RAQUEL 
                      DO CARMO SANTOS
                     Estudo 
                      realizado no município de Toledo, no oeste paranaense, 
                      detectou baixo consumo de vitamina A, cálcio e fibras 
                      e alto consumo de colesterol entre adolescentes de quatro 
                      escolas municipais. Para a tese de doutorado, defendida 
                      na Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA), a nutricionista 
                      Rozane Aparecida Toso Bleil entrevistou 167 adolescentes 
                      entre 10 e 18 anos para avaliação do estado 
                      nutricional e das práticas alimentares dessa população. 
                      O lado positivo do estudo foi a constatação 
                      da baixa prevalência de excesso de peso entre os adolescentes.
Estudo 
                      realizado no município de Toledo, no oeste paranaense, 
                      detectou baixo consumo de vitamina A, cálcio e fibras 
                      e alto consumo de colesterol entre adolescentes de quatro 
                      escolas municipais. Para a tese de doutorado, defendida 
                      na Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA), a nutricionista 
                      Rozane Aparecida Toso Bleil entrevistou 167 adolescentes 
                      entre 10 e 18 anos para avaliação do estado 
                      nutricional e das práticas alimentares dessa população. 
                      O lado positivo do estudo foi a constatação 
                      da baixa prevalência de excesso de peso entre os adolescentes. 
                      
                      
                      A pesquisa, orientada pelas professoras Elisabete Salay 
                      e Marina Vieira da Silva, foi parte integrante de outro 
                      estudo realizado em outros quatro municípios brasileiros 
                      - Piracicaba, Campinas, Piedade e Seropédica - para 
                      se traçar o perfil dos adolescentes em relação 
                      ao Programa Nacional de Alimentação Escolar. 
                      A parceria envolveu, além da Unicamp, a Universidade 
                      Paranaense e a Universidade Rural do Rio de Janeiro. A coordenação 
                      do estudo ficou a cargo da Escola Superior de Agricultura 
                      Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo. 
                      
                      
                      A adolescência, segundo Rozane, é um dos períodos 
                      mais críticos em relação à alimentação. 
                      Em geral, o consumo de vitaminas e minerais é substituído 
                      facilmente por produtos com alto teor energético 
                      e com déficit de vitaminas e minerais. A alimentação 
                      inadequada nesta faixa etária, complementa a nutricionista, 
                      consiste em uma preocupação sempre em pauta 
                      nos órgãos competentes para propostas de ações 
                      efetivas. "Os hábitos alimentares inadequados 
                      podem desencadear aumento de diversas doenças e, 
                      por isso, a importância de se conhecer o estado nutricional 
                      do grupo para que se possa direcionar ações 
                      mais efetivas", esclarece.
                      
                      Pelos resultados, os adolescentes consomem aproximadamente 
                      50% do recomendado em relação ao cálcio 
                      e vitamina A. A recomendação no consumo de 
                      fibras nesta faixa etária é de 26 gramas e, 
                      no entanto, o consumo médio foi de 18 gramas. Já 
                      o consumo diário de produtos ricos em gordura, tais 
                      como colesterol, não deve ultrapassar 200 miligramas, 
                      porém a quantidade foi superior. "São 
                      importantes iniciativas que proponham estratégias 
                      educativas a serem desenvolvidas em âmbito escolar 
                      para que sejam corrigidos, em curto prazo, os problemas 
                      nutricionais", destaca Rozane. 
                      
                      Outra vertente do estudo realizado na FEA apontou que 77% 
                      do grupo entrevistado apresenta boa adesão ao programa 
                      de alimentação escolar. Destes, 57% realizam 
                      as refeições de quatro a cinco vezes por semana. 
                      Os resultados mostraram ainda, conforme explica a nutricionista, 
                      que não houve associação positiva com 
                      renda familiar ou nível socioeconômico no grupo. 
                      Por outro lado, foram observadas condições 
                      inadequadas para o consumo das refeições. 
                      "O local onde os adolescentes consomem a alimentação 
                      escolar é restrito, e os jovens comem em pé 
                      ou sentados em batentes de portas", destaca. (R.C.S.)