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O princípio ativo acetato de medroxiprogesterona (AMP) é largamente utilizado no Brasil não só pelo seu efeito contraceptivo, mas também no tratamento de alguns tipos de câncer. Em certos casos a ingestão pode causar efeitos colaterais desfavoráveis e, por isso, sua dosagem deve ser extremamente controlada, sendo que as técnicas usuais são altamente especializadas e de custo elevado. Nesse sentido, a pesquisa de mestrado de Tânia Aparecida Lopes Pinheiro, orientada pela professora Adriana Vitorino Rossi, do Instituto de Química, contribui para baratear o processo de quantificação do fármaco. Pela proposta, chega-se a diminuir em pelo menos dez vezes o preço das análises, economia que contempla principalmente hospitais e farmácias de manipulação.
Princípio ativo é usado para contracepção e cânceres
Tânia Pinheiro sabia que a técnica recomendada pela farmacopéia americana para análise de AMP, a cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC), requer equipamento sofisticado e reagentes caros. Seu interesse pelo tema aumentou em conversas com profissionais do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Caism), quando tomou ciência das dificuldades com a falta de equipamentos um cromatógrafo custa em média U$ 50 mil. “Surgiu assim a idéia de desenvolver um método que permitisse resultados eficientes sem um custo tão elevado, e em que a análise pudesse ser realizada mesmo em laboratórios com pouca infra-estrutura instrumental”, explica.
O trabalho de Tânia surpreendeu, também, por conseguir resultados favoráveis a partir de procedimentos clássicos da química, como medida de ponto de fusão e spot test, introduzidos para identificar previamente o AMP a ser analisado. Essa parte da pesquisa teve a colaboração de Luciana Foltran Martins, bolsista do CNPq, em projeto de iniciação científica.
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