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'Os brasileiros saem para buscar
a mobilidade social inatingível no país'
JU
– De uma certa maneira, repete o que ocorreu no final do século
XIX e começo do XX.
Rosana Baeninger – Exatamente. Isso é interessante, já que
não podemos atribuir o fenômeno apenas à globalização. Não
se trata de uma questão isolada. A cidade de São Paulo tem
um histórico que condiciona essas migrações. Fizemos uma pesquisa
em Corumbá justamente para checar se a migração para a metrópole
de São Paulo substituía uma migração de fronteira.
JU – E qual foi
a conclusão?
Rosana Baeninger – Isto não ocorre. Constatamos que
a migração de fronteira continua tendo a mesma força de antes.
São contingentes populacionais totalmente diferenciados: alguns
saem da Bolívia para Corumbá e outros rumam para São Paulo.
Em Corumbá, por exemplo, eles são feirantes e a migração feminina
é muito forte – na Bolívia, era a profissão delas. Já em São
Paulo a ocupação é eminentemente masculina – no caso, as confecções.
Trata-se de um componente curioso, uma vez que, na nossa cultura,
o ramo é associado às mulheres.
O Brasil vai se inserir nessas
rotas da migração internacional pela dimensão de São Paulo
no contexto internacional. Por se tornar uma metrópole financeira,
ela participa intensamente dessa reestruturação produtiva
e a migração internacional é um dos elementos que vai cada
vez mais consolidar essa região metropolitana como um polo
econômico dinâmico e de referência.
JU Estudiosos
apontam que cada vez mais a industrialização perde força em
São Paulo, na mesma medida em que o setor de serviços se torna
mais forte. O fato de voltar a ser rota de migração internacional
não joga por terra essa tese?
Rosana Baeninger – O que pode ter havido é uma desconcentração
dessa indústria em termos espaciais. O professor Wilson Cano,
do Instituto de Economia, sempre diz que a parte financeira
do país é gerenciada por São Paulo.
JU – O fenômeno
independe, então, do tipo de atividade.
Rosana Baeninger – Exatamente. E esse fenômeno da imigração
internacional está relacionado justamente aos grandes centros
financeiros mundiais e, por isso, se expressa na região metropolitana
da capital. O interior de São Paulo, por exemplo, não registra
esse movimento internacional de estrangeiros. No caso do interior,
de um lado, constatamos mais a chegada significativa de coreanos
e chineses, que se estabelecem no comércio. É bom lembrar
que nos dois casos, já na década de 1940, eles vinham para
se estabelecer em colônias agrícolas. De outro lado, os casos
são bastante circunscritos a algumas especificidades, em particular
pela localização de indústrias transnacionais.
Os coreanos e chineses, por
exemplo, têm uma participação importante no mercado de jóias
em Limeira. É, mais do que tudo, a questão do capital internacional
que vem entrando no estado mais rico da Federação.
JU – Quando se
deu a vinda desse novo contingente para o interior?
Rosana Baeninger – Essa nova onda de coreanos e chineses para
o interior de São Paulo começou praticamente agora, no final
desta década em curso. Trata-se de um fenômeno muito recente,
do século XXI. Na capital, ela vem acompanhando par e passo
o próprio desenvolvimento da metrópole, como centro da riqueza
do país.
JU – Em estudo
recente do Nepo, o Rio de Janeiro aparece como centro receptor
de africanos. Qual a explicação para esse fenômeno?
Rosana Baeninger – De um lado, temos uma migração cujo
vínculo com a dinâmica econômica do cenário internacional
é muito forte. De outro, nesse cenário internacional, há a
questão dos refugiados e, nela, a formação histórica do Rio
de Janeiro tem um peso muito forte, sobretudo no caso dos
africanos.
São Paulo também registra
o fenômeno, mas comporta também uma migração latino-americana.
Como exemplo, podemos citar colombianos e cubanos refugiados.
Nesse novo cenário das rotas das migrações, não entra apenas
aquela estritamente vinculada aos processos de reestruturação
produtiva.
JU – Outros fatores
também pesam.
Rosana Baeninger – Nas relações internacionais, a migração
dos refugiados entra como uma dessas modalidades migratórias.
Como o Brasil é o país da América Latina que tem a mais avançada
legislação sobre refugiados, São Paulo e o Rio de Janeiro
são os dois polos desse tipo de migração. No caso do Rio,
a migração é mais de africanos – sobretudo, solteiros e individuais
– enquanto, em São Paulo, é mais familiar no que diz respeito
a contingentes de refugiados.
JU – E os outros países da América Latina?
Rosana Baeninger – A Argentina é também um polo de
migração de bolivianos – e de paraguaios, em menor escala
–, mas também se trata de um processo histórico, até porque
a questão da fronteira lá e mais forte do que no Brasil. Buenos
Aires tem uma migração muito forte de bolivianos na região
metropolitana.
Na verdade, o que São Paulo
demonstra é o fato de integrar essa rede internacional das
metrópoles. Uma das características dessas cidades é justamente
a entrada desses novos imigrantes internacionais que, antes,
não faziam parte dos fluxos históricos. Particularmente, uma
migração de asiáticos e de latino-americanos, muitos dos quais
vêm trabalhar para coreanos e chineses.
A novidade, portanto, é que
não se trata mais de uma migração Brasil-Paraguai, por exemplo,
num contexto de país em desenvolvimento que estava apenas
transferindo seu estoque de população para outra nação. Como
disse anteriormente, essa onda ocorre muito mais pelo fato
de o Brasil se inserir numa rota de capital e de mão-de-obra
internacional. E o curioso é que ele entra tanto na imigração
como na emigração.
JU – De que forma?
Rosana Baeninger – Nossa emigração não é apenas para os Estados
Unidos e Japão, como vai atingir quase todos os países da
Europa, respondendo a essa dinâmica de mobilidade do capital.
JU
– Ou seja, a reestruturação também empurrou muita gente para
fora. Em que medida essa fuga de cérebros é prejudicial?
Rosana Baeninger – Esse é o nosso problema. A maior
parte desse contingente que sai tem no mínimo o segundo grau
completo e muitos concluíram o curso superior.
JU – A que pode
ser atribuído esse fenômeno?
Rosana Baeninger – Para além do circuito internacional do
capital, parte das nossas interpretações, mais do que imaginar
que é a crise econômica que faz essas emigrações, é movida
por uma questão que respondia antes as migrações internas.
JU – Por quê?
Rosana Baeninger – Antes, nossas migrações eram elementos
de mobilidade social. Hoje, elas não são mais. Temos trabalhado
com o aporte teórico de que parte dos brasileiros que saem
é para buscar, pelo menos em seu imaginário, a mobilidade
social inatingível no Brasil. Antes, o diploma de terceiro
grau era garantia de emprego; hoje, não é mais passaporte
para o mercado de trabalho. Assim, eles retornam depois de
adquirido algum bem que não poderia ser conquistado no Brasil.
Isso talvez não seria possível com a migração interna.
JU – Eles partem
então com a expectativa de retorno?
Rosana Baeninger – Isto está mudando também. Essa expectativa
era muito mais forte na década de 1990. O que ocorre agora
é que, como já não é mais a primeira ou segunda onda migratória
– já temos mais de uma década desse fluxo –, foram formadas
redes sociais nos destinos. Mesmo que ele não tenha emprego,
muda a expectativa temporal. Eles esperam mais um pouco antes
de ir embora.
Com toda essa crise, temos cerca de 250 mil brasileiros no
Japão. Desse total, retornaram quatro mil – sendo que, no
mesmo período, partiram seis mil. As redes migratórias, na
origem e no destino, continuam a alimentar o fluxo. Com isso,
diminui muito a perspectiva do retorno.
Na perspectiva teórica mais
conservadora das interpretações do fenômeno, a emigração é
excelente, pois sua resposta positiva é o envio de remessas
e esse movimento diminui a pobreza, gera divisa e investimento
no país. Contudo, estamos perdendo recursos humanos qualificados
do país. Ocorre que, com essa mudança na expectativa temporal,
eles acabam ficando mais tempo do que imaginavam em razão
dessas redes. Um exemplo é o Japão. Não havia antes redes
sociais – todo mundo ia contratado; acabado o tempo previsto,
o trabalhador voltava. Isso mudou muito, assim como a política
migratória – o visto no Japão hoje vale por dez anos. Mesmo
desempregado, o brasileiro pode continuar lá.
JU – O que muda
nessa relação?
Rosana Baeninger – O brasileiro pode inclusive trabalhar
para um conterrâneo... Ademais, ocorre que, à medida que aumenta
a expectativa temporal, o investimento do migrante é no lugar
de destino e não mais de origem. Diminui também a remessa.
Isso acontece, por exemplo, também na Colômbia. O país criou
vários programas destinados às segunda, terceira e quarta
gerações – como política implícita –, com o objetivo de fomentar
o envio de remessas. Eles têm direito ao voto e à aposentadoria,
sendo que muitos sequer pisaram na Colômbia.
O discurso da emigração, numa
perspectiva conservadora – e particularmente das agências
internacionais – dá conta que a emigração não é uma coisa
ruim, nem para o país de origem nem para o destino. Por essa
lógica, o destino está ganhando uma mão-de-obra qualificada
e a origem está ganhando divisas. Mas é óbvio que se trata
de uma equação desequilibrada, em particular pelo fato de
esses migrantes internacionais não terem seus direitos humanos
reconhecidos no país de destino.
JU – Em que medida?
Rosana Baeninger – Porque nós perdemos recursos humanos –
e o país investiu muito neles. E, se formos contabilizar custo-benefício,
à medida que esse migrante não retorna mais, estamos perdendo
nosso capital humano. Não há, portanto, uma resposta migratória
no que diz respeito a uma teoria de ajuste econômico para
a migração.
JU – E trata-se,
invariavelmente, de um tipo de ocupação que não é exatamente
muito nobre...
Rosana Baeninger – Exatamente. Toda teoria vai dizer que os
migrantes estarão no mercado secundário de trabalho. Parte
deles, por exemplo, é clandestina, sem documentação. E, mesmo
que eles se tornem legalizados, não sobem de patamar no mercado
de trabalho.
JU – E, mesmo
assim, eles preferem ficar no destino?
Rosana Baeninger – Aqueles que conseguem permanecer, sim.
Há uma questão migratória fundamental, que é de fundo demográfico.
Os países europeus, por exemplo, têm baixa natalidade e isso
faz com que várias populações estejam abaixo do nível de reposição.
Eles só crescem quando têm imigração. O que eles fazem? Abrem
a “torneirinha” quando precisam, para, depois, fechá-la.
JU – Quantos brasileiros
vivem hoje no exterior?
Rosana Baeninger – O consulado brasileiro estima em 4,5 milhões.
Quando começamos a estudar essa temática, em 1995, esse contingente
era composto de um milhão de pessoas. Calculamos que existam
de 4,5 milhões a 5 milhões de brasileiros lá fora.
JU
– Quais são as perspectivas quanto a esse movimento?
Rosana Baeninger – Esse fenômeno não vai terminar.
Existe uma mobilidade do capital cada vez maior, além da ampliação
das redes sociais na origem e no destino. É necessário que
sejam implantadas políticas para que a gente não perca essa
mão-de-obra jovem.
Na verdade, cada fluxo, mesmo saindo da mesma origem, possui
redes sociais e etapas completamente diferenciadas. Por exemplo:
nós temos estudos que revelam que vários nordestinos cortam
cana na época da safra em São Paulo e, em seguida, partem
para a Europa. Temos inclusive visto bolivianos trabalhando
na cana em Presidente Prudente.
JU – Quantos imigrantes
temos hoje no Brasil?
Rosana Baeninger – Pelo censo, aproximadamente um milhão.
Desse total, ainda temos sobreviventes da Segunda Guerra.
Porém, é sempre difícil estimar porque parte dos imigrantes
não responde ao censo por estarem indocumentados no país.
As pastorais, por exemplo, indicam volumes às vezes mais altos.
A cidade de São Paulo comportaria, no mínimo, 500 mil imigrantes
que não figuram no censo. A Pastoral do Imigrante coloca 200
mil bolivianos na capital, enquanto o censo vai captar 18
mil...
JU – Um dos estudos
do Nepo aponta uma disparidade considerável entre diferentes
grupos de imigrantes no que diz respeito aos indicadores socioeconômicos
e de escolaridade. Por que isso ocorre?
Rosana Baeninger – Pois é. Esse é o desafio do que a gente
chama de governabilidade das migrações. Por quê? Os brasileiros
que estão indo para as áreas de fronteira, por exemplo, são
agrícolas. E há uma trajetória histórica embutida no fenômeno.
Entretanto, como a nossa rota no Cone Sul é nova, ela tende
a atrair o trabalhador do conhecimento.
JU – E qual é
o seu perfil?
Rosana Baeninger – O gerente de empresa, por exemplo. O Brasil,
a propósito, capta muito mais argentinos como gerentes de
empresas. E os chilenos, por sua vez, são tanto gerentes como
acadêmicos. Os fluxos, portanto, são desiguais. Isso corrobora
a tese de que, na imigração, estamos vinculados à questão
da metrópole e do capital internacional.
Na emigração, porém, nós temos questões relacionadas a fenômenos
típicos de países em desenvolvimento, que têm a ver com a
problemática agrária. Esses brasileiros vão trabalhar no rural
da Argentina, do Paraguai e do Uruguai, dentre outros países.
Além da questão das fronteiras, outro componente fortíssimo
são as políticas agrárias que não conseguimos resolver no
âmbito interno, sobretudo nos Estados do sul do país.
JU – O Brasil
exporta profissionais que ocupam cargos de chefia?
Rosana Baeninger – Na verdade, constatamos o que é
chamado de circulação de cérebros. Mas trata-se de um fenômeno
temporário. Os trabalhadores são convocados por empresas e
permanecem no destino cerca de dois anos. Por eles fazerem
parte agora do capital internacional, mudam por um tempo e
voltam. Eles integram a rota da circulação dessa mão-de-obra
qualificada, e não de perda de mão-de-obra. É o que os teóricos
chamam de migração de carreira.
A mobilidade do capital gera
uma nata, ao mesmo tempo em que ela precisa de uma força de
trabalho que vai gerir os excedentes populacionais para baratear
a mão-de-obra nesses países. No âmbito da América Latina,
o Brasil vai receber da Argentina e do Chile muito mais esses
migrantes qualificados. Já da Bolívia, ele pode ter uma migração
de baixa qualificação mas ela é vinculada absolutamente a
uma indústria da flexibilização da produção e também voltada
para a mobilidade do capital contemporâneo. E na emigração
para os países do Mercosul, como disse, são as questões rurais,
ainda não resolvidas.
JU – Sob uma perspectiva
histórica, a produção agrícola do final do século XIX e XX
atraiu imigrantes. Existe, em última instância, uma repetição
desse modelo?
Rosana Baeninger – Não. Se não tivesse havido esses processos
históricos, São Paulo não seria o que é hoje e não acomodaria
essas ondas imigratórias. Sempre trabalhamos com os processos
sociais anteriores; são eles que hoje condicionam as migrações.
JU – Dá para afirmar
que se trata de um novo ciclo?
Rosana Baeninger – Sem dúvida. Vejo inclusive reflexo
disso nas possibilidades que se abrem, por exemplo, na academia,
sobretudo em cursos de pós-graduação em âmbito regional, além
dos intercâmbios de alunos. O que diferencia o início das
rotas de migrações, no final da década de 1990, para a de
agora, é essa questão de quem entra é diferente de quem sai.
Não são fluxos da mesma composição demográfica. E as políticas
sociais têm que ser pensadas, primeiramente, a partir disso.
A despeito dos problemas inerentes
à questão, o governo brasileiro tem avançado muito, dando
apoio institucional, sobretudo de consulados, aos brasileiros
que estão lá fora. Mesmo porque o Brasil é o segundo colocado
em volume de remessas, ficando atrás apenas do México.
JU – Quanto, em
valores, é enviado?
Rosana Baeninger – Os brasileiros enviam cerca de 6 bilhões
de dólares/ano. Como a emigração do México é maior, o impacto
na economia é mais significativo, mesmo porque eles enviam
16 bilhões de dólares. Porém, é preciso tomar cuidado para
não ver a remessa como algo apenas positivo.
JU – O Brasil
vem assumindo importante em esfera global. No âmbito regional,
esse impacto é ainda maior. Qual o peso desse protagonismo
no sentido de atrair estrangeiros?
Rosana Baeninger – O cenário nacional é condicionante
para que a cidade de São Paulo se insira cada vez mais internacionalmente.
Cidades como Tóquio, Londres, Nova Iorque, com os maiores
impactos do capital financeiro, se tornam metrópoles de intenso
vaivém de pessoas – entra e sai muita gente. Isso já vem acontecendo
em São Paulo nas migrações internas.
Antes, na década de 1970,
os nordestinos vinham e praticamente não saíam – entraram,
por exemplo, 3,5 milhões e apenas 200 mil saíram; na década
de 1990, entraram 2, 5 milhões e saíram 900 mil; agora, na
primeira década do século, já entraram 800 mil e saíram 1
milhão.
O que ocorre? Como o fluxo
da metrópole é voltado para o meio financeiro, há uma rotatividade
de mão-de-obra cada vez maior. E a mesma coisa acontece com
a migração interna e tende a acontecer com a migração internacional.
Fatias cada vez maiores de imigrantes poderão chegar em São
Paulo, mas com refluxos significativos.
JU – Isto então
já vem ocorrendo?
Rosana Baeninger – Sim, já acontece com os bolivianos, por
exemplo. Na rede migratória, nem todos ficam. Eles vêm para
uma das etapas de constituição de fabricação e voltam. São
Paulo desponta como metrópole nesse novo cenário internacional.
JU – Isso quer
dizer que a cidade já tinha essa vocação, mas na esteira da
reestruturação produtiva, achou um novo lugar.
Rosana Baeninger – Sim, com novas configurações no
âmbito dessa nova ordem mundial, com muita força na imigração
internacional, que é um elemento fundamental nessa perspectiva.
Isso é absolutamente novo, até mesmo no contexto regional.
Campinas, por exemplo, conhecida por ser polo tecnológico,
atrai contingentes de estrangeiros regularizados – franceses,
coreanos, americanos, chineses. Isso tem mudado de certa maneira
o perfil urbano de alguns espaços da cidade.
Portanto, na mão-de-obra qualificada,
essa nova configuração não está presente apenas em São Paulo.
Ela pode estar em qualquer cidade do Brasil, em razão da distribuição
das atividades econômicas no âmbito internacional. Isso traz
uma circulação de trabalhadores do conhecimento. Em Campinas,
por exemplo, você não tem apenas o coreano estabelecido no
comércio mas também aquele que atua na indústria de tecnologia.
JU- E como os
estudos acerca dessas migrações irão prosseguir no Nepo?
Rosana Baeninger – Para podermos continuar o estudo de situações
tão diversificadas e importantes para São Paulo, tivemos um
projeto temático da Fapesp, aprovado recentemente, intitulado
“Observatório das Migrações em São Paulo – fases e faces do
fenômeno migratório”, que busca acompanhar as especificidades
das migrações no Estado de São Paulo desde a virada do século
XIX para o XX, ao longo do século XX e chegando nos dias atuais.
Rosana
Baeninger possui, pela Unicamp, graduação em Ciências
Sociais, mestrado em Sociologia e doutorado em Ciências
Sociais. É professora assistente no Instituto de Filosofia
e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp. É assessora da
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e pesquisadora desde 1984
do Núcleo de Estudos de População (Nepo), que foi coordenado
por ela de agosto de 2006 a junho de 2009. É coordenadora
adjunta da Capes na área de Planejamento Urbano/Demografia
(2008-2010) e membro representante da Secretaria de
Ensino Superior do Estado de São Paulo no Conselho Estadual
da Condição Feminina desde outubro de 2007. Coordenou
o Programa de Pós-Graduação em Demografia do Instituto
de Filosofia e Ciências Humanas de 2000 a 2006. Foi
secretária geral da Associação Brasileira de Estudos
Populacionais (ABEP) - gestão 2005-2006. É bolsista
de produtividade do CNPq, na área temática “Migração
(interna e internacional), Urbanização e Redistribuição
da População”.
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