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Preac coordena Festival Internacional de Leitura - 19/3/2009 – O I Festival Internacional da Leitura de Campinas (Filc), uma parceria entre a Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (Preac) da Unicamp e a Prefeitura de Campinas, será realizado entre os dias 18 e 26 de abril, na Estação Guanabara. A abertura oficial ocorre dia 18, às 19 horas, com a presença de autoridades e apoiadores do evento. “O país tem perdido o bom hábito da leitura. Muitas informações são obtidas por diferentes mecanismos de aquisição, mas estes nem sempre estimulam o intelecto e a criatividade.” As palavras são do professor Mohamed Habib, pró-reitor e responsável pela Preac, que mais uma vez coordena um projeto cultural de projeção da cidade, que deve reunir mais de 140 mil visitantes no Centro Cultural de Inclusão e Integração Social, o CIS-Guanabara.
Depois de trabalhar à frente de eventos de grande porte como o Campinas Decor e o Festival do Café, Mohamed e a Preac têm pela frente desafios como organizar neste ano o Festival das Frutas e o Festival da Madeira. Para o Flic serão cerca de 150 pessoas inicialmente trabalhando para dar suporte à infraestrutura do evento. Nas dependências da Estação Guanabara, haverá espaço para o lançamento de livros e encontro com escritores, contadores de estórias, música, dança e teatro, entre outras manifestações culturais e artísticas. As mesas literárias do encontro, que durará nove dias, serão de responsabilidade dos professores Alcir Pécora, Jorge Coli, Carlos Vogt e Pedro Paulo Funari.
O escritor Monteiro Lobato será homenageado na ocasião. Nascido em 18 de abril de 1882, ele será lembrado nas apresentações teatrais e nos debates sobre suas obras literárias e mesmo em algumas críticas que lançou no mundo das artes como aquela dirigida à exposição da artista Anita Malfatti, que culminou com uma série de artigos, prós e contra os modernistas na imprensa nacional. A homenagem ao escritor acontecerá em todos os momentos do Festival. Um dos pontos altos do evento, revela Mohamed, serão as crianças de diferentes escolas da Região Metropolitana de Campinas (RMC). “Queremos muitas crianças participando, pois teremos uma ampla programação infantil. Sabemos que por meio delas é que a leitura poderá ser resgatada em seu cerne, desde as fases iniciais”, explica. Outro ponto importante, recorda, será um módulo dedicado à poesia. Escritores destacados poderão, não apenas apresentar seus textos ao público, mas também discutir os seus trabalhos e as implicações de suas obras.
Mohamed se diz impressionado que 50% dos adolescentes do país não tenham acesso à cultura e 90% dos jovens não tenham chances de ingresso no ensino superior. Também lamentou que a televisão ainda incentive a desordem social e exiba programas com conteúdo de baixa qualidade. “Então esta será uma boa oportunidade para as pessoas conhecerem um Festival que deve estimular tanto a integração quanto a inclusão social”, pontua, ao mesmo tempo que convida os interessados para participar das atividades do Filc.