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Unicamp e a Shell Brasil anunciaram no último dia 23 um
convênio para o desenvolvimento de um projeto de pesquisa
e desenvolvimento em biocombustíveis de segunda geração
a partir da cana-de-açúcar e seus resíduos. O anúncio foi
feito pelo coordenador-geral da Unicamp, professor Fernando
Costa, e por Graeme Sweeney, vice-presidente executivo de
combustíveis futuros e CO2 da Shell.
O projeto será executado na Faculdade de Engenharia Química
da Unicamp (FEQ) com a coordenação das professoras Maria
Aparecida Silva e Telma Teixeira Franco. “Com o desenvolvimento
de novas tecnologias é possível aumentar a produção de etanol
sem aumentar a área plantada, aproveitando o bagaço gerado
na produção de etanol pelo processo convencional, tornando
o processo ainda mais sustentável”, afirma Maria Aparecida.
Com recursos deste convênio será construído o Laboratório
de Biocombustíveis Avançados, numa área de 1,5 mil m², na
Unicamp. O prédio terá três andares.
A parceria foi negociada com o apoio da Agência de Inovação
Inova Unicamp e faz parte de um projeto global da Shell
que compreende mais cinco acordos da empresa com Institutos
de Pesquisa – o Instituto de Tecnologia de Massachusetts
(MIT), em Massachusetts (EUA); o Instituto de Microbiologia
da Academia Chinesa de Ciências (IMCAS), em Pequim, e o
Instituto Qingdao de Tecnologia em Bionenergia e Bioprocessos
da Academia Chinesa de Ciências (QIBEBT), em Qingdao (China);
o Centro de Excelência para Biocatálise, Biotransformações
e Manufatura Biocatalítica (CoEBio3), baseado na Universidade
de Manchester (Reino Unido); e a Escola de Biociências da
Universidade de Exeter (Reino Unido).
“As pesquisas nessa área são de importância capital para
o setor de biocombustíveis e a Unicamp orgulha-se em participar
de um projeto que envolve alguns dos melhores centros de
pesquisa do mundo”, disse Roberto Lotufo, diretor-executivo
da Inova Unicamp. Segundo ele, parcerias desse tipo reforçam
a interação da Unicamp com a sociedade, criando oportunidades
para que a Universidade se destaque cada vez mais na liderança
da pesquisa e inovação em bioenergia, gerando benefícios
econômicos e sociais para o país.
Para a Shell Brasil o convênio é motivo de satisfação.
“Há 95 anos a empresa investe no Brasil e, portanto, nada
mais natural do que apoiar uma universidade fortemente empenhada
em desenvolver novas tecnologias em busca de fontes energéticas
mais sustentáveis”, afirma Vasco Dias, presidente da Shell
no Brasil.