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Cidade Universitária, Abril de 2009
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IV – O DESEMPENHO DAS UNIDADES

As vinte unidades de ensino e pesquisa da Unicamp se distribuem por quatro áreas do conhecimento: Exatas, Tecnológicas, Biomédicas e Humanidades e Artes. A seguir, um resumo de suas realizações acadêmicas e administrativas no quadriênio.

Instituto de Artes
Confirmando a vocação do Instituto de Artes para a construção do conhecimento a partir da prática artística e a consequente reflexão sobre ela, destacam-se, no período, os trabalhos resultantes das experimentações nas diversas modalidades de arte, pesquisadas nos seis departamentos, em relação com os cinco cursos de graduação e seis de pós-graduação.

Traduzidos em números, esses esforços resultaram em 34 montagens cênicas, entre dança e teatro, das quais pelo menos a metade significou participação em congressos, festivais e mostras estaduais e nacionais, com a conquista de importantes prêmios de desempenho coletivo quanto de destaques individuais de diretores, atores e dançarinos; e 43 mostras e exposições de produção visual na Galeria do instituto, distribuídas entre coletivas e individuais de alunos, docentes e artistas convidados.

Dentre os eventos que marcaram o período, destacam-se as quatro edições dos Festivais do Instituto de Artes (FEIA 6 a 9), com uma densa programação de palestras, oficinas e mostra artística; três versões do Unimúsica, nove do Unidança e cinco do Unicena, durante os quais se pôde demonstrar a qualidade artística dos alunos; a ativa participação do IA nas atividades de comemoração dos 40 anos da Unicamp; as atividades de comemoração dos 20 anos das Artes Cênicas; e a participação no Fórum Permanente de Arte e Cultura.

A publicação, por docentes e pós-graduandos, de 26 livros e 163 artigos em periódicos de circulação internacional e nacional, e as edições dos Cadernos da Pós-Graduação têm veiculado e disseminado os resultados das pesquisas desenvolvidas no âmbito do Instituto. Segundo o Anuário de Pesquisa da Pró-Reitoria de Pesquisa, o IA tinha no final de 2008 um total de 160 projetos financiados em andamento, dos quais 66 iniciados nesse ano.

Os setores que atendem a toda comunidade do IA, bem como da Universidade, como a Biblioteca e o Laboratório de Informática, buscaram equipar-se para aperfeiçoar sua relação com os usuários através de parcerias e projetos, implantando programas especiais de digitalização de acervo de partituras, aperfeiçoando as instalações da fonoteca e videoteca, criando, na infraestrutura de rede, servidor destinado à hospedagem de revistas eletrônicas, desenvolvendo banco de dados para o acervo da Galeria, reestruturando a rede local da biblioteca setorial do IA e elevando sua velocidade, além da criação de VLAN e redistribuição de endereços IP’s. Essas providências permitiram, somente na Biblioteca, o atendimento, no período, a cerca de 260.000 usuários entre empréstimos e consultas de livros, teses e especiais.

Instituto de Biologia
O Instituto de Biologia é formado por 11 departamentos, onde atuam 121 docentes (50% com bolsa de produtividade em pesquisa-CNPq) e 200 servidores técnico-administrativos, sendo responsável pelo curso de graduação em Ciências Biológicas, bacharelado e licenciatura, e compartilhando a responsabilidade pelo curso de Farmácia com a Faculdade de Ciências Médicas e o Instituto de Química.

Anualmente ingressam 45 alunos no curso de bacharelado em Ciências Biológicas, 45 em licenciatura e 40 no curso de Farmácia. No quadriênio, concluíram o bacharelado em Ciências Biológicas 198 alunos e, na licenciatura, 151. A formatura da primeira turma de Farmácia está prevista para 2008, num total de 38 formandos. O IB é também responsável por disciplinas ministradas para outros 15 cursos de graduação da Unicamp.

A pós-graduação no IB é formada por seis programas, dos quais um obteve conceito máximo (nota 7) na recente avaliação da Capes, quatro obtiveram conceito 6 e um, conceito 4. O número de alunos nesses programas é de cerca de 750. No quadriênio, ingressaram 686 alunos e para 2009 havia previsão de ingresso de cerca de 171 novos pós-graduandos. Foram defendidos 294 mestrados e 325 doutorados, havendo ainda a previsão de 24 mestrados e 21 doutorados até abril de 2009.

Na pesquisa, sua produção no quadriênio foi de 1.229 artigos publicados em periódicos científicos indexados, o que representa uma média anual de mais de 300 artigos. Publicou ainda 237 livros/capítulos de livros e teve 12 patentes requeridas.

No período, foram captados junto à Fapesp uma média de R$ 8,5 milhões de reais nas diversas modalidades de financiamento. Também foram representativos os recursos recebidos do CNPq e Capes, podendo ser destacados os recursos recebidos pelo IB junto ao CT-Infra Finep, anos 2005 e 2007, totalizando R$ 1.360.500,00.

Instituto de Computação
As atividades de pesquisa e de pós-graduação do Instituto de Computação continuaram se expandindo e se consolidando no período. Um indicador da qualidade da pós-graduação do IC foi o destaque alcançado por alunos seus em importantes certames científicos nacionais. Citamos os primeiros prêmios para as dissertações de Mestrado das alunas Fernanda Andaló (Simpósio Brasileiro de Computação Gráfica e Processamento de Dados) e Jaudete Daltio (Sociedade Brasileira de Computação), o terceiro prêmio para a tese de doutorado de Luciano Digiampietri (Sociedade Brasileira de Computação), e a menção honrosa para a tese de doutorado de Ricardo dos Santos (International Symposium on Computer Architecture and High Performance Computing). Além disso, as alunas Carla Geovana do Nascimento Macário (doutorado) e Karina Mochetti de Magalhães (mestrado) foram agraciadas com o prêmio “Brazil Women in Technology Awards”, patrocinado pela empresa Google.

Os cursos do Instituto receberam mais uma vez a avaliação máxima na classificação da revista Info/Exame de cursos de Computação do país. O Instituto iniciou em 2008 uma revisão curricular completa de seus cursos de Graduação, incluindo a expansão do curso de bacharelado em Ciência de Computação de 2.400 para 3.000 horas letivas, que entrará em vigor a partir de 2010. Para 2009 o Instituto também decidiu que colocará pelo menos 30 novas vagas no vestibular, em consideração à enorme carência de profissionais de informática qualificados que existe hoje no país.

Dentre as honrarias recebidas por docentes do IC, destacam-se os prêmios de melhor artigo obtidos pelos professores Paulo Centoducatte e Rodofo Azevedo (“A Software Transactional Memory System for an Asymmetric Processor Architecture”, apresentado no International Symposium on Computer Architecture and High Performance Computing, Campo Grande, MS) e pelos professores Cid Souza e Arnaldo Moura (“Planning and Scheduling the Operation of a Very Large Oil Pipeline Network”, International Conference on Principles and Practice of Constraint Programming”, Sydney, Austrália). Mencione-se também a comenda da Ordem Nacional de Mérito Científico concedida à professora Claudia Bauzer Medeiros e o prêmio Newton Faler, concedido ao Prof. Tomasz Kowaltowski por contribuições à Sociedade Brasileira de Computação.

No plano das atividades de extensão, destaca-se a realização da Olimpíada Brasileira de Informática, uma competição anual de programação para criancas e adolescentes, com alcance nacional e patrocínio da Fundação Carlos Chagas. No período, o IC também realizou convênios de pesquisa, desenvolvimento e consultoria com várias empresas nacionais e internacionais (incluindo Petrobras, Itautec, CI&T, Compera, Intel, Microsoft e IBM) e com a Receita Federal, parcerias protagonizadas pelos laboratórios de P&D da InovaSoft/Unicamp, coordenados por docentes do IC.

Instituto de Economia
O Instituto de Economia conta hoje com um corpo de 75 docentes e 51 funcionários. Nos cursos de graduação e de pós-graduação, estão matriculados 798 alunos (346 no diurno e 218 no noturno na graduação). Na pós-graduação, o alunado do IE está distribuído da seguinte forma: 38 no mestrado em Economia, 67 no mestrado em Desenvolvimento Econômico, 36 no doutorado em Economia, 71 no doutorado em Desenvolvimento Econômico e 22 no curso de especialização strictu senso em Economia do Trabalho e Sindicalismo.

Com 13 cursos de extensão em desenvolvimento no período, totalizando 850 alunos, buscou-se oferecer à sociedade em geral oportunidade de crescimento e aprimoramento no desenvolvimento intelectual e profissional.

A produção científica do IE resultou, conforme levantamento do período de abril de 2005 a novembro 2007, em 22 livros publicados, 260 artigos inseridos em publicações nacionais e 11 internacionais, 207 capítulos de livros, 124 trabalhos completos em anais de congressos, 50 resumos, 464 participações em congressos e eventos.

Mais de 60 pesquisas foram desenvolvidas no quadriênio com o apoio de agências de financiamento público nacional e internacional.

Em 2008, o curso de Economia comemorou 40 anos de existência com a realização dos seguintes seminários: 1.”Globalização Financeira e Padrão Monetário Internacional”; 2. “Padrões Produtivos e Tecnológicos: tendências mundiais e o Brasil”; 3. “A Crise Internacional e o Brasil”; 4. “Uma Estratégia de Desenvolvimento para o Brasil”. Além do Seminário “A Luta pelos Direitos Sociais: conquistas e novos desafios – 20 anos da Constituição cidadã 1988-2008”, outros dois eventos internacionais, o I Encontro Internacional da Associação Keynesiana Brasileira e a conferência “Desenvolvimento Global: desafios as estratégicas sindicais”, esta em parceira com a Global Labour University, marcaram esse período recente.
Ressalte-se a concretização de convênios importantes com a FAO, que oferecerá a Cátedra FAO de

Segurança Alimentar e Nutricional – após concorrência com instituições latino-americanas –, a qual propiciará um novo espaço de pesquisa e docência interdisciplinar. O convênio internacional firmado com a Organização Internacional do Trabalho – OIT possibilitou o oferecimento do curso de mestrado internacional em Economia Social e do Trabalho, no âmbito da rede da Universidade Global do Trabalho. O convênio com a Southwestern University of Finance and Economics, da China, possibilitou intercâmbio de alunos, além da cooperação em outros assuntos.

Instituto de Estudos da Linguagem
Na pós-graduação, entrou em funcionamento em 2008 o novo mestrado em Divulgação Científica e Cultural, compartilhado com o Núcleo de Desenvolvimento da Criatividade (Nudecri) e Laboratório de Jornalismo (Labjor). Também foram aprovados dois novos cursos de Especialização lato sensu para professores da rede municipal de ensino, em recente convênio com a Prefeitura, com oferecimento a partir de 2009.

Ainda sobre a pós-graduação, com base nas dificuldades encontradas para inserção de dados no Datacapes, sobretudo por conta da pouca familiaridade da maioria dos docentes e funcionários com o Sipex, deu-se ênfase no IEL ao tratamento dos dados acadêmicos, o que resultou na criação de um setor exclusivamente voltado para esse fim.

O quadriênio destaca-se, no âmbito do ensino de Graduação, pela consolidação do curso de bacharelado em Estudos Literários, que teve seus primeiros 20 ingressantes em 2006. O curso propõe mudanças importantes no perfil do profissional que trabalha com literatura, menos voltado para o ensino fundamental e médio, e mais capaz de se incumbir de atividades interdisciplinares na área de Humanidades, o que inclui reforço da pesquisa teórica e documental. O curso tem já um dado surpreendente para exibir: nenhuma evasão até 2008. Também foi relevante constatar a plenitude do funcionamento das disciplinas de licenciatura em Letras, que assumiu integralmente os estágios supervisionados desde 2004, tendo este ano os primeiros concluintes dentro da nova estrutura.

Além dos cursos acima, o IEL completa o oferecimento de suas 100 vagas anuais na Graduação com o bacharelado em Linguística e com a co-responsabilidade no de Fonoaudiologia (IEL/FCM).

No âmbito da pesquisa, foram aprovadas no período novas normas que regulamentam a criação de centros internos de pesquisa, resultando até 2008 em seis novos Centros: OUTRARTE; Estudos Clássicos (CEC); Estudos Hispano-americanos (CEHISP); Estudos sobre Utopia (U-TOPOS); Fórmulas e Estereótipos: teoria e análise (FESTA); Laboratório de Fonética e Psicolinguística (LAFAPE).

No plano de funcionamento geral foram realizados importantes investimentos em infraestrutura, graças ao substancial apoio financeiro concedido pela Reitoria e à obtenção de verbas institucionais (Fapesp e Faepex) que complementaram as verbas da unidade, com melhoria expressiva nas condições estruturais das áreas da informática (novos micros, novos servidores de e-mail e de arquivo de dados, novo switch central em nível Gigabit, novos switches setoriais e interligação por fibras óticas), da Biblioteca e do Centro de Documentação Alexandre Eulálio – Cedae (investimentos em acervos, tratamento de obras, novo arquivo deslizante). Foram concluídas reformas essenciais como a dos sanitários das salas de aula e do Pavilhão Docente, sendo ainda conquistados em 2007 volumosos recursos para a reforma completa das salas de aula, do Cedae e do futuro Centro Cultural do IEL, as três previstas para execução em 2009.

Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
O Instituto de Filosofia e Ciências Humanas conta com 86 docentes em regime de dedicação exclusiva, três em tempo completo e um em tempo parcial. Os setores administrativos somam 88 funcionários. A graduação do IFCH totalizou no quadriênio 4.001 matrículas em seus quatro cursos: graduação em História, em Filosofia e em Ciências Sociais diurno e noturno.

A pós-graduação do IFCH possui os seguintes programas: mestrado e doutorado em História, Filosofia, Antropologia Social, Ciência Política, Sociologia e Demografia; mestrado interinstitucional em Relações Internacionais; doutorados multidisciplinares em Ciências Sociais e Ambiente e Sociedade. Observe-se que os doutorados disciplinares em Antropologia, Sociologia e Ciência Política foram criados no biênio 2005/2006. Todos os programas foram avaliados pela Capes com médias de 5 a 7, indicadores de excelência e padrão internacional.

Os pós-graduandos, no quadriênio 2005-2009, assim se distribuíam: 341 no mestrado e 417 no doutorado em História; 246 no mestrado e 410 no doutorado em Filosofia; 531 no doutorado em Ciências Sociais; 178 no mestrado e 127 no doutorado em Antropologia Social; 176 no mestrado e 119 no doutorado em Ciência Política; 181 no mestrado e 188 no doutorado em Sociologia; 63 no mestrado e 99 no doutorado em Demografia; 95 no doutorado em Ambiente e Sociedade e 57 no mestrado em Relações Internacionais. No período, foram defendidas 270 dissertações de mestrado e 218 teses de doutorado.

No campo da produção científica, o IFCH totalizou os seguintes números: 257 livros publicados; 912 artigos em periódicos nacionais e internacionais; 429 capítulos de livros; 350 trabalhos completos em anais de congressos nacionais e internacionais; 573 resumos publicados; 2.132 participações em congressos e eventos; 457 outras publicações de caráter variado; 445 trabalhos técnicos; 94 projetos de pesquisa – CNPq/Pronex, Fapex e outros –, parte dos quais em andamento; e 22 prêmios e distinções entre menções honrosas, Prêmio Melhores Universidades Guia do Estudante e Prêmio “Bolsa de Reconhecimento Acadêmico Zeferino Vaz”.

No quadriênio, o IFCH teve um notável desempenho na captação de recursos externos, por volta de R$ 7 milhões, CT-Infra Finep, Petrobras, Fapesp e outros –, que foram aplicados na expansão da estrutura física e do acervo da biblioteca, e na construção de nova sede para o arquivo Edgar Leuenroth, bem como de novo prédio para os centros e núcleos de pesquisa.

Instituto de Física Gleb Wataghin
A produção científica no IFGW resultou, no período, em 1.252 artigos publicados em revistas indexadas e 25 trabalhos completos em atas de conferência. Ao mesmo tempo, os docentes dos quatro departamentos do instituto participavam, no final de 2008, de 315 projetos de pesquisa e foram responsáveis, no período, pela produção de 17 patentes.

Um índice importante desse desempenho foram as distinções recebidas pela unidade no período, como o Prêmio Empregabilidade, em 2005, e a colocação da unidade na categoria cinco estrelas pelo ranking “Melhores Universidades” do Guia Abril. Ao mesmo tempo, destacam-se os importantes prêmios recebidos por docentes da unidade no quadriênio, como o Mercator Visiting Professorship (Alemanha) e Lady Davis Professorship (Israel) pelo professor Iakov V. Kopelevitch, e Prêmio Bunge da categoria Jovem Pesquisador pelo professor Pascoal José Giglio Pagliuso, em 2005. Dignas de nota, igualmente, são duas patentes requeridas no período, uma pelo professor Mario Antonio Bica de Moraes e outra pelo professor Ennio Peres da Silva.

Ressalte-se que cerca de 70% da produção científica da unidade tem a participação de alunos de pós-graduação. No que se refere à graduação, 750 alunos se matricularam no IFGW por semestre, com um total de 11 mil matrículas em disciplinas da unidade por ano. Na pós-graduação, registrou-se a defesa de 93 dissertações de mestrado e 98 teses de doutorado.

Também o corpo discente demonstrou sua qualificação através de distinções as mais diversas, como o Prêmio SBF de Melhor Tese de Doutoramento de 2005 para Roosevelt Droppa Junior (orientador: professor Fernando Alvarez), Prêmio LAWHEP 2005 (I Latin Amnerican Workshop on High Energy Physics) para Diego Rossi Gratieri (orientador: professor Orlando Luis Goulart Peres), Prêmio Capes de Teses 2005 para Gustavo Garcia Rigolin (orientador: professor Carlos Ourivio Escobar) e Prêmio Professor José Leite Lopes de Melhor Tese de Doutoramento de 2006 para Gustavo Garcia Rigolin (orientador: professor Carlos Ourivio Escobar).

O período foi marcado também por investimentos em infraestrutura, como a modernização do Setor Criogênico, para o qual a unidade contou com recursos de R$ 1.037.232,00 do projeto Finep-Multiusuário. Através do programa Multiusuários II, da Fapesp, foram obtidos recursos de R$ 850.000,00 para o projeto “Ambiente de alto desempenho para cálculos computacionais”. Outros recursos obtidos, todos via Finep: R$ 500.000,00 para a infraestrutura laboratorial de pesquisa multidisciplinar; R$ 227.186,00 para a manutenção da rede de computadores do Departamento de Física da Matéria Condensada; e R$ 104.827,00 para infraestrutura e compra de gerador para o Centro de Computação da unidade.

Destaque-se, também, no período, a realização das edições das Oficinas de Física “Cesar Lattes”, das Escolas Avançadas de Física, da Exposição “Enrico Fermi”, da Comemoração do Ano Mundial da Física (2005) e de vários cursos de extensão.

Instituto de Geociências
A retomada das obras do novo prédio do Instituto de Geociências foi prioridade da direção do IG e da Reitoria, em virtude da inadequação e insuficiência das atuais instalações para as necessidades acadêmicas e a dimensão dos corpos docente e discente face às demandas geradas pelo início dos cursos de graduação em 1998 (diurno e noturno) e da ampliação considerável dos programas de pós-graduação.

O grupo de trabalho interinstitucional constituído pela Reitoria, presidido pelo diretor do IG, após revisar o projeto original, dedicou-se mensalmente a reuniões de planejamento e acompanhamento da obra. Como resultado desse esforço, será entregue à comunidade um bloco com 3.000 m2, correspondentes a 30% do total do prédio. Esse bloco abrigará 20 dos laboratórios de pesquisa e ensino do IG e as obras estão sendo viabilizadas com recursos orçamentários da Unicamp, complementados pelo CT-Infra/Finep. Além disso, a continuidade das obras para os anos de 2009 e 2010 encontra-se em fase de contratação, com recursos já disponíveis.

O planejamento estratégico do IG (Planes-IG 2006-2010) foi integralmente revisto no início da gestão atual, com participação ativa das chefias de departamentos, coordenações de graduação, de pós-graduação e de biblioteca, assim como de servidores administrativos e discentes. As prioridades estabelecidas têm norteado as ações da direção, dentre as quais se destacam, além do novo prédio: aumento de verbas destinadas a trabalhos de campo da graduação, inclusive seguro de vida em caso de acidentes; modernização da infraestrutura das salas de aula (com apoio da PRG e dos editais de ensino do Faepex), de modo a melhor atender os 417 alunos de graduação e os 246 de pós-graduação; melhoria da infraestrutura de informática do IG; incremento do acervo da Biblioteca “Conrado Paschoale” (recursos FAP-Livros/Fapesp); ampliação da infraestrutura de pesquisa visando aprimorar as condições de desenvolvimento dos atuais 287 projetos financiados, além da instalação do Laboratório Analítico de Espectroscopia de Massa com Ionização por Plasma (LA-ICP-MS), em conjunto com o Instituto de Física Gleb Wataghin (recursos Pronex/CNPq, Multiusuários/Fapesp e Petrobras); aprimoramento da pós-graduação, que contabiliza 22 teses e 58 dissertações concluídas em 2008, além de dois prêmios-tese da Capes; ampliação das parcerias em projetos e cursos com diversas empresas e órgãos públicos, como Petrobras, CPFL, Eletrobrás, Prefeituras, Secretaria Estadual de Educação, totalizando 347 alunos em 2008.

Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica
O Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica é composto pelos departamentos de Matemática, Matemática Aplicada e Estatística, contando com 100 docentes e 56 servidores não-docentes, além de 18 professores e/ou pesquisadores colaboradores, em sua maioria professores aposentados da unidade.

No quadriênio foram oferecidas 1.256 turmas de disciplinas de graduação para um total de 54.862 estudantes matriculados. Na pós-graduação, ingressaram 430 novos alunos nos programas de pós-graduação (mestrado e doutorado) em matemática, matemática aplicada e estatística, nos quais foram realizadas 225 defesas de dissertações de mestrado ou teses de doutoramento. Convém destacar que uma tese do programa de matemática aplicada foi a vencedora do Grande Prêmio Capes de Tese de 2007 nas grandes áreas de engenharias e ciências exatas e da terra. Em 2005 foi criado o Curso de Mestrado Profissional, contando desde então com 78 estudantes matriculados e 20 dissertações de mestrado apresentadas, elevando a um total de quatro o número de programas de pós-graduação na unidade.

Na extensão foram realizados 209 cursos de um leque de 146 disponibilizados em catálogo, atendendo um total de 7.025 alunos matriculados. A biblioteca computou mais de 119 mil consultas e 153 mil empréstimos de livros, periódicos e teses, o que bem demonstra a dinâmica do ensino e da pesquisa na unidade. Foram publicados, no quadriênio, 500 artigos em periódicos arbitrados de circulação internacional e 17 livros.

Além disto, diversos docentes do IMECC participaram ativamente de diretorias, conselhos científicos e comitês de várias responsabilidades em diversas sociedades científicas nos cenários nacional e internacional. Analogamente, o IMECC, através de seus docentes, esteve presente em comitês assessores e em assessorias ad hoc de entidades de fomento à pesquisa em nível estadual e nacional. Foi intensa, igualmente, sua participação em comitês editoriais de periódicos científicos internacionais e brasileiros.

Finalmente, docentes do IMECC coordenaram e participaram dos comitês organizadores de eventos científicos nacionais e internacionais em várias instituições, com algum destaque àqueles organizados na própria Universidade, e, num esforço semelhante, diversos pesquisadores do instituto marcaram presença em projetos científicos de abrangência regional, nacional e internacional, contribuindo decisivamente com a atuação de muitos grupos de pesquisa internos e externos à Unicamp.

Instituto de Química
Neste quadriênio, em que se comemoraram os 40 anos de início de atividades do Instituto de Química, houve importantes alterações na planta da unidade. Todos os laboratórios de ensino, até então alojados nos Blocos B, G e H, foram transferidos para suas novas instalações no Bloco F, com ocupação do espaço liberado (480 m2) por quatro grupos de pesquisa. A biblioteca foi realocada e teve seu espaço físico dobrado com o término da expansão do Bloco D, o que representou a liberação de uma área de 600 m2 e sua transformação em laboratórios de pesquisa. Além da biblioteca, a parte nova do Bloco D abriga o setor administrativo do Instituto, quatro laboratórios de pesquisa e quatro salas de equipamentos institucionais, com toda a infraestrutura de rede necessária (elétrica, de informática e gases). As ampliações das salas de Ressonância Magnética Nuclear e Espectrometria de Massas permitiram a alocação de um novo espectrômetro de ressonância magnética de sólidos de 400 MHz financiado pela Fapesp mediante projeto multiusuários, além de outro de 250 MHz para amostras líquidas.

Ainda no plano da expansão física, foram finalizadas as obras de construção dos laboratórios de pesquisa B/E e dos laboratórios de informática da pós-graduação, no Bloco H. Em resumo, no quadriênio, a área construída do Instituto de Química aumentou 3.500 m2.

Em termos acadêmicos, o IQ formou 106 bacharéis, 81 licenciados e 95 bacharéis com atribuições tecnológicas. As atividades de pesquisas desenvolvidas no IQ resultaram na excepcional média de aproximadamente quatro publicações em revistas indexadas/docente/ano, tendo sido defendidas 184 dissertações de mestrado e 152 teses de doutorado.

As pesquisas realizadas na unidade foram divulgadas através de mais de 1.350 publicações em revistas indexadas de circulação nacional e internacional. Note-se que o IQ continuou sendo a unidade da Universidade com maior número de patentes depositadas junto ao INPI (68 patentes solicitadas no período). Dois pontos são dignos de nota: essa produção de conhecimento foi gerada basicamente dentro dos grupos de pesquisa do IQ e aproximadamente 70% desse esforço acadêmico contou com a participação de alunos.

A excelência das atividades de ensino e pesquisa refletiu-se no conceito máximo atribuído ao programa de pós-graduação do IQ pela Capes, na escolha de um dos trabalhos desenvolvidos na Unidade como a melhor tese do ano de 2006 na área de Química, e pelos prêmios e distinções que continuaram a ser outorgados aos membros de seu corpo docente durante o quadriênio.

Faculdade de Ciências Médicas
A Faculdade de Ciências Médicas foi criada em 1958 e instalada em 1963. Conta hoje com 16 Departamentos (Anatomia Patológica, Anestesiologia, Cirurgia, Clínica Médica, Enfermagem, Farmacologia, Genética Médica, Medicina Preventiva e Social, Neurologia, Oftalmologia e Otorrinolaringologia, Ortopedia, Patologia Clínica, Pediatria, Psicologia Médica e Psiquiatria, Radiologia, e Tocoginecologia), 371 docentes e 309 funcionários.

É responsável pelos cursos de graduação em Medicina, Enfermagem, Fonaudiologia e Farmácia (este último em conjunto com os Institutos de Biologia e Química), contando com 666 alunos em Medicina, 186 em Enfermagem, 117 em Fonaudiologia, e 193 em Farmácia. Também é responsável pelos programas de pós-graduação stricto sensu em Ciências Médicas, Cirurgia, Clínica Médica, Enfermagem, Farmacologia, Fisiopatologia, Gerontologia, Saúde Coletiva, Saúde da Criança e do Adolescente, Tocoginecologia, e o Mestrado Profissional em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação – todos credenciados junto à Capes com nota igual ou superior a quatro, sendo o curso de Fisiopatologia com nota sete –, atendendo a mais de mil alunos matriculados em mestrado e doutorado.

Anualmente, cerca de 300 teses são defendidas na FCM. No ano de 2008, até o início de novembro, haviam sido defendidas 160 dissertações de mestrado e 84 teses de doutorado.
É responsável ainda pelo ensino de pós-graduação lato sensu de Residência Médica, Aprimoramento e Especialização. Na residência médica, conta com 467 residentes em 44 programas e 28 áreas de atuação. O Aprimoramento oferece 55 cursos, abrange 11 áreas profissionais afins e atende cerca de 70 bolsistas Fundap.

Na pesquisa, em cerca de 100 laboratórios são desenvolvidos anualmente mais de 250 projetos com financiamento por agências de fomento externas à Unicamp, contando com cerca de dois mil pesquisadores, entre docentes, não-docentes, alunos de pós-graduação e iniciação científica.

A faculdade tem tradição na extensão e nas atividades de prestação de serviços. Em seu complexo hospitalar, composto pelo Hospital de Clínicas (HC), Centro de Assistência Integral à Saúde da Mulher (Caism), Hemocentro, Gastrocentro, Hospital Estadual de Sumaré, Centro de Pesquisa em Reabilitação “Gabriel Porto” (Cepre), Centro Integrado de Pesquisas Oncohematológicas na Infância (Cipoi) e Centro de Controle de Intoxicações (CCI), além da atuação nas unidades básicas de saúde de Campinas, atende a uma população de aproximadamente cinco milhões de pessoas em quase uma centena de municípios da macrorregião de Campinas.

Faculdade de Educação
A Faculdade de Educação foi criada em 1972 para, inicialmente, atender as disciplinas de caráter pedagógico que compunham o currículo dos cursos de licenciatura da Unicamp. Em 1974 teve início o curso de Pedagogia. As propostas curriculares da FE, hoje, têm como ênfase a formação de professores, de especialistas e do pesquisador em Educação.

No quadriênio, o número de docentes apresentou um decréscimo de 99 para 92 professores, tendo havido também uma redução do número de funcionários de 67 para 62.

A organização departamental foi alterada no período. O número de departamentos passou de cinco para seis: Filosofia e História da Educação; Políticas, Administração e Sistemas Educacionais; Educação, Conhecimento, Linguagem e Arte; Psicologia Educacional; Ensino e Práticas Culturais; e Departamento de

Ciências Sociais na Educação.
Com relação ao número de alunos, a FE atendeu anualmente cerca de 180 alunos no curso de Pedagogia, 120 no curso de Licenciatura Integrada em Química e Física, e 1.200 nos diversos cursos de licenciatura. Em 2007, 507 alunos concluíram os cursos de graduação – o maior número de formandos entre todas as unidades da Unicamp. Nesse mesmo ano, a FE contava com 2.519 alunos matriculados, sendo 1.431 na graduação, 305 no mestrado, 396 no doutorado e 387 nos cursos de especialização. É a unidade que apresenta o segundo maior contingente de alunos da Universidade.

Os docentes da FE estão organizados em 38 grupos de pesquisa, cada um abordando uma determinada temática educacional, incluindo alunos da graduação e da pós-graduação. A fértil produção na área pode ser exemplificada: no período de 2005 a 2008 foram produzidos 406 livros, publicados 55 artigos em periódicos internacionais e 187 em periódicos nacionais.

Deve-se destacar que o programa de mestrado e de doutorado em Educação é considerado o maior do país, com cerca de 700 alunos matriculados anualmente, sendo responsável por mais de um quarto da produção científica em educação no Brasil. No período 2005 a 2008 foram defendidas 296 dissertações de mestrado e 283 teses de doutorado.

Ressalta-se que a FE manteve as suas publicações regulares: a revista Pro-Posições, de periodicidade quadrimestral; a revista Zetetiké, semestral; Educação Temática Digital (ETD) e Políticas Educacionais (Poled), ambas eletrônicas.

Finalmente, citam-se os Projetos Especiais, atividades que foram ampliadas nos últimos anos. Merecem destaque as seguintes ações: a) Programa Especial de Formação de Professores em Exercício – Pefopex –, de 2001 a 2006, com 180 professores formados em Pedagogia; b) Programa Especial de Formação de Professores em Exercício dos Municípios da Região Metropolitana de Campinas – Proesf – com 1.600 professores formados em Pedagogia, de 2002 a 2008; c) Curso de Especialização, modalidade lato sensu, em Gestão Educacional – Cege – para 6.000 gestores da rede estadual de ensino, no período 2005-2006; d) Cege da Região Metropolitana de Campinas, para 300 gestores, no período 2007-2009; e) cursos de especialização em convênio com a Prefeitura Municipal de Campinas, nas áreas de Educação de Jovens e Adultos, Educação Infantil e Tecnologia.

Com relação à extensão, a FE atendeu um total de 1.976 alunos, em diversos cursos. Finalmente, no campo da infraestrutura, a FE climatizou e equipou todas as suas salas e auditórios com aparelhos multimídia, além de disponibilizar sua moderna sala de videoconferência às várias unidades da Unicamp.

Faculdade de Educação Física
A Faculdade de Educação Física apresentou no quadriênio um índice produtivo em todos os níveis em que atua, ou seja, graduação, pós-graduação e extensão. Atualmente com 35 docentes ativos, atende a 617 alunos do curso de graduação (licenciatura e bacharelado), nos períodos noturno e diurno, com uma média de 17,62 alunos por docente. Na pós-graduação essa média é de 3,51 alunos/docente, considerando-se os alunos matriculados nos cursos de mestrado (68) e doutorado (55) em suas quatro áreas de concentração: Atividade Física, Adaptação e Saúde, Ciência do Desporto, Biomecânica do Movimento Humano e Educação Física e Sociedade. Houve no período 376 concluintes na graduação e 156 na pós-graduação.

Na extensão, a FEF é seguramente uma das unidades da Unicamp que mais serviços tem prestado à comunidade. Tem atendido aproximadamente 2.500 usuários por semestre na prática de atividades físicas e desportivas e oferecido oito cursos de especialização em treinamento desportivo, ciência do esporte, pedagogia do esporte escolar, atividade motora adaptada, biomecânica, atividade física e qualidade de vida e fisiologia do exercício, investindo na educação continuada de aproximadamente 560 alunos.

A produção científica da FEF no biênio registrou a publicação de 106 artigos em periódicos internacionais e 414 em periódicos nacionais, de 50 livros nacionais e dois internacionais, de 181 capítulos de livros nacionais e nove internacionais, além da produção de cinco obras audiovisuais e da obtenção de quatro patentes. Seus docentes obtiveram também a inserção de 466 publicações em anais de congressos.

O período registra ainda vários convênios de intercâmbio com instituições internacionais, destacando-se os firmados com o Stituto de la Motricitá Humana (Itália), Escola Politécnica de Milão, Universidade Técnica de Lisboa, Universidade de Playa Ancha de Ciências de La Educación (Chile) e Universidade Católica de Leuven (Bélgica). Em 2007 a FEF passou a integrar a Rede de Excelência Esportiva do Ministério do Esporte (Rede Cenesp) e a Rede do Centro de Desenvolvimento do Esporte Recreativo e do Lazer (Rede Cedes). Esses credenciamentos constituem, dentre outras relações acadêmicas, a expressão formal de sua competência técnica nessas áreas.

Faculdade de Engenharia Agrícola
O período 2005-2009 na Feagri é marcado pelas ações de reorganização administrativa, dentre as quais se destacam a extinção de seus cinco departamentos e a criação de estrutura organizacional única na Universidade, que passou a se organizar em três conselhos integrados de ensino, pesquisa e extensão: Conselho de Infraestrutura Rural, Conselho de Planejamento e Gestão e Conselho de Tecnologia de Processos. A estrutura atual flexibiliza a atuação dos docentes entre esses conselhos, proporcionando maior interdisciplinaridade às pesquisas desenvolvidas na unidade.

Merecem também ênfase as intensas discussões em torno do curso de graduação em Engenharia Agrícola, que culminaram, em 2007, com a readequação do seu currículo. Discussões no mesmo sentido estão ocorrendo na pós-graduação.

A unidade manteve em andamento no quadriênio 149 projetos de pesquisa, dos quais 124 iniciados no período. Dos projetos concluídos, 12 foram patenteados. Como consequência direta dessa produtividade, os docentes da Feagri publicaram 313 artigos em periódicos indexados nacionais e internacionais, além de 26 livros completos ou capítulos de livros. Todos os 39 docentes têm titulação mínima de doutor, cujo desempenho reproduz-se no programa de pós-graduação, com 184 teses defendidas no período, sendo 87 de mestrado e 97 de doutorado. O curso vem obtendo conceito máximo na avaliação trienal da Capes, colocando-se na ponta dos programas de Engenharia Agrícola do país.

O curso de graduação em Engenharia Agrícola formou 144 engenheiros agrícolas no período, tendo recebido seguidamente cinco estrelas na avaliação anual do Guia Abril de Melhores Universidades.
Graças a um esforço sistemático de aproximação com os setores público e privado, foi possível ampliar de modo expressivo o número de convênios e a captação de recursos extraorçamentários. A qualidade das relações externas mantidas pela Feagri pode ser aferida pelo número de palestras e eventos organizados (256) e de cursos de extensão (61) ministrados por seus professores, dentro e fora da Universidade, a um público de 1.350 alunos matriculados.

Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo
As atividades desenvolvidas em graduação, pós-graduação e extensão apresentaram, na Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo, resultados importantes no quadriênio 2005-2009. O curso de Engenharia Civil passou por importante reforma curricular no período, permitindo formação complementar em várias áreas na forma de ênfases pela agregação de conjuntos de disciplinas eletivas relacionadas às áreas. Criou-se o Laboratório de Prototipagem para o curso de graduação em Arquitetura e a infraestrutura de vários laboratórios foi significativamente melhorada. Implantou-se o curso sobre Arquitetura Comunitária como atividade de extensão para atualizar conceitos de racionalidade e sustentabilidade aos profissionais sem acesso às universidades.

Vários trabalhos finais de graduação foram finalistas em concursos realizados na IV e na VI Bienal Interamericana, outros receberam prêmios da Iniciativa Solvin 2005 – Arquitetura Sustentável, da Ópera Prima (regional S. Paulo), o prêmio Holcim Awards 2008, o segundo lugar no Concurso Nacional de Idéias Arquitetônicas para participação no “Solar Decathlon Europe 2009”, prêmio em Iniciação Científica na XV Jornada de Jóvenes Investigadores da Associação das Universidades do Grupo de Montevidéu (AUGM), prêmio na I Conferência de Sistemas Gráficos Digitais e na I Mostra de Boas Práticas Pedagógicas da Associação de Ensino de Arquitetura e Urbanismo. Destaque-se também a concessão do prêmio Jabuti, conferido pela Câmara Brasileira do Livro, à obra Arquitetura do Café.

Novas áreas de pesquisa de caráter multidisciplinar foram incorporadas ao programa de pós-graduação em Engenharia Civil: “Arquitetura e Construção”, “Planejamento e Gestão de Bacias Hidrográficas, Patrimônio e Paisagem”, “Engenharia Hidráulica e Materiais Especiais”. Foi criado um novo programa de pós-graduação em “Arquitetura, Tecnologia e Cidades”.

Teve início um grande número de projetos de pesquisa como os temáticos da Fapesp, Tidia-Fapesp, Finep e CNPq, e vários convênios com universidades européias e americanas foram realizados no período visando o intercâmbio de alunos e professores. Docentes da unidade ministraram palestras em instituições nacionais e internacionais, coordenaram várias sessões em reuniões e congressos científicos nacionais e internacionais e contribuíram com vários capítulos de livros.

Duas patentes foram concedidas no período, uma ao produto tecnológico denominado “sistema completo de avaliação de desgaste de materiais por cavitação e bocal para jato cavitante” e outra ao “sistema pneumático de remoção de lodo para decantadores”. É importante notar a organização dos ciclos de palestras sobre “Arquitetura Contemporânea e o Brasil”, das XXXII Jornadas Sul-americanas de Engenharia Estrutural, do 1º Simpósio Latino Americano sobre Métodos Físicos e Químicos em Arqueologia, Arte e Conservação de Patrimônio Cultural, do V Simpósio Brasileiro de Gestão e Economia na Produção, do I Simpósio Brasileiro de Construção Sustentável, de vários cursos de capacitação dentro do projeto Recesa da Finep e do ciclo de palestras em Gestão e Logística (GEL).

Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação
No quadriênio 2005-2009 houve o ingresso de 400 alunos no curso de Engenharia Elétrica e de 360 no curso de Engenharia de Computação. Formaram-se, respectivamente, 370 e 328 alunos. Esses números evidenciam a baixíssima taxa de evasão de estudantes na FEEC e comprovam a excelente qualidade de seus cursos.

Na pós-graduação registrou-se um aumento ainda mais significativo na eficiência e na produtividade dos trabalhos de orientação. Foram defendidas até aqui mais de 1.800 dissertações de mestrado e quase 800 teses de doutorado. O número de teses e dissertações cresceu para um patamar de mais de uma centena por ano. Em média, o número de doutorados tem ficado por volta de 50% do número de mestrados. No quadriênio, foram defendidas na unidade 318 dissertações de mestrado e 156 teses de doutorado.

As dissertações e teses ocorreram, no período, em uma média de uma por ano por docente. Além dos alunos regulares presentes no programa de pós-graduação, há ainda os estudantes especiais. Em torno de 400 alunos especiais ingressaram, por semestre, nos cursos de pós-graduação da FEEC. Destaque-se que uma tese de doutorado da FEEC ganhou o Prêmio Menção Honrosa da Capes para a melhor tese de doutorado do Brasil.

A FEEC utilizou amplamente os indicadores de produção científica (fortemente vinculados às atividades de pós-graduação) para distribuição interna de recursos (bolsas e verbas) entre seus departamentos. Por essa razão foi feito um acompanhamento sistemático e detalhado da produção de cada departamento. O corpo docente da unidade com atuação na pós-graduação foi de aproximadamente 90 professores, 41 dos quais são pesquisadores nível 1 ou 2 do CNPq. Em particular, tem-se hoje oito pesquisadores de nível 1A, dez de nível 1B, quatro de nível 1C, nove de nível 1D e dez de nível 2.

O número de intercâmbios com outras instituições, tanto do Brasil quanto do exterior, cresceu de modo expressivo. Esses intercâmbios levaram professores e alunos a visitas técnicas e estágios de pequena ou longa duração, proporcionando aos participantes uma rica troca de informações. A maior parte das instituições estrangeiras com as quais a FEEC manteve intercâmbio encontra-se nos Estados Unidos e na Europa.

Por conta dos intercâmbios e também da boa reputação da pós-graduação da FEEC, cresceu o interesse de universidades do exterior em estabelecer com a unidade programas de duplo diploma, situação em que o aluno de pós-graduação pode obter o título de doutor em ambas as instituições. Convênios nesse sentido foram firmados com a Universidade do Novo México (EUA) a Universidade de Toulouse (França) e o Instituto Politécnico de Milão (Itália), entre outros. Foram estabelecidos mais de 50 contratos de cooperação com empresas e instituições públicas e ministrados, no período, quatro cursos a distância – dois de graduação e dois cursos de pós-graduação.

A FEEC contou, no período, com aproximadamente 6.000 m2 de laboratórios, sendo 14 deles de ensino e 35 de pesquisa. Todos são compostos por modernos equipamentos computacionais e bancadas. Houve um grande empenho na atualização da infraestrutura da área de informática, que resultou em um patrimônio de aproximadamente 30 servidores, 50 estações de trabalho, 850 microcomputadores e US$ 10 milhões em programas computacionais, uma infraestrutura comparável aos melhores centros de ensino e pesquisa do mundo.

A produção científica e tecnológica da FEEC, no período, pode ser aquilatada pelos 450 artigos publicados por seus docentes em revistas indexadas, pelos 1.247 trabalhos completos apresentados em congressos e pelas 22 patentes produzidas. No final de 2008, a unidade mantinha 128 projetos de pesquisa com financiamento.

Faculdade de Engenharia de Alimentos
Com uma área total de 25 mil metros quadrados divididos em 17 prédios, a FEA abriga cerca de 45 laboratórios e plantas piloto distribuídas por quatro departamentos. Pioneira na pesquisa na América Latina em sua área de atuação, a FEA é considerada centro de excelência pela Capes e pela Organização dos Estados Americanos.

É reconhecida pela qualidade dos seus projetos de pesquisa pelos principais órgãos financiadores como CNPq, Finep e Fapesp. Atualmente, a FEA conta com 52 docentes. Anualmente, atende cerca de 600 alunos de graduação e 500 alunos de pós-graduação. No quadriênio, obteve 203 dissertações de mestrado e 195 teses defendidas. Também participaram como alunos especiais, no período, 600 estudantes de diversos estados.

O alto nível de capacitação docente e o elevado índice de produção científica podem ser dimensionados, de 2005 a fins de 2008, pelo número expressivo de bolsas de pesquisa concedidas e de patentes depositadas. Através da Capes, foram 32 bolsas contínuas de mestrado e 43 bolsas de doutorado. Pelo CNPq, o número foi de 50 bolsas de mestrado e 70 de doutorado. Em média, houve 130 projetos de pesquisa financiados. A produção científica é de excelente qualidade, com a inserção anual de cerca 150 publicações em congressos nacionais e internacionais e cerca 150 artigos publicados em periódicos indexados, atingido uma produtividade média, nos últimos anos, de quatro artigos em periódicos por docente.

A faculdade possui quatro programas de pós-graduação, mantendo o níveis de excelência nas avaliações trienais da Capes, com três programas avaliados com notas 6 e 7.

Além da qualidade de seu curso de graduação, que tem em seu currículo disciplinas básicas de engenharia ao lado de disciplinas profissionalizantes que contemplam a área alimentícia, os alunos têm forte participação ativa na vida da unidade através de atividades extracurriculares como as geradas pela empresa-júnior (Gepea), pelo Centro Acadêmico (Cafea), pela Semana de Engenharia de Alimentos (Semalin) e pelo Trote Cidadania, hoje um exemplo de integração do novo alunado que tem sido modelo para todo o país. Para o enriquecimento dessas atividades muito concorrem também a Comissão de Estágio e a Associação Atlética Acadêmica.

Neste quadriênio, a faculdade obteve uma média anual de 130 projetos financiados pelas agências de pesquisa, com ênfase para cerca de 50 projetos de pesquisa com financiamento Fapesp que representaram valores contratados de aproximadamente R$ 2 milhões.

A FEA recebeu no período diversas premiações nacionais e internacionais importantes, como o Prêmio Peter Murányi 2007, Prêmio “Internacional Publication Award” nas Filipinas e o Prêmio Pibic de Mérito Científico. Por dois anos seguidos, o prestigioso Prêmio Bunge foi conferido a professores e alunos da FEA.

Faculdade de Engenharia Mecânica
Tiveram continuidade, na FEM, os esforços para se ter uma infraestrutura compatível com o aumento do número de vagas ocorrido no curso de Engenharia Mecânica. Estão em fase de projeto dois novos prédios para os laboratórios didáticos (houve necessidade de rever o contrato para sua construção, o que implicou a substituição da empresa contratada) e as sete modalidades do curso estão sendo readaptadas. O estudo visa também o aumento do número de aulas de laboratório no currículo do curso. No quadriênio iniciou-se a construção do prédio de laboratórios de pesquisas com verbas do programa CT-Infra-Finep – em fase final de obras – e deu-se continuidade ao esforço para obtenção de verbas para sua conclusão.

Nestes quatro anos, o curso de Engenharia de Controle e Automação teve sua infraestrutura de laboratório reformulada e seu currículo renovado. Para melhoria da infraestrutura do curso contou-se com verba do Faepex e também com verba oriunda de recursos extraorçamentários da FEM. Foram utilizados recursos extraorçamentários e também provindos da Reitoria para a reforma das salas de aula (troca dos sistemas de ar condicionado e de carteiras) e para a melhoria dos equipamentos de informática voltados para a graduação. Com verbas oriundas da iniciativa privada reformou-se também a sala de ensino computacional, devendo ocorrer o mesmo quanto à reforma da segunda sala de ensino computacional e à melhoria de laboratórios didáticos.

Está sendo feito um esforço para que a pós-graduação da FEM cresça em qualidade e em quantidade de alunos. O principal resultado deste esforço é o Programa de Incentivo à Capacitação Científica, que busca fazer com que alunos de graduação já comecem a cursar disciplinas de pós-graduação nos últimos períodos do curso, abreviando assim o tempo necessário para a conclusão do mestrado.

Também no quadriênio foi estruturado o curso de mestrado profissional em Engenharia Automobilística, com a participação de docentes da própria FEM, do Instituto de Química, da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação e do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). As aulas tiveram início em agosto de 2007 e no início de 2009 foram graduados seus primeiros alunos. O curso de pós-graduação em Engenharia Mecânica obteve nota máxima na recente avaliação da Capes para o período 2004-2006, subindo do conceito 6 para 7 num cenário em que apenas três cursos da área de engenharia mecânica, produção, aeronáutica e naval alcançaram esse patamar.

O corpo docente da FEM obteve bons resultados no tocante à divulgação de suas pesquisas em periódicos de alto rigor editorial. Por exemplo, enquanto no período 2000-2003 os docentes da FEM publicaram 249 trabalhos em periódicos internacionais, no período 2004-2007 este número subiu para 254 trabalhos, o que é expressivo levando-se em conta que houve redução do número de docentes.

Os cursos de extensão mantiveram seu nível no período, e os cursos de especialização já existentes continuaram a ser oferecidos com boa demanda. Além disso, durante o quadriênio estruturou-se a participação da FEM nos cursos do tipo Prominp demandados pela Petrobrás e iniciou-se o oferecimento destas turmas. Desde 2007, várias turmas de engenheiros participam de cursos voltados a temas de interesse na área do petróleo. Também no período os docentes da FEM ofereceram um curso de especialização em engenharia automobilística para engenheiros da Ford em Camaçari (BA).

Faculdade de Engenharia Química
Desde sua criação, tanto o curso de graduação (1975) quanto o de pós-graduação (mestrado em 1980 e doutorado em 1989), foram avaliados como cursos de excelência pelas diferentes ferramentas de avaliação implementadas pelo Ministério da Educação e pela Capes. Em 2007 o curso de pós-graduação atingiu o conceito máximo na avaliação trienal da Capes, um dos quatro cursos de engenharia química no Brasil com esse conceito.

Até 1990, quando foi criada a Faculdade de Engenharia Química, ambos os cursos funcionavam na antiga Faculdade de Engenharia de Campinas, que abraçava os então Departamentos de Engenharia Química, Mecânica e Elétrica. Hoje, o corpo docente é constituído de 47 professores, todos eles com o título de doutor, dos quais 22 (47% do total) têm bolsa de produtividade em pesquisa do CNPq.

Uma das características marcantes da unidade é o elevado número de publicações em periódicos internacionais indexados, desempenho que tem se mantido numa média muito expressiva. Nos anos de 2005 a 2007 foram publicados 323 artigos em periódicos internacionais, 634 trabalhos completos em congressos e 50 capítulos de livros. No ano de 2008 foram publicados, até o mês de outubro, 92 trabalhos em periódicos indexados.

Nos anos 2005 a 2007 o curso de graduação teve 1.719 alunos matriculados, com 266 engenheiros químicos formados, que, somados ao histórico anterior da FEQ, totaliza 1.846 profissionais formados até o fim de 2007. Quanto ao curso de pós-graduação, teve 1.541 alunos matriculados, com 130 dissertações de mestrado e 119 teses de doutorado defendidas. Em julho de 2007 o curso atingiu a expressiva marca de mil teses defendidas, incluindo os níveis de mestrado e doutorado.

As atividades de extensão universitária são muito importantes na unidade. No triênio 2005-2007 houve 33 convênios assinados; foram oferecidas 501 disciplinas em cursos de extensão/especialização que envolveram 11.105 alunos matriculados.

Um indicador importante que vem crescendo de forma expressiva é o número de patentes requeridas. Naquele triênio foram requeridas 24 patentes de processos/equipamentos, bem como seis registros de software.

Faculdade de Odontologia de Piracicaba
No quadriênio 2005-2009 a FOP reafirmou sua condição de excelência em todas as suas áreas de atuação – ensino de graduação e pós-graduação, pesquisa e extensão – consolidando-se como a escola de odontologia com melhor desempenho no país em praticamente todos os indicadores.

O curso de graduação, que conta atualmente com 352 alunos, recebeu o prêmio “Melhores Universidades – Guia do Estudante da Editora Abril”, sendo contemplado com cinco estrelas nos anos de 2005 e 2006. Recebeu também, em 2005, o prêmio de “Melhor Corpo Docente e Incentivo à Pesquisa da Área de Ciências da Saúde”, pelo mesmo ranking. Os alunos tiveram importância fundamental em atividades sociais como, por exemplo, o Trote Cidadão, cujo objetivo é a promoção da saúde bucal.

Os cursos de pós-graduação continuam entre os mais conceituados do país. Dentre os quatro programas de excelência na área de Odontologia, segundo avaliação da Capes, três estão na FOP. Os demais programas da unidade também foram considerados de alto nível acadêmico e científico. Entre 1971 e 2008, foram produzidas e defendidas na unidade 1.174 dissertações de mestrado e 661 teses de doutorado, números elevados para os padrões brasileiro e latino-americano.

A força da pós-graduação da FOP foi demonstrada em pesquisa recém-divulgada pelo Brazilian Journal of Medical and Biological Research – e depois ressoada pela Revista Fapesp (edição 132, 2007) – em que se analisam as 20 universidades brasileiras com a maior produção de artigos científicos sobre saúde e biologia entre os anos de 2001 e 2003. A FOP se destaca no ranking.

Cerca de 50% de seus docentes possuem bolsa de produtividade em pesquisa do CNPq, o que representa 26% das bolsas oferecidas por essa agência de apoio na área de odontologia, no país, e mostra a grande capacidade de produção científica e de formação de recursos humanos do quadro docente da FOP em relação a seus pares.

No plano da infraestrutura, o quadriênio também foi produtivo. Fez-se a readequação da central de esterilização para o recebimento de duas autoclaves; a adequação do laboratório da Microbiologia; a elaboração do projeto da nova rede de hidrantes; a adaptação da entrada da biblioteca para portadores de deficiência; e a finalização do projeto de reforma da rede elétrica da unidade com os recursos da reserva técnica da Fapesp.

Com tudo isso, a FOP foi uma das 25 faculdades de odontologia do país selecionadas pelo Ministério da Saúde para integrar o Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde, o Pró-Saúde, com recursos de R$ 1,1 milhão provenientes de convênio entre o Ministério da Saúde e a Organização Panamericana de Saúde (Opas).

 

GUIA DE NAVEGAÇÃO

I – APRESENTAÇÃO (VERSÃO PDF)

I – ENSINO (VERSÃO PDF)

II – PESQUISA E DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO (VERSÃO PDF)

III – EXTENSÃO (VERSÃO PDF)

IV – O DESEMPENHO DAS UNIDADES (VERSÃO PDF)

V – DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL (VERSÃO PDF)

VI – INFRA-ESTRUTURA (VERSÃO PDF)

 

 

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