A
Unicamp terá cinco dos 101 novos centros de produção científica
e tecnologia de ponta criados pelo Ministério da Ciência
e Tecnologia, por meio do Programa Institutos Nacionais
de Ciência e Tecnologia (INCT). O anúncio oficial dos novos
institutos foi feito no último dia 27, na sede do CNPq,
pelo ministro Sergio Rezende. O investimento total será
de R$ 523 milhões, o maior já feito por meio de uma chamada
pública no país.
No total, a Unicamp havia enviado vinte programas de pesquisa,
representando investimentos da ordem de R$ 140 milhões.
As cinco propostas aprovadas contarão com a liberação de
R$ 32 milhões em três anos. “Nossa expectativa era de que
um número maior de propostas fosse aprovado, mas reconhecemos
a importância do resultado alcançado”, disse o pró-reitor
de Pesquisa da Unicamp, Daniel Pereira.
Os
programas selecionados serão coordenados pelos professores
Amir Caldeira e Hugro Fragnito, do Instituto de Física (IFGW);
Fernando Ferreira Costa e Mário Saad, da Faculdade de Ciências
Médicas (FCM); e Rubens Maciel Filho, da Faculdade de Engenharia
Química (FEQ). Selecionados em âmbito internacional, as
propostas foram avaliadas por pesquisadoras ad hoc especializados
em cada uma das áreas de pesquisa dos projetos contemplados.
O edital recebeu 261 propostas, das quais 61% foram da
região Sudeste. O Estado de São Paulo contará com 35 dos
101 novos centros, totalizando investimentos de R$ 187 milhões.
Dos recursos disponíveis em âmbito nacional, 35% serão destinados
para projetos dos estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste;
15% para o Sul; e 50% para o Sudeste.
A
criação dos institutos conta com parceria da Capes/MEC,
das Fundações de Amparo à Pesquisa do Amazonas (Fapeam),
do Pará (Fapespa), de São Paulo (Fapesp), Minas Gerais (Fapemig),
Rio de Janeiro (Faperj) e Santa Catarina (Fapesc), do Ministério
da Saúde, da Petrobrás e do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES).
Os institutos selecionados começarão a funcionar ainda
este ano e estão assim distribuídos por região: o Norte
irá sediar oito institutos, que receberão o total de R$
42 milhões para desenvolver suas pesquisas; no Nordeste,
14 institutos terão à sua disposição R$ 59 milhões; no Centro-Oeste,
três institutos terão recursos no valor de R$ 18 milhões;
na região Sul, os 13 institutos selecionados poderão aplicar
R$ 53 milhões em pesquisas; no Sudeste, onde está o maior
número de sedes, 63, serão investidos R$ 319 milhões.
O
desempenho de cada instituto, constituído no âmbito deste
programa, será acompanhado pelo CNPq e pelo Comitê de Coordenação,
enquanto que a avaliação do programa, tendo em vista as
metas inicialmente propostas, será feita pelo Centro de
Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE).
A criação dos novos institutos nacionais faz parte do Plano
de Ação de Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento
Nacional, anunciado em novembro de 2007 pelo MCT. Conectado
ao Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC da Ciência,
como foi apelidado, prevê um investimento total de R$ 41,2
bilhões até 2010, distribuído em quatro prioridades: expansão
e consolidação do sistema nacional de CT&I; promoção
da inovação tecnológica nas empresas; pesquisa, desenvolvimento
e inovação em áreas estratégicas; e CT&I para o desenvolvimento
social.
Os programas da Unicamp selecionados pelo MCT
Fotônica para Comunicações Ópticas
Coordenador: Hugo Luis Fragnito – Instituto de
Física Gleb Wataghin
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Informação
Quântica
Coordenador: Amir Caldeira - Instituto de Física
Gleb Wataghin
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Sangue
Coordenador: Fernando Ferreira Costa – Faculdade
de Ciências Médicas
Instituto Nacional de Pesquisa em Obesidade e Diabetes
Coordenador: Mário José Abdalla Saad – Faculdade
de Ciências Médicas
Instituto de Biofabricação
Coordenador: Rubens Maciel Filho – Faculdade de
Engenharia Química