os reitores tiveram a oportunidade de reiterar este e outros pontos
de interesse das universidades junto ao próprio relator.