|
Aluna da FEQ desenvolve torre de resfriamento
RAQUEL
DO CARMO SANTOS
Os
alunos do último ano de Engenharia Química terão uma oportunidade
a mais no aprendizado da disciplina de Laboratório de Engenharia
Química IV em 2010. Uma torre de resfriamento de água foi
construída em escala de planta-piloto pelos estudantes da
pós-graduação, especialmente para o ensino de graduação. O
trabalho permitirá, entre outras coisas, que o graduando tenha
contato com equipamentos similares aos produzidos pela indústria.
E com um diferencial: terão condições de monitorar o processamento
e analisar o funcionamento interno do aparelho a partir de
um computador acoplado para acompanhamento on-line.
A ideia do professor da Faculdade
de Engenharia Química (FEQ) Roger Josef Zemp, financiada pelo
projeto Faepex da Pró-Reitoria de Pesquisa, foi justamente
proporcionar aos futuros engenheiros químicos a possibilidade
de realizarem experimentos reais em um equipamento próximo
daquele que encontrarão quando forem para o mercado de trabalho.
“O objetivo do experimento
é analisar o desempenho de uma torre de resfriamento, e a
sua integração com um processo consumidor de água, com a vantagem
de se monitorar como as coisas acontecem internamente na máquina.
Comprar um equipamento e colocar no laboratório não seria
o caso, pois os equipamentos comerciais são usados apenas
para resfriamento e não para análises, uma característica
fundamental no ensino prático. Com isso, os alunos terão uma
visão mais ampla e abrangente, pois hoje o ensino deste tipo
de sistema restringe-se à modelagem e simulação computacional”,
explica Zemp.
A construção da torre de resfriamento
levou, em média, oito meses e faz parte da dissertação de
mestrado da engenheira química Renata Waki. Ela faz questão
de mencionar que contou com a ajuda de outros alunos do professor
Zemp para conseguir montar tanto os itens de instrumentação
elétrica padrão, sensores de temperatura, umidade, vazão e
pressão diferencial, quanto a parte mecânica da torre.
Segundo a engenheira química,
os testes demonstraram que o equipamento poderá ser muito
útil aos graduandos, uma vez que esse tipo de máquina é bastante
usada para o resfriamento de água na indústria, shoppings
e outros setores comerciais. Ela mesma, ao realizar um estágio,
teve dificuldades em manusear o equipamento, pois nunca tinha
tido contato desta natureza no laboratório. “O funcionamento
de uma máquina deste porte não é simples. Por isso, será um
grande ganho conseguir entender o seu funcionamento na faculdade”,
destaca.
Outra vantagem significativa
da torre de resfriamento construída pelos estudantes é a economia
de água durante as aulas práticas. O trocador de calor, também
usado para experimentos na graduação, utiliza uma enorme quantidade
de água potável para seu funcionamento que depois era descartada.
Uma vez que a torre será acoplada no trocador de calor, ao
invés de lançar fora, a água re-circularia entre os equipamentos.
|
|