V
– DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL
O quadriênio foi marcado,
entre outros fatos importantes, pela intensificação
da cooperação internacional, com grande ênfase
no intercâmbio de docentes e alunos de graduação
e de pós-graduação, pela consolidação
do programa de planejamento estratégico, que definiu
e aprovou no Conselho Universitário um leque de 16
programas de ação, já em desenvolvimento.
Foram firmados 176 acordos bilaterais com 30 países,
dos quais 54 visando o intercâmbio de alunos com 20
países, e foram recebidas, no período, 147
delegações ou representantes de instituições
de 30 países.
Intensificação
da Cooperação Internacional
De abril de 2005 a dezembro de 2008 a Unicamp administrou,
por meio de sua Coordenadoria de Relações
Institucionais e Internacionais (Cori), 259 acordos bilaterais
de cooperação com instituições
de diferentes países, dos quais 176 firmados no período.
A maior parte desses acordos buscou intensificar a mobilidade
e a troca de experiência acadêmica de docentes
e estudantes.
Crescimento do Intercâmbio
de Alunos
No campo do intercâmbio de alunos de graduação,
ressaltam-se os programas com Espanha e Portugal, que são
suportados financeiramente pelo Banco Santander, que também
financiou o intercâmbio de 40 alunos de pós-graduação
da Unicamp; os programas com Estados Unidos e França,
financiados pela Capes (Capes-Fipse e Capes-Brafitec, respectivamente)
e também pelo governo francês com bolsas Eiffel;
os programas com Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai, no
contexto da AUGM (Associação das Universidades
do Grupo Montevidéu) e com suporte financeiro da
Unicamp. Ao todo, a Unicamp enviou por intercâmbio
593 estudantes para 22 países, recebendo 569 estudantes
de 51 países.
Ao mesmo tempo, foram formalizados
54 novos acordos para intercâmbio internacional de
estudantes com instituições de 20 países
– da Europa, Ásia, África, Oceania,
América do Norte e América do Sul.
Consolidação
do Programa de Cátedras
No plano do intercâmbio docente, destaca-se a consolidação
do Programa de Cátedras com universidades da Argentina,
Espanha e Portugal. O programa, iniciado em 2003 e apoiado
pelo banco Santander, prevê o intercâmbio de
docentes por períodos de quatro meses, direcionado
para estudos de interesse recíproco.
A Unicamp mantém,
hoje, cátedras bilaterais com a Universidade de Buenos
Aires (Cátedra Unicamp/UBA), com o Instituto Superior
de Ciências do Trabalho e da Empresa, de Lisboa (Cátedra
Unicamp/Portugal) e com cinco universidades espanholas –
Politécnica de Catalunya, Complutense de Madri, Universidad
de Valladolid, Universidad de Salamanca e Politécnica
de Madrid – no contexto da Cátedra de Estudos
Iberoamericanos.
O programa tem sido uma excelente
oportunidade não só para o intercâmbio
acadêmico como também para a troca de experiências
e para o fomento de atividades de pesquisa conjunta. O objetivo
é alcançar todas as áreas do conhecimento.
Missões no
Exterior e Eventos Realizados
Para incrementar e expandir as relações internacionais
da Unicamp, a Cori participou, no período, de 17
missões ao exterior, envolvendo os seguintes países:
em 2005, Austrália e Nova Zelândia, Alemanha
e França, Argentina, Espanha e Portugal, Chile e
Uruguai; em 2006, Colômbia, Cuba, Japão e Uruguai;
em 2007, Canadá, Argentina, Uruguai e Inglaterra;
e em 2008, uma missão aos Estados Unidos e duas ao
Japão.
Ao mesmo tempo, no contexto
das várias dezenas de outros eventos internacionais
realizados pela Unicamp no período, somente a Coordenadoria
de Relações Institucionais e Internacionais
realizou um total de 30. Esses eventos não incluem,
naturalmente, a série de encontros denominados Fóruns
Permanentes, realizados conjuntamente pela Coordenadoria
Geral da Universidade (CGU) e pela Coordenadoria de Relações
Institucionais e Internacionais. No quadriênio foram
realizados 171 fóruns, com a participação
de 31.648 pessoas (veja tópico a respeito neste Capítulo).
Uma das tarefas da Cori é
a de apoiar pesquisadores e alunos que vão ao exterior
ou que chegam ao país. Assim, deu-se tramitação
a 514 vistos no período. Em 2006, criou-se para isso
um posto específico, o Posto Cori, com sede na Biblioteca
Central da Unicamp, para atender e orientar os estudantes
sobre questões relacionadas aos programas de intercâmbio.
No quadriênio, a Unicamp foi visitada por 147 delegações
ou representantes de instituições de 30 países.
Consolidação
do Planejanento Estratégico
Conduzido pela Coordenadoria Geral da Universidade (CGU),
o programa de Planejamento Estratégico (Planes) da
Unicamp tem como objetivos básicos, além de
planejar o futuro da instituição, garantir
sua continuidade administrativa independentemente das alternâncias
de comando; estabelecer perspectivas de curto, médio
e longo prazo; e fixar um processo de melhoria contínua
de desempenho através da revisão periódica
do projeto e de processos de avaliação institucional.
No cronograma do Planes no
quadriênio, 2005 foi um ano de organização
e implantação, com definição
dos órgãos responsáveis pela implantação
das linhas estratégicas e do grupo de assessores,
elaboração dos projetos locais nas unidades/órgãos,
preparação das especificações
dos projetos e sua apreciação pela Comissão
de Planejamento Estratégico e Institucional (Copei).
Em 2006, fez-se o acompanhamento
dos projetos, o treinamento dos representantes do Planes
nas unidades/órgãos e a sistematização
dos projetos encaminhados à Coordenadoria Geral da
Universidade. Suas linhas estratégicas compreenderam,
numa primeira etapa, 721 iniciativas das quais 283 (ou 39,25%)
são orientadas para questões de administração,
gestão e qualidade de vida.
Em 2007, fez-se a revisão
do Planes para o período 2007-2010 com a realização
de oficinas de planejamento e a formação das
comissões de colaboradores, a discussão e
a consolidação das propostas para apresentação
do plano à Copei. Nesse mesmo ano, suas metas foram
vinculadas ao processo de avaliação institucional.
As atividades de 2008 incluíram
o acompanhamento de todos os projetos estratégicos
e a realização de oficinas de planejamento.
Apenas seis anos após sua implantação,
o programa de Planejamento Estratégico da Unicamp
já se consolidou como referência. Em 2006 o
modelo foi “exportado” para três instituições,
duas no Brasil (Universidade Federal do Paraná e
Prefeitura do município de Gavião Peixoto,
na região de Araraquara) e uma no exterior (Universidade
de Guayaquil, no Equador). E em 2008, foi apresentado a
comitivas da Canadá e da Turquia e em Santo Domingo,
na República Dominicana, além de apresentações
na Unesp de Bauru e Marília, na Universidade Federal
do Rio de Janeiro e na Universidade do Oeste de Santa Catarina.
Com isso, a Unicamp não apenas tem demonstrado ter
um método eficiente para gerir seus processos internos
como também reafirma sua vocação como
formuladora de políticas públicas.
Ao todo, mais de uma centena
de pessoas estiveram diretamente envolvidas nas etapas de
planejamento, representando as áreas administrativas,
as unidades de ensino e pesquisa e as unidades de apoio
e serviços. Em sua etapa de revisão para o
período 2007-2010, 67 colaboradores entre docentes
e funcionários foram convidados a discutir as diversas
áreas estratégicas de graduação,
pós-graduação, pesquisa, extensão,
administração e qualidade de vida, e a dar
sugestões de melhorias.
Ao longo do quadriênio,
o Planes foi continuamente debatido nas reuniões
mensais da Comissão de Planejamento Estratégico
Institucional (Copei), onde são estabelecidas suas
prioridades, alocações de recursos e acompanhamento
de projetos. Entre os principais resultados da execução
do Planes no período 2005-2008, mencione-se a melhoria
da infraestrutura de salas de aula em diversas unidades
acadêmicas, a implantação do Sistema
de Gestão Ambiental da Unicamp, a criação
do Espaço da Escrita, a reativação
do Programa do Artista-Residente e a criação
do programa de auxílio à pesquisa para docente
em início de carreira
Avaliação
Institucional
Gestado inicialmente na Comissão de Planejamento
Estratégico Institucional (Copei), no contexto da
proposta de elaboração do Planes, o projeto
de avaliação institucional da Unicamp guarda
estreita vinculação com o planejamento da
Universidade e seus desdobramentos ao longo do tempo. Desse
modo, a avaliação institucional da Unicamp
deixou de ter caráter meramente formal de cumprimento
de regulações externas e passou a desempenhar,
nos últimos anos, papel preponderante na definição
do futuro da Unicamp.
Aprovado em 2004, o novo
processo de avaliação encetou uma revisão
completa da experiência anterior – realizada
a partir de 1993 – e compreendeu as seguintes fases:
avaliação interna realizada pelas unidades
de ensino e pesquisa (etapa em que foram utilizados os indicadores
disponíveis no Sistema de Informação
de Pesquisa e Extensão – o Sipex – relativo
ao período 1999-2003); avaliação externa
e revisão do relatório pelas unidades; apreciação
dos resultados pela Copei e apreciação final
pelo Conselho Universitário. O processo como um todo
concluiu-se em 2006.
A avaliação
externa, feita com especialistas convidados, também
resultou em um relatório e foi realizada com base
nos dados fornecidos pelas unidades e no relatório
da avaliação interna. Além de examinar
os relatórios da avaliação interna,
os integrantes da comissão externa também
visitaram as unidades a fim de colher as informações
necessárias à elaboração do
seu parecer, que foi entregue à Coordenadoria Geral
da Universidade (CGU), organizadora do processo.
Coube a esta gestão
todo o processo de consolidação dos relatórios
de avaliação interna (autoavaliação)
e avaliação externa das unidades acadêmicas
da Unicamp. É importante ressaltar que neste processo
a CGU e os membros da Copei foram envolvidos não
somente para as análises e sugestões que levaram
à elaboração do documento final como
também para a composição das comissões
que analisaram e consolidaram os relatórios das unidades
para cada uma das áreas que integram: Artes, Biológicas
e Biomédicas, Exatas, Humanas e Tecnológicas,
em grandes temas como graduação, pós-graduação,
pesquisa, extensão e gestão universitária.
Em 2008 a Copei e o Conselho
Universitário aprovaram o documento com o plano geral
de trabalho para a avaliação institucional
referente ao período 2004-2008. Para essa avaliação
a CGU está revisando os questionários ou formulários
utilizados para a avaliação interna e externa
das cinco grandes áreas e dos Colégios. As
propostas de melhoria deverão ser submetidas oportunamente
à Copei. De forma geral, os formulários permitirão
que as avaliações interna e externa sejam
mais objetivas, estimulando reflexões e análises
sobre questões importantes para o acompanhamento
da execução dos objetivos da Universidade
contidos em seu planejamento estratégico. Paralelamente,
a equipe CGU está trabalhando intensamente na preparação
dos dados ou indicadores que sustentarão essas análises.
Política de
Recursos Humanos
Na esfera da Diretoria Geral de Recursos Humanos (DGRH)
foram implementadas várias ações que
visaram à reorganização da área
e uma maior funcionalidade de seus serviços. Destacam-se
os programas desenvolvidos nas áreas de segurança
e medicina do trabalho, os programas educativos relacionados
com o sistema de creches, de administração
de pessoal, planejamento e desenvolvimento de suas atividades
e de introdução dos recursos da tecnologia
da informação.
No contexto da modernização
de suas atividades, a DGRH traçou linhas de ação
segundo seus objetivos no período: reestruturar os
processos de gestão através do forte treinamento
da sua gerência de linha em aplicação
de métodos padrão de gestão; desenvolver
as relações entre DGRH e as unidades/órgãos,
bem como estreitar os canais de comunicação
com os RH’s descentralizados e seus gerentes locais,
visando futura gestão por processos; intensificar
as parcerias com órgãos governamentais objetivando
regularizações legais, sobretudo com o INSS
e com instâncias do governo do Estado; buscar troca
de experiências com empresas da região bem
como com instituições-irmãs como USP
e PUC-Campinas.
Entre os resultados obtidos,
ressaltam-se a implantação de 26 projetos
de melhoria de suas atividades, a participação
de 20% de seu contingente de funcionários em equipes
multifuncionais de desenvolvimento de projetos estratégicos
para a universidade, e o treinamento de 100% de seus gerentes
de linha em práticas de gestão, melhoria e
controle de processos e o mapeamento de todos os processos
em andamento.
Outras medidas importantes
foram a implantação do novo processo de avaliação
de desempenho dos funcionários em 2006, a implantação
do banco de competências, a intensificação
do acompanhamento psicoprofissional e de readaptação
de funcionários e a consolidação do
projeto de automatização do quadro de vagas,
que vem propiciar a descentralização do gerenciamento
do quadro de funcionários às unidades, dar
ampla visibilidade às informações relativas
à quantidade de vagas, ao planejamento de reposição,
aos recursos disponíveis ou contingenciados e ao
histórico de ocupação de vagas.
Ao mesmo tempo, fez-se a
revisão do processo de ingresso de funcionários
na Universidade com aplicação da tecnologia
da informação e a consequente agilização
no planejamento de preenchimento de vagas, recrutamento
e seleção de candidatos, admissão,
integração e acompanhamento; implantou-se
um Projeto de Qualidade de Vida no Trabalho e realizou-se
no Colégio Técnico de Campinas (Cotuca) um
programa piloto de prevenção de riscos ambientais
(PPRA).
Valorização
da Carreira de Funcionários
Após longos anos em que esse processo deixou de ser
realizado, elaborou-se proposta de metodologia para a implantação
de um novo modelo de avaliação de desempenho
dos funcionários da Unicamp. Em 2005, grupo de trabalho
coordenado pela CGU elaborou uma proposta que, depois de
discutida com os diretores de unidades, comissões
setoriais de avaliação (CSA’s) e funcionários,
resultou num documento que foi encaminhado à Câmara
de Administração e aprovado em 2006.
A implantação
do novo modelo, iniciada em meados de 2006, consistiu de
momentos distintos. No primeiro, fez-se a análise
dos títulos conquistados pelos funcionários
nos diversos níveis de formação acadêmica,
com a disponibilização de recursos financeiros
para o reconhecimento desses méritos. Foram apresentados
455 títulos, dos quais 178 foram homologados pela
Câmara de Recursos Humanos.
A etapa seguinte correspondeu
ao processo de avaliação de desempenho de
competências propriamente dito, na qual se estabeleceu
a classificação dos funcionários por
segmento em cada comissão setorial. Concluído
esse processo, foi criado novo grupo de trabalho para avaliação
dos resultados obtidos segundo a metodologia definida em
2006. Esse GT avaliou os resultados do processo e propôs
melhorias. Uma das metas do novo modelo é que o processo
de avaliação sirva não apenas como
instrumento de promoção de funcionários,
mas também como ferramenta de gestão.
Esta etapa envolveu todo
o conjunto de carreiras de apoio e avaliou 6.539 funcionários,
dos quais 4.235 (65% do total) foram contemplados com uma
referência no quadro de carreira.
Formação
Profissional e Qualificação de Pessoal
Tendo como instrumento balizador o planejamento estratégico
(Planes) e as diretrizes para o aprimoramento dos recursos
humanos, buscou-se desenvolver uma política de capacitação
e qualificação do corpo de servidores vinculada
ao plano geral de desenvolvimento da Unicamp. Isto se deu
em praticamente todos os âmbitos da Pró-Reitoria
de Desenvolvimento Universitário (PRDU), mas sobretudo
através dos programas desenvolvidos pela Agência
de Formação Profissional da Unicamp (AFPU).
Nesse contexto, implementaram-se
vários programas de treinamentos institucionais visando
atender objetivos estratégicos da instituição,
a partir, em grande parte, de demandas apresentadas pelas
unidades. No geral, de janeiro de 2006 a setembro de 2008,
participaram dos cursos realizados e/ou apoiados pela AFPU
8.021 funcionários, além de 4.880 outros que
participaram da vasta programação de eventos
da agência, totalizando 12.901 participações
ao longo do período. A média de carga horária
nos cursos foi de 25,3 horas por aluno.
Um dos programas-chave oferecidos
pela AFPU, o de Desenvolvimento Gerencial, envolveu a participação
de 210 gerentes da Universidade e apresentou no final de
2008 os seguintes resultados; 194 concluintes (92% do total
de inscritos) e 90 projetos de melhoria de processos na
forma de trabalhos de conclusão de curso, dos quais
20 foram implantados, nove se transformaram em projetos
do Programa de Gestão por Processos (Gepro) e 35
tinham boas chances de implantação nos seis
meses seguintes. A segunda fase do programa, iniciada em
agosto de 2008, compreendeu a formação de
duas turmas de especialização, com 66 alunos,
e de três turmas para supervisores, com 99 alunos.
Concebido e desenvolvido
pelo Grupo Qualifica, criado no contexto do Planejamento
Estratégico da Pró-Reitoria de Desenvolvimento
Universitário (PRDU), o Programa de Desenvolvimento
Gerencial tem como objetivo facilitar o entendimento do
papel e responsabilidade do suporte de cada unidade, enquanto
função estratégico-operacional que
articula e viabiliza as atividades, agindo com ferramentas
adequadas na gestão dos recursos e dos processos
internos. Para viabilizar o desenvolvimento deste programa,
foi construída uma sala especial, com área
de 64,32 m² e capacidade para 36 pessoas, com toda
a infraestrutura necessária, incluindo isolamento
acústico, climatização, multimídia,
28 pontos de rede fixos e 38 pontos wireless.
Em parceria com o Grupo Gepro,
também criado no contexto do Planejamento Estratégico
da PRDU, foram treinados 77 alunos em Gestão por
Processos – Teoria e Desenvolvimento de Projeto, dentro
de uma nova metodologia que inclui a escolha dos participantes
pelos projetos apresentados através de uma oficina,
com critérios preestabelecidos, o treinamento propriamente
dito e um acompanhamento estruturado das equipes para garantir
a implantação destes projetos.
Dentro do Programa de Tecnologia
de Informação e Comunicação,
membros do Centro de Computação e de alguns
núcleos de Informática da Universidade conceberam
e implementaram o treinamento para desenvolvedores de software
na plataforma Web/Java para 55 analistas de sistemas com
carga horária de 215 horas e para 37 analistas de
suporte, com carga horária de 100 horas. Ainda na
área de informática, foi realizado em parceria
com o CCUEC um menu que compreende 24 tipos de cursos técnicos
como microinformática, EAD, redes de computadores,
Internet, desenvolvimento Web, com participação
de 1.551 funcionários. Os cursos de inglês,
promovido pela AFPU em parceria com o Centro de Ensino de
Línguas (CEL), atenderam 3.649 alunos desde 2000,
com 2.488 concluintes, desde o nível “Introdução
à Língua Inglesa” até o nível
8, com carga horária de 45 horas cada nível.
Na área educacional,
através da parceria com a Prefeitura Municipal de
Campinas por meio da Fundação Municipal para
Educação Comunitária (Fumec), que atende
desde a alfabetização até a 4ª
série do ensino fundamental, participaram 149 servidores.
Por meio do convênio com a Secretaria Estadual da
Educação do Estado de São Paulo, 133
concluíram o curso supletivo de nível fundamental
e 179 outros concluíram o de nível médio
no Centro de Ensino Fundamental e Médio Paulo Decourt,
que funciona no prédio do Ciclo Básico.
Além destes programas,
a AFPU realizou vários cursos técnicos de
atualização e adequação à
legislação, bem como apoiou eventos internos
e externos em diversas áreas, como bibliotecas, acervos,
bioterismo, enfermagem, educação, nutrição,
segurança, resíduos, manutenção,
secretariado, recursos humanos, processos e outros. A ressaltar,
em 2008, o apoio da AFPU na organização do
II Simpósio de Profissionais da Unicamp (Simtec),
que atraiu 1.300 inscrições. Destacam-se também
dois eventos internacionais na área de melhoria de
processos com os palestrantes Cliff Norman e Lloyd Provost,
destinados aos gerentes da Universidade. Por fim, a AFPU
patrocinou a apresentação de trabalhos de
350 funcionários em reuniões científicas,
por meio do financiamento de inscrição, despesas
de viagens e/ou diárias.
Medidas de Aprimoramento
Administrativo
Ainda no âmbito da PRDU e mais especificamente da
DGA, várias medidas de modernização
administrativa foram implementadas, entre as quais cabe
mencionar as seguintes: a normatização para
aquisição e uso de produtos controlados, o
que incluiu a regularização das licenças
e alvarás existentes em nome da Universidade e a
adequação do espaço físico do
Almoxarifado Central; a centralização da gestão
dos seguros a partir de um amplo estudo das modalidades
de seguro existentes na Universidade, envolvendo aspectos
como riscos, valores pagos e ocorrências de sinistros
e indenizações, como forma de, entre outras
vantagens, ter-se um maior controle sobre a vigência
das apólices; a reestrutruração do
serviço interno de transportes, com readequação
da frota, criação do fundo de sinistros e
a implantação de melhorias; a adequação
do cadastro de materiais e a centralização
dos bens disponíveis na administração
central e nas unidades, com seu recolhimento e destinação
adequada, permitindo seu reaproveitamento ou sua doação
para instituições públicas; adequações
no sistema de compras; a modernização dos
sistemas administrativos corporativos mediante a incorporação
de softwares adequados, aí incluídos a implantação
do sistema eletrônico e mensageria com a Prodesp (Companhia
de Processamento de Dados do Estado de São Paulo)
e o desenvolvimento e implantação do sistema
de gerenciamento diário de dados junto ao Siafem-SP
(Sistema Integrado de Administração Financeira),
dando total transparência pública à
movimentação financeira da Unicamp. Destaque
para a implantação e rápida evolução
da Central de Pregões, descrita no tópico
a seguir.
Implantação
da Central de Pregões
Uma das primeiras instituições do Estado a
realizar pregões para a compra de bens e serviços,
a Unicamp – que vem realizando pregões desde
2003 – criou em janeiro de 2007 uma Central de Pregões,
subordinada à Área de Suprimentos da Diretoria
Geral de Administração (DGA) e à Pró-Reitoria
de Desenvolvimento Universitário (PRDU).
O pregão é
uma modalidade de licitação em que a disputa
pelo fornecimento se dá através de sessão
pública, presencial ou eletrônica, por meio
de propostas e lances, para a classificação
e habilitação do licitante que ofertou o menor
preço. Funciona como um “leilão reverso”.
No Estado de São Paulo, o pregão presencial
foi regulamentado em 2002. O pregão eletrônico,
em 2005.
A média mensal de
pregões aumentou 183% desde 2006, na Unicamp, o que
corresponde à queda progressiva das modalidades convencionais
de licitação. No final de 2008, o número
de pregões realizados correspondia a 85% do total
de licitações realizadas pela Universidade,
com tendência de crescimento. A título de exemplo,
somente de janeiro a setembro de 2008 a Universidade economizou
R$ 15,5 milhões (uma economia de 14,94%) nas licitações
graças à modalidade pregão.
Outra medida que contribuiu
para essa melhoria foi a criação em 2005 de
uma instância de compras – a Unibec –
que fez migrar para compra eletrônica todas as compras
públicas com valor inferior a R$ 8 mil (teto para
dispensa de licitação), conforme determinação
do Estado. Isto fez com que os pregões eletrônicos
evoluíssem de 34% para 42% no contexto dos pregões
realizados entre o início de 2007 e setembro de 2008.
Desenvolvimento Administrativo:
a Audint
Atendendo ao Plano Anual de Auditoria, aprovado pela Câmara
de Administração, a Audint (Auditoria para
o Desenvolvimento Administrativo) produziu 91 relatórios
entre abril de 2005 e dezembro de 2008. Esses relatórios
resultaram da avaliação de 35 administrações,
entre unidades e órgãos, tanto de ensino e
pesquisa quanto da administração central,
fruto do exame dos diferentes temas sob domínio da
PRDU, em especial os ligados à DGA, à DGRH
e à Prefeitura.
Estas avaliações
deram conta de que a administração de nossas
unidades e órgãos vem experimentando melhorias
continuadas, embora haja margem para que continuem melhorando.
Além dos trabalhos típicos de auditoria, neste
período a Audint prestou consultoria em controles
internos e assessoria à direção das
Unidades em assuntos relacionados a gestão administrativa.
Adicionalmente a Auditoria realizou instrução
a convite da AFPU e atendeu a convites para participação
em grupos de trabalho de interesse institucional.
Política Cultural
A partir da definição de uma política
cultural para a Unicamp e da criação de uma
assessoria especial ligada à Reitoria para essa finalidade,
fez-se um planejamento inicial com base nas diretrizes do
Planejamento Estratégico (Planes) da Universidade
e no programa de gestão para 2005-2009. O conjunto
das atividades desenvolvidas no quadriênio envolvem
a retomada do Programa do Artista-Residente, o estabelecimento
e desenvolvimento de uma agenda cultural mínima obrigatória
para a Universidade, a criação do Museu Exploratório
de Ciências, as atividades comemorativas dos 40 anos
da Unicamp e a realização da 60ª Reunião
anual da SBPC no campus de Campinas.
1. RETOMADA DO PROGRAMA
DO ARTISTA-RESIDENTE
Reativou-se um programa cultural interrompido em meados
da década de 90, o do Artista-Residente, que trouxera
à Universidade, para um diálogo sobre métodos
de produção e convívio com a comunidade
acadêmica, uma série de escritores de primeira
linha. Na nova edição, o programa ampliou
seu leque de interesses estendendo-se aos campos da dança,
do teatro, da música e da arquitetura. Para o primeiro
semestre de 2009 está prevista a vinda de uma artista
da área de teledramaturgia. Como forma de gerir o
programa, a comissão encarregada de sua execução
propôs uma regulamentação para o programa
que inclui um princípio de planejamento importante:
o calendário das vagas para os editais, segundo as
áreas de interesse, deve ser estabelecido com dois
anos se antecedência.
2. FIXAÇÃO
DE UMA AGENDA CULTURAL MÍNIMA OBRIGATÓRIA
Como resultado da discussão sobre o planejamento
cultural da Universidade, chegou-se à proposta de
se apresentar à Câmara de Administração
(CAD) uma macroagenda cultural de validade bienal. Deste
modo seriam estabelecidas as ações obrigatórias
para a Universidade nessa área. A agenda foi aprovada
pela primeira vez no final de 2006, como uma das atividades
do 40 anos da Unicamp, e novamente aprovada pela CAD no
final de 2008. A Macroagenda Cultural da Unicamp apresenta-se,
assim, como um instrumento de ação cultural
que torna amplamente visível um conjunto fundamental
de atividades e programas culturais da Unicamp e ao mesmo
tempo serve de orientação para a destinação
de recursos para esse tipo de atividade. Deste modo, a Universidade
passa a contar com um instrumento permanente de política
cultural.
3. UNICAMP 40 ANOS
Em 2006, para comemorar os 40 anos de fundação
da Universidade, foi realizado um conjunto de 40 atividades
que se estenderam ao longo de todo o ano. Entre as principais
atividades desenvolvidas, destinadas tanto ao público
interno quanto ao externo, destacam-se a inauguração
da Biblioteca Cesar Lattes, o relançamento do Programa
do Artista-Residente, o seminário comemorativo dos
20 anos do Vestibular Unicamp, a homenagem à Unicamp
realizada na Assembléia Legislativa do Estado, a
exposição “História da Unicamp”,
concertos, mostras de cinema, exposições de
arte, atividades esportivas, shows musicais, um concurso
de contos para países de língua portuguesa
e a cerimônia de comemoração do quadragésimo
aniversário, ápice do programa. Acrescente-se
a essa programação especial os eventos tradicionais
do ano cultural da Universidade, como a Calourada, o “Unicamp
de Portas Abertas” e a programação do
Museu Exploratório de Ciências.
4. MUSEU EXPLORATÓRIO
DE CIÊNCIAS
Instituído em maio de 2005, o Museu Exploratório
de Ciências tem como proposta ser um espaço
cultural interativo, de livre aprendizado e de lazer, disseminando
a cultura científica através da valorização
da convivência e da inclusão social. Em julho
de 2007 o Museu ganhou sede administrativa própria,
tendo-se contratado a reforma do espaço onde funcionou
o Observatório a Olho Nu para abrigar suas exposições.
A institucionalização do Museu se completou
em 2008 com a aprovação do regimento interno
e a instalação de seu Conselho Superior, representante
da comunidade acadêmica da Unicamp, e da diretoria
executiva.
O Museu possui dois programas
permanentes em funcionamento, “NanoAventura”
(desde 2005) e “Oficina Desafio” (desde 2006),
que já atenderam mais de 64 mil pessoas em eventos
no campus e em outras cidades. Diversos novos programas
estão em fase de implementação, com
recursos financeiros já captados e inauguração
prevista até o fim de 2009. O primeiro deles será
uma exposição permanente ao ar livre, denominada
“Praça Tempo-Espaço”, projeto
que recupera e expande o conceito inicial do observatório,
agregando outras experiências ao Museu. Também
em fase de implementação está a “1ª
Olimpíada de História do Brasil”, que
deve atender jovens de todo o país, e o programa
“Meteorologista Cidadão”, que conta com
itens expositivos aliados a programa a ser desenvolvido
em escolas.
O calendário anual
do Museu incluiu no período seu envolvimento com
grandes eventos como a 16ª SBPC Jovem (segmento do
evento anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da
Ciência, cuja 60ª edição foi realizada
no campus central da Unicamp), o projeto Férias no
Museu, direcionado para os filhos dos alunos, funcionários
e docentes da Unicamp, além de oficinas para professores.
Outros eventos foram o “Grande Desafio”, um
concurso entre alunos do ensino médio e fundamental,
Unicamp de Portas Abertas” (UPA), Semana Nacional
de Museus, Semana Nacional de Ciência e Tecnologia,
seminários sobre diversos temas ligados à
divulgação científica, oficinas de
formação de monitores com alunos de diferentes
cursos da Unicamp, realização periódica
de seminários e fóruns de discussão.
O Museu é associado
à Rede de Popularização da Ciência
e da Tecnologia na América Latina e no Caribe, à
Associação Brasileira de Centros e Museus
de Ciência, e está inserido no Sistema Brasileiro
de Museus.
5. REALIZAÇÃO
DA 60ª. REUNIÃO ANUAL DA SBPC
A ressaltar também a organização da
60ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para
o Progresso da Ciência (SBPC), em julho de 2008, sediada
pela Unicamp para comemorar os 60 anos de fundação
da entidade. Sob o tema geral de “Energia, Ambiente
e Tecnologia”, a reunião desenvolveu-se com
vasta programação cultural e científica,
uma exposição tecnológica, uma feira
do livro e a chamada “SBPC Jovem”. As discussões
giraram em torno de questões organizadas sobre núcleos
temáticos como, entre outros, “Os 60 anos da
SBPC”, “Conhecimento, desenvolvimento e inovação
tecnológica”, “Aquecimento global e ambiente”,
“Experimentação com animais de laboratório”,
“Pesquisa científica e legislação
brasileira”, “Cidade como espaço social”,
“Educação para a ciência no ensino
básico”, “Multidiversidade cultural”.
Para poder receber todas as atividades desta reunião,
a Unicamp mobilizou grande infraestrutura estabelecida para
atender a todos os aspectos necessários para o seu
bom desenvolvimento.
Gestão de
Eventos Institucionais
A realização de eventos de grande porte sob
coordenação direta da Reitoria revelou a necessidade
da constituição de uma estrutura permanente
que consolidasse experiências como as atividades de
comemoração do Ano 40 da Unicamp, quando dezenas
de eventos foram preparados e executados simultaneamente
por um grupo responsável por seu planejamento e coordenação.
Desse modo foi criado, em
maio de 2007, o Grupo Gestor de Eventos Institucionais (GGEI)
com o objetivo de realizar os eventos instituídos
pela administração central da Unicamp, acompanhando
a realização da Macroagenda Cultural da Universidade
organizada pela própria Reitoria.
Nas edições
do projeto Unicamp de Portas Abertas (UPA), por exemplo,
evento anual realizado pela Coordenadoria Geral da Universidade,
o GGEI encarregou-se do planejamento da infraestrutura,
da comunicação e da execução
física do evento, que envolve a visitação
cerca de 900 escolas de ensino médio e fundamental
e que, no quadriênio, trouxe à Unicamp aproximadamente
210 mil estudantes procedentes dos estados de São
Paulo, Minas Gerais, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Espírito
Santo, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso, Goiás,
Ceará, Pará, Pernambuco, Piauí e Tocantins.
Em 2008, o GGEI foi peça fundamental na realização
da 60ª Reunião Anual da SBPC no campus da Unicamp
em Campinas, responsabilizando-se pelo design de infraestrutura
das instalações gerais (10.000m² de montagem),
pelo projeto expositivo, coordenação e administração
da ExpoC&T – Exposição de Ciência
e Tecnologia, com 6.000m² de montagem, assim como pela
organização e treinamento das equipes de monitoria.
Na preparação
da C&Tec 2009 – 2ª Mostra de Ciência
e Tecnologia para o Desenvolvimento, evento da Fundação
Fórum Campinas que integra as 11 instituições
de pesquisa de Campinas, programado para o final de abril
deste ano, a colaboração da GGEI consiste
na elaboração do projeto da exposição,
em parceria com o LIS – Laboratório de Imagem
e Som – DAP/IA, projeto esse ocupará as dependências
do Ginásio Multidisciplinar da Unicamp com apresentação
de uma centena de produtos científicos e de uma Exposição
de Produtos e Serviços em pavilhões montados
no estacionamento do GMU.
Programas de Saúde
para a Comunidade da Unicamp
A Coordenadoria de Serviços Sociais (CSS-Cecom),
órgão ligado à Pró-Reitoria
de Desenvolvimento Universitário (PRDU), ampliou
o volume de atendimento em praticamente todos os seus programas
de saúde à comunidade interna. O atendimento
aos dependentes dos servidores também foi ampliado.
Ao mesmo tempo, implantou-se em 2005 um sistema de avaliação
de risco com o objetivo de identificar e atender os pacientes
que procuram o pronto-atendimento de acordo com o seu potencial
de risco, agravo à saúde ou grau de sofrimento,
e não mais por ordem de chegada.
Além das atividades
ambulatoriais, destacam-se aqui algumas das atividades de
promoção e prevenção de saúde
realizadas pelo Cecom.
1. FEIRAS DE SAÚDE
– Têm como objetivo realizar exames
preventivos básicos como verificação
de pressão arterial, glicemia, acuidade visual, índice
de massa corporal, escovação supervisionada,
diagnóstico de lesões da mucosa bucal e orientações
sobre higiene bucal, além de esclarecimentos sobre
questões de saúde. De 2005 a 2008 foram atendidas
cerca de oito mil pessoas, das quais 500 foram encaminhadas
ao Cecom para avaliação/confirmação
de hipótese diagnóstica. Nas unidades, foram
feitos 5.188 atendimentos,
2. PROGRAMAS DE VACINAÇÃO
– A campanha de vacinação contra
a gripe, de caráter permanente, alcançou 9.050
pessoas da comunidade universitária no período,
além de 668 idosos de sua campanha de vacinação
específica. Foram também deflagradas campanhas
de vacinação contra a caxumba (9.950 doces)
e rubéola (6.500 doses). Além dessas, há
um programa de prevenção do risco biológico
durante o período de formação dos médicos
residentes e alunos da área da Saúde, com
realização de palestras e vacinação.
3. PROGRAMAS DE SAÚDE
BUCAL – Programa desenvolvido pelo serviço
de odontologia do Cecom visando os patrulheiros da Unicamp,
tem caráter permanente e já atendeu 530 jovens.
Outro programa na área é a “Semana dos
Bons Dentes”, voltado para o público infantil
do sistema educativo da Unicamp, que abrange em torno de
1.500 crianças na faixa etária entre zero
e 12 anos.
4. PREVENÇÃO
À DISFUNÇÃO TÊMPORO-MANDIBULAR
– Programa permanente que tem como objetivo
proporcionar melhor qualidade de vida e maior rentabilidade
no trabalho e no estudo dos funcionários, professores
e alunos através da recuperação das
funções motoras e das funções
motoras adaptativas do aparelho estomatognático.
Já foram atendidas 982 pacientes. Os casos considerados
graves são encaminhados ao Cecom para tratamento
ambulatorial. Há também um programa de escovação
supervisionada (1.781 atendimentos no período) e
atividades educativas de ingresso ao atendimento odontológico
(12.587 palestras), além de atividades de extensão
em bairros de Campinas (4.740 atendimentos).
5. PROGRAMA “MEXA-SE
UNICAMP” – Programa permanente que
tem como objetivo promover a convivência e o estímulo
à prática de atividade física como
forma de preservação da saúde. No quadrênio
houve 33.216 inscrições para as diversas atividades
oferecidas, como dança, alongamento, caminhada e
ginástica localizada.
6. GINÁSTICA LABORAL – Programa
permanente constituído por uma sequência de
exercícios específicos aplicados a cada atividade
laboral, realizado nos locais de trabalho ou não,
objetivando minimizar as ocorrência de doenças
osteomioarticulares, bem como a promoção da
sua integração e do seu bem-estar. É
desenvolvido no próprio local de trabalho do servidor.
Houve um total de 53.670 atendimentos no período.
7. CURSOS DE PRIMEIROS SOCORROS – Com carga de 12
horas, esses cursos têm o objetivo de capacitar, nas
unidades da Unicamp, pessoas (docentes, alunos e funcionários)
para atendimento básico de primeiros socorros. Foram
ministrados 14 cursos nas unidades e sete cursos específicos
para o corpo de vigilantes.
8. GRUPOS EDUCATIVOS
– São grupos de caráter permanente
constituídos por equipe multiprofissional e multidisciplinar
com o objetivo de prevenir o surgimento e evitar o agravamento
de doenças crônicas, através de orientações
e acompanhamento dos seus participantes em situações
específicas como alcoolismo, diabetes, gestação,
hipertensão, menopausa, reeducação
alimentar e tabagismo.
9. OUTRAS AÇÕES
– Outros programas de caráter permanente
são realizados pelo Cecom, como Pesquisa de Nutrição,
em parceria com a Faculdade de Ciências Médicas,
e o Programa de Combate à Dengue do campus, que inclui
ações educativas, o monitoramento das armadilhas
espalhadas pelo campus para detectar larvas positivas ao
mosquito transmissor da dengue e diálogo constante
com os órgãos de saúde municipais.
Medicarium
Através da Medicarium, farmácia organizada
em 2004 para operar com preços especiais e formas
de pagamento diferenciadas, disponibiliza-se a professores,
funcionários, alunos e estagiários cerca de
1 mil medicamentos/mês.
Programa Viva Mais
Atuando na promoção de uma cultura preventiva
em relação ao uso de substâncias psicoativas
– lícitas ou ilícitas – dentro
dos campi da Unicamp, o grupo de trabalho Viva Mais cumpriu
sua função de definir estratégias nos
níveis de prevenção primária,
secundária e terciária. Compõem o grupo
os órgãos internos que prestam algum tipo
de atendimento a alunos, funcionários e docentes
(SAE, SAPPE, Grapeme, Cecom, DGRH, CCI, Aspa e o Pronto-Socorro
do Hospital das Clínicas), bem como representantes
do Caism, Hospital das Clínicas, Cotuca, Cotil, Ceset,
Planta Física de Limeira, FOP, Pró-Reitoria
de Graduação, Moradia Estudantil, DCE, STU
e APG. O grupo atua por meio de palestras, seminários
e workshops. Destaque para os eventos organizados nas datas
do Dia Mundial sem Tabaco, Dia Nacional de Combate ao Fumo,
Dia de Alerta sobre o Uso Excessivo de Álcool e na
programação anual de recepção
aos calouros.
Consolidação
dos Fóruns Permanentes
Ampliado consideravelmente no quadriênio 2005-2009,
o projeto dos Fóruns Permanentes é uma iniciativa
conjunta da Coordenadoria Geral da Universidade e da Coordenadoria
de Relações Institucionais e Internacionais,
que tem por objetivo colocar em debate temas de interesse
da comunidade acadêmica e da sociedade.
Organizados em parceria com
as unidades de ensino e pesquisa, centros e núcleos
interdisciplinares, órgãos da Universidade
e eventualmente com parceiros externos, a vasta programação
dos fóruns esteve nucleada em torno de dez grandes
temas: agronegócios, arte e cultura, empreendedorismo,
energia e ambiente, extensão universitária,
desafios do magistério, saúde, conhecimento,
tecnologia da informação, inovação
e fóruns extras.
No período foram realizados
171 fóruns, com a presença de um público
de 31.648 pessoas.
Política de
Benefícios Sociais
Estudos realizados por um grupo de trabalho resultaram,
em 2006, na organização de um novo modelo
de gestão de benefícios sociais e espontâneos
– o Grupo Gestor de Benefícios Sociais (GGBS),
órgão vinculado à Reitoria e com diretrizes
estabelecidas por um conselho de orientação
integrado por docentes e funcionários.
Além de reordenar
programas já existentes, o órgão interagiu
com áreas afins, implementou novos programas e ações
e passou a cumprir importante papel complementar dentro
de uma visão de melhoria da qualidade de vida e do
trabalho, tendo como alvo funcionários, docentes
e, em muitas situações, também seus
dependentes.
Assim, o GGBS geriu ao longo
do segundo biênio do período o já consagrado
programa ProSeres, apoiando o desenvolvimento acadêmico
de 417 servidores em instituições de ensino
superior de Campinas e região, para o que contou
com 29 parcerias que asseguraram aos servidores-estudantes
condições especiais de financiamento de seus
estudos. Firmou 11 parcerias com planos médicos e
odontológicos no contexto do PASS (Programa de Assistência
à Saúde do Servidor), beneficiando 2.100 famílias
de servidores, e outras seis parcerias com instituições
bancárias no contexto do Programa de Crédito
Consolidado, o que resultou em duas mil operações
por ano com taxas efetivamente menores que as de mercado.
Outros programas importantes:
o de Atendimento Social (1.978 funcionários atendidos),
o de Planejamento Orçamentário (87 palestras
proferidas), de Apoio ao Menor Trabalhador (289 atendimentos),
os programas “Farra das Férias” e “Férias
no Museu” (417 atendimentos), o de Integração
e Desenvolvimento da Cidadania (7 mil atendimentos) e o
programa “Arte na Praça” (público
estimado de duas mil pessoas). Além disso, o GGBS
realizou 96 palestras temáticas para um público
de 2.283 pessoas e promoveu ou apoiou 79 eventos diversos
para 3.890 funcionários.
Ressalte-se a realização
do II Simpósio dos Profissionais da Unicamp (Simtec),
evento realizado pelos funcionários por meio do GGBS
com apoio da AFPU. O simpósio, cuja primeira edição
se deu em 1997, obteve em 2008 notável sucesso, com
1.568 inscritos, 561 trabalhos inscritos, 25 minicursos,
16 palestras e um total de 4.900 participantes.
Ouvidoria
Em funcionamento desde outubro de 2004, a Ouvidoria da Unicamp
é um serviço de atendimento a docentes, alunos
e funcionários e à comunidade externa, com
atribuições de ouvir, encaminhar e acompanhar
críticas e sugestões. As manifestações
apresentadas pela comunidade interna e externa são
registradas em sistema informatizado e classificadas segundo
critérios que levam em consideração
o tema e o tipo das comunicações recebidas.
Em 2006, atendendo ao Decreto
nº 50.656, a Unicamp aderiu ao Sistema Informatizado
da Rede de Ouvidorias do Estado de São Paulo, passando
a enviar relatórios semestrais ao secretário
do Ensino Superior e ao governador do Estado. Ao mesmo tempo,
a Ouvidoria passou a estar representada na presidência
do Conselho da Associação Brasileira de Ouvidores/Ombudsman
(ABO/SP) e foi recentemente eleita para o conselho da ABO
nacional.
Entre outras importantes
atividades integradoras com outras ouvidorias do Estado
e do País, destaca-se a realização
na Unicamp, no período, do III Encontro Estadual
de Ouvidores do Estado de São Paulo e do I Workshop
“Curso de Ouvidores: Construção de uma
Proposta Inovadora”, primeiro passo na discussão
e formatação de um curso de capacitação
e aperfeiçoamento em ouvidoria, modalidade extensão
universitária. Em parceria com o Instituto de Economia,
GGPE e Associação Brasileira de Ouvidorias,
seção São Paulo, foi criado em 2008
um curso inédito de extensão universitária,
na modalidade aperfeiçoamento, denominado “Ouvidoria
Pública e Privada no Brasil”, aberto a ouvidores
gestores universitários de todo o país.
Ademais, a Ouvidoria da Unicamp
vem colaborando com a Câmara de Deputados na reestruturação
da Ouvidoria Parlamentar e foi convidada a compor o Fórum
de Ouvidores – Grupo de Trabalho da Secretaria de
Gestão do Estado de São Paulo.
Internamente, a Ouvidoria
da Unicamp realiza constantes visitas às unidades
e órgãos da Universidade objetivando divulgar
suas atribuições, reiterando a importância
da formação de parcerias, do compartilhamento
de informações e do amplo diálogo.
Editora
No quadriênio, a Editora da Unicamp incrementou significativamente
a venda e a distribuição dos livros por ela
produzidos, não só abrindo novas frentes de
distribuição em escala nacional e modernizando
seu site, como também divulgando seus títulos
em organismos estatais encarregados de compras em escala.
Os primeiros resultados não
se fizeram esperar, com vendas realizadas no Estado do Paraná
e no Estado de São Paulo, sendo o principal destaque,
nesse item, a venda de 24.728 exemplares de dois títulos
da Editora ao governo federal.
A Editora investiu ainda
na formação técnica dos funcionários
de produção, bem como do setor de vendas e
administrativo, dispondo atualmente de um enxuto quadro
funcional altamente qualificado.
Durante esse período, a Editora publicou um total
de 162 títulos, entre novos e reedições,
tendo recebido quatro prêmios Jabuti e ampla atenção
da imprensa.
Outro aspecto a destacar
é a presença da Editora em eventos nacionais
e internacionais, entre os quais se destacam a Bienal Internacional
do Livro de São Paulo e do Rio de Janeiro, a Feira
Internacional do Livro de Guadalajara, a Feira do Livro
de Frankfurt, a Feira Pan-Amazônica, a Bienal do Livro
do Ceará, a Bienal do Livro de Minas Gerais e o Salão
do Livro de São Luís.
A Editora tem marcado presença
também em reuniões de sociedades científicas
como a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência
(SBPC), a Associação Nacional de Pós-Graduação
e Pesquisa em Ciências Sociais (Anpocs) e a Associação
Nacional de História (Anpuh), além de organizar
a Feira de Leitura e Artes do Congresso de Leitura do Brasil
(Cole), em Campinas.
Preservação
e Gestão da Memória da Unicamp
Vinculado à Coordenadoria Geral da Universidade,
o Sistema de Arquivos (Siarq) é o órgão
encarregado de zelar pela memória da Unicamp. Tem
sob sua guarda permanente ou temporária uma rede
de 150 protocolos e arquivos vinculados às unidades
de ensino e pesquisa e a órgãos de serviços
e apoios, além de todo o acervo documental gerado
historicamente pela instituição desde sua
organização, instalação e desenvolvimento.
Seus usuários são com maior frequência
administradores dos órgãos e unidades, além
de alunos, professores ou pesquisadores internos ou externos.
Com a criação,
em 2008, da Comissão de Gestão e de Preservação
de Documentos Arquivísticos Digitais da Unicamp,
deu-se início a um trabalho sistemático visando
dotar a Universidade de normas, sistemas e repositórios
digitais que assegurem a manutenção da confiabilidade,
acessibilidade e autenticidade dos seus documentos, para
fins legais e informativos.
Ponto alto das atividades
do Siarq no quadriênio foi o desenvolvimento do projeto
“Cientistas Pioneiros da Unicamp”, que consistiu
na elaboração de 87 biografias de docentes
e pesquisadores que participaram do processo de implantação
da Unicamp ou da criação de suas unidades
de ensino e pesquisa. Em 2008 foi elaborado relatório
com as propostas de diretrizes para a captura, preservação
e disposição para a pesquisa de documentos
produzidos pela comunidade científica da Unicamp
a partir de estudos realizados em mais de 60 tipos documentais
(graduação, pós-graduação
e pesquisa).
Fez-se também um importante
trabalho de capacitação técnica da
rede de protocolos e arquivos, o que compreendeu a realização
de oito cursos, 39 treinamentos e 14 palestras sobre arquivologia,
gestão, preservação e acesso a documentos
digitais e convencionais a 267 colaboradores de protocolos,
arquivos setoriais e secretários da Unicamp. Acresce-se
a estes a realização de nove Fóruns
Permanentes, cinco encontros e 16 exposições
de documentos.
Relevante também foi
a assessoria prestada pelo Siarq junto a 21 unidades de
ensino e pesquisa e a aproximadamente 30 órgãos
administrativos e de prestação de serviços
no que concerne a orientações sobre a gestão
de documentos e estruturação de arquivos setoriais.
Foram implantados ainda 39 órgãos de gestão
de protocolo no sistema de núcleos e centros interdisciplinares
e em órgãos da Reitoria, bem como acompanhou-se
a implementação de infraestrutura em 38 projetos
estratégicos de protocolos, arquivos setoriais e
centros de documentação e de pesquisa junto
a Comissão de Planejamento Estratégico Institucional
(Copei), no âmbito da Coordenadoria Geral da Universidade.
O acervo de documentos permanentes
ou de interesse acadêmico-científico, constituído
por 259 fundos e coleções institucionais e
pessoais, produzidos pelas unidades e órgãos
e por docentes, foi objeto de 659 pesquisas demandadas por
alunos, docentes e pesquisadores, atendendo-se a 19.025
requisições de documentos. Foram incorporados
cerca de 11.060 novos dossiês ao acervo de documentos
permanente ou de pesquisa, aí incluídos os
conteúdos de importantes acervos pessoais doados
ao Siarq no período, como documentações
remanescentes do fundador Zeferino Vaz, de posse da família,
e do físico Cesar Lattes.
Gestão
de Projetos Educacionais
Criado em maio de 2005 para gerir projetos educacionais
emanados ou vinculados à Reitoria, o Grupo Gestor
de Projetos Educacionais (GGPE) atua em consonância
com as pró-reitorias e com as quatro áreas
do conhecimento – Exatas, Tecnológicas, Biomédicas
e Humanidades e Artes – pelas quais se distribuem
as unidades de ensino e pesquisa da Unicamp.
Durante o quadriênio,
o GGPE executou aproximadamente 91 projetos nas áreas
de ensino, pesquisa e extensão. Neles estiveram ou
estão envolvidos cerca de 400 docentes, 164 estudantes
de graduação e 506 pesquisadores e pós-graduandos,
além de 210 funcionários e prestadores de
serviços. A execução desses projetos
demandou recursos de aproximadamente R$ 48 milhões,
captados pelo grupo gestor junto a instâncias públicas
diversas.
No plano do ensino
de graduação, por exemplo, o GGPE gerenciou
o projeto que possibilitou a estruturação
de um polo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
na Unicamp. Tal polo teve o início de suas atividades
em 2008 com a realização de dois cursos a
distância em Letras-Libras – um de licenciatura
e outro de bacharelado em tradução e interpretação
em letras-libras –, sob a responsabilidade da Faculdade
de Educação e do Instituto de Estudos da Linguagem,
No que se refere ao
ensino de pós-graduação, o GGPE concebeu
e acompanhou, em conjunto com unidades de ensino e pesquisa,
diferentes projetos envolvendo o oferecimento de cursos
de extensão e especialização. Destacam-se
aqueles que visaram à qualificação
de profissionais ligados ao ensino fundamental e médio,
como o Programa Teia do Saber. Duas outras iniciativas importantes
foram o curso de Gestão Educacional, destinado a
seis mil gestores de escolas públicas do Estado de
São Paulo, e o curso Cidadania e Cultura, que teve
aproximadamente mil alunos – ambos semipresenciais.
Do mesmo modo, o GGPE
foi responsável pelo gerenciamento de iniciativas
como o curso médio Integrado ao Técnico em
Agroecologia e uma consultoria para Escolas Agrotécnicas
do Centro Paula Souza, com o que sua atuação
alcançou também a educação tecnológica
e o ensino técnico.
Importante ressaltar
a articulação promovida pelo GGPE no contexto
da chamada pública realizada pelo Ministério
da Educação, visando à produção
de conteúdos educacionais digitais multimídia,
que permitirá a participação de alunos
e docentes do Colégio Técnico de Campinas
(Cotuca) nos subprojetos das áreas de Matemática,
Biologia e Língua Portuguesa – iniciativa com
orçamento de 18 milhões de reais destinados
à Unicamp e que envolve a produção
de 875 produtos de áudio, vídeo, software
e experimento educacional em hipertexto que serão
disponibilizados gratuitamente pelo MEC na Internet para
alunos e docentes do ensino médio.
No campo da extensão,
o GGPE apoiou em 2008 a elaboração de projetos
da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) em diferentes
áreas, um dos quais, com a temática “Saúde
da Família”, resultou no oferecimento de cursos
de especialização para médicos, enfermeiros
e dentistas. O projeto pode vir a ter como desdobramento
o estabelecimento de convênio com o Ministério
da Saúde no contexto da Universidade Aberta do SUS
(Unasus).
Em paralelo, cabe ressaltar
que as atividades aqui descritas contribuíram diretamente
para a formação inicial e continuada de educadores
dos diversos segmentos sociais, como também, indiretamente,
para o engajamento e formação em exercício
de alunos dos mais diversos cursos de graduação
e de pós-graduação da Unicamp –
seja embasando dissertações e teses, seja
fundamentando pesquisas relacionadas a trabalhos de fim
de curso.