Nono reitor na linha de sucessão do
fundador Zeferino Vaz, José Tadeu Jorge
analisa a trajetória da Universidade nos últimos 40 anos, dimensiona sua realidade atual e identifica os desafios que
a instituição tem pela frente
Jornal da Unicamp — Quarenta anos redondos separam a Unicamp do lançamento de sua pedra fundamental. Como ex-aluno da Universidade e como um professor que passou por todos os estamentos de responsabilidade acadêmica e administrativa antes de ser guindado à posição de reitor, como vê a trajetória da Unicamp até aqui?
José Tadeu Jorge — É a consagração de um modelo de universidade que demonstrou ser, ao longo destas quatro décadas, um modelo adequado, correto e não raro à frente de seu tempo. Um modelo que faz da intensidade da pesquisa um elemento de qualificação do ensino em todos os níveis, e que faz com que seus professores estejam sempre trabalhando na ponta do conhecimento, portanto em situação de transmitir esse conhecimento atualizado e de oferecer aos estudantes uma formação a mais completa possível. É um modelo em que os próprios estudantes, mergulhados num ambiente de geração do conhecimento, tendem a assimilar esses valores e a pautar sua vida acadêmica e profissional por eles. Como tudo isto já estava na base da estruturação da Unicamp, esses 40 anos mostram que o conceito era absolutamente correto, foi aprimorado ao longo do tempo, acompanhou criticamente a evolução dos acontecimentos e, hoje, explica muito da projeção qualitativa que a Unicamp tem dentro e fora do país.
JU — De que maneira se deu essa evolução do modelo?
Tadeu — A concepção de intensidade da pesquisa e de relação com a sociedade não é, naturalmente, a mesma de 40 anos atrás. Passou por transformações. Num determinado momento a pesquisa é intensificada com base na pós-graduação, num outro momento ela se intensifica com base na iniciação científica dos alunos de graduação. A entrada em cena das agências de fomento, a mudança de patamar dos investimentos em pesquisa a partir da década de 70, tudo isso coincidiu com o modelo de universidade investigativa representado pela Unicamp. Por uma feliz coincidência, foi a partir do surgimento da Unicamp que a Fapesp começou a mudar de perfil e acrescentou a seus programas de bolsas o investimento cada vez maior na pesquisa tecnológica, com forte impacto positivo nas universidades e nos centros de pesquisa paulistas. No âmbito federal, várias ações importantes foram feitas desde então, das quais um exemplo recente é a criação dos fundos setoriais, que poderiam até funcionar melhor do que estão funcionando, mas cuja relevância não pode ser negada. O modelo Unicamp já trazia em si, desde o começo, o conceito e a prática da relação com a sociedade, mas era então algo mais simples e de aceitação nem sempre evidente no meio acadêmico. Hoje a relação com a sociedade é parte intrínseca da atividade acadêmica. A Unicamp teve o mérito de dissolver os preconceitos que cercavam essa relação, passando a cumprir uma tarefa social – na saúde, na cultura, na formação complementar e na transferência de tecnologia – que vai muito além do necessário para o cumprimento das finalidades educacionais da universidade. Tudo isso veio sendo construído ao longo do tempo, ampliando-se quando necessário e sofrendo sucessivas etapas de transformação e aprimoramento, mas nunca se distanciando do eixo central que é a formação dos jovens.
JU — Em que a Unicamp se distingue, hoje, no cenário das instituições de ensino superior brasileiras?
Tadeu — A meu ver, o que caracteriza a Unicamp no cenário das universidades brasileiras é a inovação, e inovação no sentido amplo. A Unicamp inovou muita coisa ao longo destes anos. Ela procurou sempre estar à frente dos fatos de maneira propositiva, avançando e abrindo caminhos. A criação do vestibular próprio em 1987, por exemplo, com seu modelo dissertativo que tornou anacrônico o famoso teste das cruzinhas, foi uma proposta inovadora que estabeleceu parâmetros para outras universidades e agiu retroativamente sobre o ensino médio e os cursos preparatórios. Antes disso a Unicamp já trazia inovações de origem, como a concepção das engenharias, das exatas aplicadas e dos colégios técnicos como parte do projeto piloto, respondendo a uma forte demanda por mão-de-obra qualificada num momento de mudança dos modos de produção e do perfil industrial do país. A busca da relação com as empresas também tem várias ações que são inovadoras, como a criação pioneira do Escritório de Transferência de Tecnologia no começo da década de 90, mais tarde a implementação do Centro de Incentivo à Parceria Empresarial e, a partir de 2003, a síntese dessas experiências com a estruturação da Agência de Inovação, cujos resultados estão aí e são evidentes. Ainda nessa linha, não se pode esquecer do florescimento de mais de duas dezenas de empresas no nicho da Incubadora da Unicamp, nos últimos cinco anos. Ao mesmo tempo, nos últimos três anos a Unicamp adotou uma política consistente de atenção e apoio à propriedade intelectual, tornando-se rapidamente no maior patenteador nacional e, mais importante ainda, num efetivo licenciador de patentes e na transformação do produto acadêmico em benefício social. Ainda no plano da inovação, é preciso citar o exemplo recentíssimo de seu programa de ação afirmativa, o PAAIS, implantado em 2005 e que, fugindo à solução fácil da reserva de vagas por sistemas de cotas, soube fazer inclusão social sem depreciar o mérito acadêmico.
JU — Além da capacidade de inovar, que fatores permitiram à Unicamp ser o que é hoje?
Tadeu — As bases que acabo de mencionar são seguramente os principais fatores. Mas há algo que contribuiu para que esses fatores se conjugassem: é o fato de que, embora com características diferentes e linhas de ação nuançadas por individualidades, todas as gestões das reitorias da Unicamp respeitaram o modelo original, com enfoques distintos em uma área ou em outra, mas com prioridades que afinal se complementaram. Mesmo em tempos de crise — e penso particularmente na crise de 1981 — as ações institucionais nunca deixaram de estar sintonizadas com o modelo de ensino qualificado pela pesquisa e pela extensão.
Além disso, eu diria que a Unicamp se distingue hoje, de um modo consistente, por ser uma importante fornecedora de formuladores de políticas públicas para o país. Não são muitas as universidades que fazem isso a partir da existência de escolas de pensamento em seu interior, e a Unicamp as tem. Creio que esse fenômeno, que condiz bem com a vocação da Unicamp para assumir tarefas sociais relevantes, é facilitado pela existência de mecanismos multi e interdisciplinares em sua estrutura acadêmica, gerando uma atmosfera favorável à discussão de questões múltiplas e também à formação de profissionais com o aporte de diferentes áreas do conhecimento. Essa atmosfera sempre resultou não apenas na formação, mas também na contratação de quadros qualificados. É natural que desses quadros emerjam lideranças e técnicos de gabarito capazes de definir e executar políticas sociais de larga escala.
JU — Mas certamente também há problemas, alguns deles possivelmente estruturais. O senhor apontaria alguns?
Tadeu — Vários. Há, por exemplo, a pressão por vagas. Com o crescimento da população e o aumento da demanda que vem do ensino médio, cada vez mais pessoas buscam o ensino superior. Não podemos esquecer que, dada a história tardia da universidade brasileira, essa demanda reprimida vem de séculos. A pressão sobre a universidade pública neste início de século XXI é, portanto, considerável. No caso da Unicamp, isto veio crescendo ao longo destas quatro décadas e com maior intensidade a partir da autonomia, que é um marco extremamente positivo conquistado em 1989 pelas universidades estaduais paulistas. A Unicamp respondeu ao estatuto da autonomia, eu diria que em grau superlativo, com uma contrapartida de responsabilidade social que resultou num crescimento extraordinário de seus indicadores de qualidade. Os indicadores da Unicamp sempre evoluíram bem, mas nos últimos dezesseis ou dezessete anos esse crescimento foi exponencial. Isso fez com que a universidade aumentasse em muito suas atividades, fruto sobretudo da expansão de vagas na graduação e na pós-graduação. Com a autonomia a universidade manteve as aposentadorias no seu próprio orçamento, sendo importante frisar que isso é positivo na medida em que a relação dos professores com a universidade não se esgota com a aposentadoria: eles continuam mantendo vínculos significativos com a instituição, produzindo e participando de todas as atividades acadêmicas. Mas do ponto de vista orçamentário isso criou uma questão que ainda precisa ser equacionada. Este é talvez o maior problema que a universidade terá que enfrentar nos próximos anos. No momento da autonomia a Unicamp tinha 2,5% de sua folha comprometida com o pagamento de aposentadorias; hoje esse comprometimento está acima de 20%. Como conseqüência, diminuíram os recursos necessários ao custeio. Embora a universidade tenha buscado suprir essa redução por outras fontes, com a captação de recursos extra-orçamentários para financiar, por exemplo, o atendimento à saúde, a pesquisa e a infra-estrutura, isso não tem sido suficiente. O problema ainda não chegou a seu grau máximo, devendo ainda crescer nos próximos anos e se estabilizar por volta de 26% de comprometimento. Naturalmente isso traz o problema da viabilidade da Unicamp com base no orçamento que tem hoje. Há a questão do fundo previdenciário do Estado, em discussão na Assembléia Legislativa, um assunto que estamos acompanhando de perto com o propósito institucional de preservar características que são importantes para a universidade, ou seja, a manutenção das aposentadorias com o máximo de vínculo possível com a instituição e, em paralelo, a preservação do poder de compra dos salários.
JU — Zeferino Vaz preconizava universidades públicas com não mais de 15 mil alunos. Ele dizia que, indo além de 15 mil alunos, a universidade se tornaria ingovernável. Entretanto, a USP está hoje com mais de 80 mil alunos e a Unicamp com 33 mil. Os tempos são outros?
Tadeu — Com os dados que tinha na época, com o contexto e as condições existentes há trinta ou quarenta anos, a previsão poderia até estar correta. Entretanto, não creio que o professor Zeferino se referisse a um horizonte de tempo demasiado largo. Coisas importantes aconteceram desde então. Ele ajudou a estruturar as bases da pós-graduação no início dos anos 70 e o fez com grande clarividência, mas talvez não imaginasse que, por força até da vocação que imprimiu à pesquisa, a pós-graduação na Unicamp viria a ter praticamente o mesmo número de alunos da graduação, com uma produção que representa hoje aproximadamente 12% da pós brasileira. Ele seria o primeiro a admitir que essa peculiaridade atual da Unicamp qualificou tremendamente o modelo e foi um dos grandes aperfeiçoamentos do modelo ao longo dos anos. Um segundo aspecto é que as novas tecnologias de ensino, que Zeferino não poderia ter conhecido e tampouco prever, permitiram à universidade ter um maior número de alunos sem o aumento correspondente do número de docentes, de técnicos e de infra-estrutura de ensino nos moldes clássicos. Penso que se pode colocar aí um terceiro fator, que é a grande especialização profissional ocorrida ao longo destas quatro décadas. Quarenta anos atrás nós tínhamos profissões, digamos, mais tradicionais, e embora a Unicamp já inovasse nesse campo — por exemplo ao instalar uma escola de engenharia de alimentos, sendo que até ali alimentos era apenas uma especialização dentro das engenharias —, talvez não se pudesse prever a multiplicidade de especializações que viriam depois, tornando obrigatório o surgimento de cursos novos, de áreas novas, em sintonia com as necessidades do cenário. Isto levou a Unicamp, de modo muito congruente com o modelo, a ampliar o número de alunos para poder abranger essas novas áreas, das quais absolutamente ela não poderia passar ao largo. São fatores que dificilmente poderiam ser prognosticados. E com isso a Unicamp tem hoje, aliás felizmente, o dobro do número de alunos previstos na origem do campus de Campinas.
JU — Que conseqüências essa realidade não prevista traz para o futuro da Unicamp?
Tadeu — É uma questão que nos leva a outra reflexão importante. Os estudos que estão sendo feitos atualmente em torno do Plano Diretor mostram que o campus de Campinas está, se não saturado, muito próximo do seu limite de saturação. Já não é possível pensar em expansões significativas, seja na graduação seja na pós-graduação, no campus central. Circulam diariamente pelas ruas do campus cerca de 30 mil veículos, temos uma planta física com pequenas possibilidades de expansão e há unidades que, para crescer, teriam que alterar o local de sua sede ou então estrangular-se fisicamente, o que aliás já começa a acontecer. A expansão da oferta de vagas levou a um crescimento da relação professor/aluno que faz com que a capacidade de atendimento adequado aos alunos também esteja muito próxima do limite. E, o que talvez seja o maior obstáculo a qualquer expansão, a questão orçamentária não permite acréscimo de contratações senão muito pontuais.
JU — Daí o “projeto Limeira”.
Tadeu — Tudo isso foi levado em conta na definição do projeto Limeira. À preocupação da Unicamp com uma expansão ordenada das vagas na graduação juntou-se o fato de a universidade possuir em Limeira uma gleba de 500 mil metros quadrados, ociosa. Estimulado pelo programa de expansão de vagas do Estado, o Conselho Universitário autorizou a preparação de um projeto para mil vagas novas, com cursos inteiramente novos, o que deverá resultar em aproximadamente 4.200 estudantes de graduação ao fim dos primeiros quatro anos a partir do início de funcionamento do novo campus, aos quais se somarão de 3 a 4 mil estudantes de pós-graduação, o que seria também a capacidade limite daquela área física. O projeto foi elaborado e aprovado pelo Conselho e está vinculado a um aumento do orçamento da Unicamp pelo Estado, já que não há margem no orçamento atual para uma expansão de vagas dessa envergadura. Ou seja, o acréscimo de 0,05% na cota-parte do ICMS que cabe à Unicamp é absolutamente indispensável para que o projeto seja viabilizado. Caso a incorporação desse acréscimo ocorresse ainda este ano, o campus começaria a funcionar em 2007. Entretanto, a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2007 não foi votada até agora e o adicional de 0,05% precisa ainda ser incorporado ao texto. A Unicamp fez a sua parte, estabelecendo 12 cursos que já foram inclusive aprovados pelo Conselho; agora é esperar que a Assembléia Legislativa e o governo do Estado façam a parte deles.
JU — Como está hoje a Unicamp em termos de produção e de financiamento da pesquisa?
Tadeu — Um bom termômetro do desempenho da pesquisa numa universidade é o número de publicações científicas em revistas internacionais indexadas e, no caso das humanidades e das artes, a produção de livros, de artigos e a realização de produtos culturais. Cada área tem sua especificidade e, portanto, seus produtos são distintos entre si. Embora a Unicamp não esteja, do ponto de vista estritamente físico, entre as maiores universidades do país, ela é a universidade brasileira com maior inserção per capita de artigos científicos em revistas internacionais. Isso reflete a densidade e a qualidade de sua pesquisa. No entanto ainda temos espaço para crescer, para nos aproximarmos ainda mais dos parâmetros praticados nos países desenvolvidos. Acho que estamos caminhando para isso. Para que haja crescimento é fundamental que haja um movimento correspondente do sistema de fomento, um financiamento de apoio às atividades de pesquisa que funcione adequadamente. Tomando-se por base o patamar de qualidade e de estabilidade que as agências de fomento — Fapesp, CNPq, Capes, Finep — alcançaram nos últimos tempos, é possível esperar que isso aconteça. Havia uma grande expectativa em relação aos fundos setoriais, que vieram para alavancar significativamente o financiamento da pesquisa no país, e aqui pode-se dizer que essa expectativa não se cumpriu inteiramente. Os recursos definidos por lei para os fundos setoriais não estão sendo aplicados como deveriam e as sucessivas medidas de contingenciamento, os entraves e dificuldades para liberação de recursos têm sido motivo de desapontamento e frustração no meio acadêmico. Entretanto, os fundos permanecem como o grande fator capaz de alavancar a pesquisa no país e a Unicamp certamente se beneficiaria grandemente disso pela quantidade e qualidade de seus grupos de pesquisa.
JU — Nos últimos dois anos, o Conselho Universitário se manifestou mais de uma vez sobre o atual projeto de reforma universitária, com restrições sérias. Em sua opinião, a universidade brasileira precisa ser reformada?
Tadeu — Acredito que a universidade, em especial a universidade pública, tem que estar sintonizada com um determinado projeto de país. O projeto de país deveria necessariamente preceder o projeto de universidade. Não creio que o Brasil tenha um projeto claro de si mesmo, isto é, um projeto que defina formas sustentadas de desenvolvimento econômico e social e, inclusive, identifique os campos sociais e profissionais onde a universidade deveria concentrar o seu esforço de formação. Escolher os vetores de desenvolvimento significa analisar, por exemplo, o potencial de produção agrícola do país e de transformação dessa produção para agregação de valor, significa projetar o potencial de turismo que o país possui, que todos sabemos imenso e praticamente inexplorado, como também delinear e implementar uma política industrial que defina áreas fortes em cada região, com investimentos segundo a vocação de desenvolvimento dessas regiões. Isso requer conhecimento e gente qualificada para trabalhar e tocar essas áreas. Quando isso estiver definido e a universidade puder sintonizar-se com essas metas, então poderíamos falar objetivamente em um projeto de universidade. As questões ganhariam uma conotação muito mais qualificada do que têm hoje no projeto de reforma em tramitação, que não tem diagnóstico nem indicadores.
Um exemplo da distorção atual: metade das vagas oferecidas no ensino superior brasileiro se destina a cursos de administração de empresas, direito, pedagogia, letras e contabilidade. Ou seja, formamos milhares de administradores todos os anos e isso poderia levar a crer que em uma ou duas décadas seremos o país mais bem administrado do mundo. Ocorre que essa realidade não está em sintonia com as necessidades reais do país se levarmos em conta os três exemplos a que me referi, ou seja, o potencial agrícola e de agregação de valor, o potencial de turismo e o potencial industrial. Pouco ou nada dessas três perspectivas de desenvolvimento, para as quais o Brasil está claramente vocacionado, está contemplado nessas cinco profissões, que entretanto monopolizam metade das áreas de formação profissional em nossas escolas de ensino superior. Então é preciso estimular a formação em áreas específicas, levando em conta a vocação e as necessidades de cada região. A solução não é única para o país como um todo. O enfoque na produção agrícola, por exemplo, deve estar fortemente presente nas áreas de fronteira para o crescimento dessa produção, digamos na região Centro-Oeste e, como possibilidade de qualificação e otimização, no Sul e no Sudeste. O grande potencial turístico brasileiro está no Norte-Nordeste, enquanto o desenvolvimento industrial, dependendo do setor, ou já está concentrado no Sudeste ou deve ser estimulado em outras regiões. Se você me perguntar se a universidade precisa aumentar as oportunidades em seu sistema de formação, eu diria que sim, mas a resposta completa inclui outras questões: Onde? Qual é o projeto maior? Que áreas de formação implantar? A Unicamp não é absolutamente indiferente a isso. Nas duas vezes em que se manifestou sobre a matéria, era certamente nisso que o Conselho pensava.