FEA desenvolve água  de coco gaseificada 
                    RAQUEL DO CARMO SANTOS
                      
                       A água de coco carbonatada é a mais nova bebida desenvolvida  pela engenheira de alimentos Marina Costa da Silva. A formulação contém dióxido  de carbono (CO2), ácido ascórbico e sacarose.  O produto demonstrou ter grande potencial mercadológico  – nos testes sensoriais, por exemplo, a bebida foi muito apreciada e bem-aceita  pelos consumidores, que destacaram que sua ingestão proporciona refrescância e  uma sensação agradável.
A água de coco carbonatada é a mais nova bebida desenvolvida  pela engenheira de alimentos Marina Costa da Silva. A formulação contém dióxido  de carbono (CO2), ácido ascórbico e sacarose.  O produto demonstrou ter grande potencial mercadológico  – nos testes sensoriais, por exemplo, a bebida foi muito apreciada e bem-aceita  pelos consumidores, que destacaram que sua ingestão proporciona refrescância e  uma sensação agradável.
                      
                      A bebida, por  utilizar água de coco integralmente, ou seja, não ter adição de água, mantém suas  propriedades nutricionais ricas em sais minerais, além de ter baixo valor  calórico. Atualmente, não existe produto similar no mercado. Estão disponíveis apenas  aqueles que oferecem água de coco com mix de outras frutas, sem serem carbonatados.  A maioria dos produtos que contém água de coco comercializada atualmente sofre,  em seu processo de industrialização, tratamentos térmicos com altas  temperaturas e, por isso, pode apresentar alterações sensoriais. “O objetivo  foi desenvolver algo diferenciado, que fosse natural, saudável e aceitável do  ponto de vista sensorial”, explica Marina Costa da Silva. 
                      
A engenheira apresentou a dissertação  de mestrado “Avaliação de processo de carbonatação de água de coco (Cocus  nucifera L.)” na Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA), sendo orientada  pelo professor José de Assis Fonseca Faria. Ela esclarece que o aspecto  econômico teve um peso importante no escopo da pesquisa. A ideia foi oferecer  uma formulação possível de ser produzida até mesmo por pequenos produtores. Ela  argumenta que, hoje, dependendo da tecnologia empregada, a água de coco  industrializada pode ter altos custos e ser inviável economicamente.
Foram três anos de pesquisa e  inúmeras tentativas para que a carbonatação fosse adequada – a engenheira  tentou diferentes formulações para evitar a adição de conservadores químicos.  Mas, neste aspecto, as tecnologias utilizadas não prescindiram das substâncias,  uma vez que a estabilidade comercial do produto, ou seja, seu tempo de  prateleira, consiste em um parâmetro importante. Neste sentido, um próximo  estudo já foi iniciado para que, a partir da adição de conservadores químicos,  possa se chegar a um produto que possa manter-se em temperatura ambiente.