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Unicamp investe R$ 100 milhões em obras

Projetos acrescentam 60 mil m2 de área construída aos campi da Universidade

Obra na Faculdade de Ciiências Aplicadas: novo campus de Limeira receberá recursos da ordem de R$ 30 milhões (Foto: Antonio Scarpinetti) A Unicamp está investindo cerca de R$ 100 milhões para desenvolver 70 projetos que resultarão em mais de 60.000 m2 de área construída em seus campi. Estão em execução 36 obras perfazendo 20.260 m2 , a um custo aproximado de R$ 35 milhões; outras 28 encontram-se em processo de licitação, com 20.450 m2 que consumirão R$26 milhões; e nove já estão licitadas e em fase de assinatura de contrato, a R$ 26 milhões, referentes a mais 18.950 m2 de construção.

Segundo o professor Paulo Eduardo Moreira Rodrigues da Silva, pró-reitor de Desenvolvimento Universitário, existem outros 95 projetos em desenvolvimento, sendo que 37 estão na fase de elaboração da pasta técnica para que se realizem as licitações. Caso todos sejam executados, a Unicamp ganhará o total de mais de 200.000 m2 e os investimentos alcançarão R$ 340 milhões.

Paulo Eduardo Moreira Rodrigues da Silva, pró-reitor de Desenvolvimento Universitário: investimentos podem chegar a R$ 340 milhões (Foto: Antoninho Perri)O pró-reitor informa que os recursos para realizar estas obras são oriundos do orçamento da Unicamp, dos programas de infraestrutura em Ciência e Tecnologia da Finep, de outras esferas do governo federal como o Ministério da Saúde, do governo do Estado de São Paulo, da Fapesp e de empresas do porte da Petrobras e da Shell, dentre inúmeras outras.

Em relação a novos prédios, Paulo Rodrigues da Silva observa que serão alocados perto de R$ 30 milhões apenas para o novo campus de Limeira, que abriga a Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA). “Serão três grandes construções: o Prédio de Ensino II, com anfiteatros para receber turmas de 120 alunos; o refeitório universitário (projeto que servirá para erguer um segundo restaurante no campus de Campinas); e a conclusão do Prédio de Laboratórios. Além disso, toda a infraestrutura viária, galerias de águas pluviais, instalações elétricas e hidráulicas, exigirão investimentos de R$ 11 milhões de reais da própria unidade”.

Nova sede do Instituto de Geociências: R$ 1,8 milhão para a conclusão das obras (Foto: Antoninho Perri)Na área de saúde, há um projeto em andamento para construção de um hospital hemoterápico que permitirá ao Hemocentro ampliar sua atuação em pesquisa, ensino e assistência na área de transplantes de medula óssea, com financiamento do BNDES, do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado da Saúde. Estão em adiantado processo de implantação projetos como o Centro de Pesquisa Clínica, prédio orçado em R$ 1,7 milhão, financiado pela Universidade e pela Finep. Outros R$ 2,8 milhões do governo federal viabilizarão a Escola de Saúde da Família. A Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP), por sua vez, foi contemplada com a construção do seu Centro Clínico de Especialidades.

Obras raras

O responsável pela Pró-Reitoria de Desenvolvimento Universitário (PRDU) adianta que estão sendo submetidos em 2010, dentro no programa de infraestrutura da Finep, a construção da Biblioteca de Obras Raras (14,3 milhões), que seria construída ao lado da Biblioteca Central “Cesar Lattes”, e do Laboratório de Ciência e Tecnologia em Materiais Funcionais (11,1 milhões).

Um convênio com o Banco Real, juntamente com recursos da própria Universidade, possibilitarão a construção do Teatro, um sonho antigo da Unicamp e do Instituto de Artes (IA). O Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) receberá verbas orçamentárias e da Finep para finalizar sua biblioteca (R$ 3,6 milhões) e construir o prédio para abrigar seus centros e núcleos de pesquisa (R$ 1,6 milhão).

Novo ginásio da Faculdade de Educação Física, cujas obras devem ser concluídas em breve (Foto: Antoninho Perri)O Instituto de Computação (IC) também ganhará um novo prédio, com 2.000 m2 metros, que vem reivindicando desde o início desta década e que será construído com recursos da própria unidade, da Unicamp e da Nossa Caixa. A sede do Instituto de Geociências (IG) tem assegurados mais R$ 1,8 milhão (do custo total de R$ 13 milhões) para a sua conclusão. O prédio do Colégio Técnico da Unicamp (Cotuca), que é tombado, receberá reforço estrutural e cobertura na quadra de esportes, além de passar por ampla reforma nas instalações elétricas, sanitários e vestiários, refeitório, portaria e serviços de combate a incêndio.

Praças

Paulo Rodrigues da Silva anuncia uma forte intervenção na praça do Ciclo Básico, tanto em termos de infraestrutura – hidráulica, revestimento, passeios, paisagismo, espelho d’água – como no interior do prédio II. “Estamos testando melhorias no anfiteatro, que em caso de sucesso serão estendidas para todas as salas de aula, inclusive com a instalação de elevadores. É um projeto grande, em torno de 4,5 milhões de reais, que já está sendo licitado”.

Local onde funcionará o Laboratório de Biocombustíveis Avançados da Faculdade de Engenharia Química (Foto: Antoninho Perri)Por iniciativa do Núcleo de Gerenciamento de Projetos e Obras (NGPO), serão criados dois centros desportivos e de vivência para a comunidade interna e externa: o primeiro ficará na área de saúde e, o outro, ao lado da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo (FEC) – e também do segundo restaurante, que será instalado por R$ 3,1 milhões. Para suas atividades esportivas, a comunidade hoje recorre às instalações da Faculdade de Educação Física (FEF) que, a propósito, vai poder concluir o novo ginásio.

Entre as iniciativas da Administração Central, o pró-reitor destaca a duplicação da área física do extinto Centro de Tecnologia (CT), implantando neste espaço os laboratórios do Centro de Bioenergia financiado pela Fapesp e o governo do Estado de São Paulo. “É um projeto ousado e tripartite, em que a Unicamp entra com recursos humanos e a agência de fomento e o governo com a construção, reforma e compra dos equipamentos do centro”.

Recursos privados

A Petrobras vai contribuir decisivamente com as pesquisas de ponta no campus, a começar com a implantação do Laboratório de Sistemas Marítimos de Produção, que custará R$ 11 milhões e ficará sob os cuidados do Centro de Estudo do Petróleo (Cepetro) da Unicamp. A empresa ainda investirá R$ 2,8 milhões na construção de uma faculdade experimental, vizinha ao Lab-Petro, e outros R$ 2,5 milhões no Laboratório de Processos Térmicos da Faculdade de Engenharia Mecânica (FEM). A Shell, em contrapartida, contribuirá com R$ 2,2 milhões para erguer o Laboratório de Biocombustíveis Avançados da Faculdade de Engenharia Química (FEQ).

Paulo Rodrigues da Silva acrescenta que a Universidade já assegurou um financiamento de R$ 10 milhões para elaborar o projeto, cuidar da infraestrutura e construir o prédio inicial do Pólo Científico e Tecnológico da Unicamp. “A licitação para contratar a empresa que desenvolverá os projetos executivos está sendo publicada nesta semana. O pólo será instalado na área de 100 mil metros quadrados localizada antes do Museu Exploratório de Ciências”.

Monitoramento por câmeras
começa no segundo semestre

Roberto Rodrigues Paes, prefeito do campus: mais segurança (Foto: Antoninho Perri)A partir do segundo semestre, a Unicamp vai colocar em funcionamento um sistema de monitoramento com 240 câmeras de vídeo, cobrindo praticamente todo o campus de Barão Geraldo, a fim de garantir a segurança do patrimônio e da comunidade interna, usuários de serviços e visitantes. “Acreditamos na eficácia do sistema para reduzir o número de ocorrências, melhorando sensivelmente o ambiente da Universidade”, afirma o professor Roberto Rodrigues Paes, prefeito do campus.

O sistema conta com 226 câmeras fixas – instaladas em pontos altos como prédios, postes e caixas d’água – e 14 câmeras móveis, mais caras e que exigem um operador, destinadas a locais estratégicos como a praça do Ciclo Básico. O campus foi dividido em regiões onde se situam 24 módulos denominados TCs (telecomunication closets), que gravam as informações enviadas por determinado número de câmeras a eles interligadas.

O prefeito explica que são os TCs que transmitem as imagens à Central de Monitoramento, que está sendo instalada no piso superior do prédio da Vigilância. “Na Central, cerca de 50 funcionários trabalharão em quatro turnos de seis horas, à frente de vários monitores com capacidade de 16 a 24 imagens por tela. Essas equipes serão treinadas para operar o sistema, integrados com os postos de vigilância distribuídos pelo campus”.

Paulo Rodrigues da Silva, pró-Reitor de Desenvolvimento Universitário, ressalta que o sistema visa apenas o controle de ocorrências relacionadas com a segurança pessoal e patrimonial. “A prevenção é o aspecto mais importante do monitoramento por câmeras. Com a instalação do sistema, esperamos uma redução significativa do número de ocorrências, que na Unicamp já é menor que no distrito de Barão Geraldo e no restante da cidade de Campinas”.

Rodrigues da Silva informa que o contrato é de R$ 2,5 milhões, sendo que a empresa instalou perto de 20% da infraestrutura em menos de dez dias de trabalho. “Já recebemos as câmeras para testá-las e a Central de Monitoramento, que ocupará uma área de 100 metros quadrados, estará pronta e equipada no dia 5 de julho. A expectativa é de começar o segundo semestre com o sistema em plena operação”.

 

 
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