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Desempenho do remo feminino
é analisado em pesquisa na FEF

RAQUEL DO CARMO SANTOS

Julio Cesar Jesus Soares: "Evolução competitiva deve ser consequência de um planejado processo de preparação desportiva" (Foto: Antoninho Perri)A participação do remo brasileiro feminino em competições internacionais traz um quadro de resultados inexpressivos. É bem verdade que a participação feminina é recente. Data de meados da década de 1970, tanto em campeonatos mundiais como em jogos olímpicos. No entanto, para o técnico desportivo Julio Cesar Jesus Soares o cenário poderia ser diferente. Em dissertação de mestrado apresentada na Faculdade de Educação Física (FEF), Soares defende que o desempenho competitivo da modalidade deveria apresentar o mesmo processo evolutivo dos países de destaque. Para ele, deveria existir a orientação de talentos para um sistematizado processo de preparação de muitos anos.

A evolução competitiva, afirma, deve ser conseqüência de um planejado e fundamentado processo de preparação desportiva, especificamente estruturada para os atletas brasileiros. Para embasar suas argumentações, o técnico, orientado pelo professor Paulo Roberto de Oliveira, organizou um conjunto de dados sobre a primeira remadora brasileira com participação olímpica e identificou as diferentes etapas de preparação de muitos anos aplicadas à atleta. Foram quase 20 anos de registros desportivos ocorridos em período escolar e de especialização desportiva, subdivididos em ordem cronológica de acontecimentos.

Soares acredita no desenvolvimento de pesquisas científicas que contribuam para a compreensão do processo de treinamento da modalidade. “O cientista merece a oportunidade de conhecer a realidade prática do treinamento, da mesma forma que treinadores, técnicos, clubes, federações e confederação devem buscar uma aproximação com as universidades ou institutos de pesquisa, buscando embasamento científico na área do desporto” argumenta. 

Em sua opinião, a preparação do atleta de remo para obtenção do alto desempenho competitivo é uma questão para ser refletida científica e coletivamente por equipes multidisciplinares. Esses procedimentos, segundo Soares, podem aumentar a probabilidade de sucesso e evitar o mau uso de recursos públicos. “Apesar de a confederação ter obtido material flutuante a ser utilizado durante os treinamentos e em competições, a aquisição desses novos e sofisticados barcos por si não resolve o insucesso do remo nacional. O modelo vigente precisa ser repensado e substituído por novas premissas que norteiem de forma sustentada a possível participação em uma final olímpica a médio prazo”, conclui.


 
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