| Edições Anteriores | Sala de Imprensa | Versão em PDF | Portal Unicamp | Assine o JU | Edição 348 - 18 a 24 de dezembro de 2006
Leia nesta edição
Capa
Caixa preta
ERRATA
Menor liga metálica
Prêmio Zeferino Vaz
Concurso de contos
Cláudia Medeiros
Colhedeira de tomate
Cratera vira sítio geológico
Emergente da Inovação
Aborto espontâneo
Doenças cardiovasculares
Idosos
Quimioterapia
Painel da semana
Teses
Livro da semana
Roberto Goto
Saúde para Angola
 

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Premiados são indicados pelas unidades e
selecionados por especialistas externos à Universidade

O prêmio aos cérebros
que fazem a Unicamp

O professor Antonio Carlos de Moraes, da FEF, recebe o certificado do reitor José Tadeu Jorge: ingresso na Unicamp como mensageiro e hoje livre-docente (Foto: Antoninho Perri)Na manhã do dia 12 de dezembro, a Unicamp entregou a 19 professores o Prêmio de Reconhecimento Acadêmico Zeferino Vaz, o maior concedido pela atividade docente na instituição. A solenidade aconteceu durante reunião extraordinária do Conselho Universitário (Consu), presidida pelo reitor José Tadeu Jorge, que lembrou que o prêmio foi criado há 16 anos, mas que nunca esteve tão sintonizado com o momento da Universidade, na comemoração dos seus 40 anos. “Este foi o ano em que a Unicamp recebeu mais prêmios, concedidos pela Capes, Finep e Petrobras, entre outros. É sinal de que entidades públicas e privadas reconhecem a contribuição da Unicamp ao país em todos os sentidos. Por isso, é importante que tenhamos um prêmio interno que represente o reconhecimento e o estímulo à continuidade do trabalho.” O reitor também fez uma referência a Zeferino Vaz, que dá nome ao prêmio, recordando uma das frases célebres do fundador da Universidade. “Os premiados mostram que a Unicamp se faz com cérebros, cérebros e cérebros. Lá pelo quinto lugar, vêm o tijolo e a infra-estrutura”.

Dezenove professores têm atuação acadêmica reconhecida

Tadeu Jorge fez uma distinção, entre os premiados, a Antonio Carlos de Moraes, da Faculdade de Educação Física. “Ele representa o espírito da Unicamp: a busca de conhecimento como missão para oferecer benefícios à sociedade. Eu não poderia deixar sua história passar em branco numa solenidade como esta”, acentuou. Por mais da metade da vida, o professor Antonio Carlos pisou o mesmo chão que Zeferino Vaz, Cesar Lattes, Otávio Ianni e outros ícones da instituição. Com 46 anos no campus, é um dos vencedores do Prêmio de Reconhecimento Acadêmico Zeferino Vaz.

Vale o flash back. Antonio Carlos, hoje livre-docente da FEF, ingressou na Unicamp quando tinha apenas 14 anos, como mensageiro da Diretoria Geral da Administração (antiga DGA-3). Muitas vezes teve que encarar questões incomuns à sua idade e maturidade profissional. Suplantou-as, inclusive os reveses. Inteirou-se da rotina do trabalho e galgou novas funções, chegando finalmente à FEF para atuar como secretário de departamento e depois como técnico esportivo.

Estimulado em casa pelos pais e irmãos, formou-se em educação física e, depois de concluído o mestrado, passou no concurso para professor MS-3. Ingressou como docente da FEF em 1994, concluiu o doutorado em 1999 e o pós-doutorado em Portugal em 2004. Foi chefe do Departamento de Ciências do Esporte, ao qual é ligado. Na graduação, ministra as disciplinas de pedagogia do futebol e treinamento em futebol de Campo; na pós, fundamentos de eletromiografia.

Antonio Carlos conta que sempre recebeu incentivo também dos professores da unidade, como João Batista Tojal, diretor na época, e a orientadora do mestrado e doutorado, Antonia Bankoff. Diz, portanto, que o prêmio foi uma conseqüência das suas escolhas e que elas vieram muito naturalmente. “Eu vou me preparando, mas sem pressa. O próximo alvo é chegar a titular”. Sobre ser o exemplo, ele se considera “um” exemplo. “As pessoas que pretendem seguir carreira universitária devem, na verdade, estudar muito e se dedicar às tarefas com um foco bem-definido”.

Os contemplados pelo Prêmio Zeferino Vaz receberam uma importância em dinheiro, correspondente a três salários-bases de um professor MS-6, mais o certificado da outorga, que foi instituída pelo Consu em 1990. O prêmio reconhece o desempenho acadêmico excepcional, sendo concedido mediante avaliações dos relatórios docentes trienais. Cada unidade de ensino e pesquisa indica um premiado por ano. Os premiados são selecionados por especialistas externos à Unicamp, após várias etapas de exame.


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