Edições Anteriores | Sala de Imprensa | Versão em PDF | Portal Unicamp | Assine o JU | Edição 218 - 30 de junho a 06 de julho de 2003
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Artigo
Comentário
Lavagem de dinheiro
Debret: do pincel à pena
Holografia: Cristais fotônicos

Consciência Crítica

Hemoglobina
Ração Animal
História em mochilas
Unicamp na Imprensa
Painel da Semana
Oportunidades
Teses da Semana
Aprendizagem
Crustáceos e seu Habitat
 

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Consciência crítica

Quando a universidade incomoda, é porque ela está viva. A frase pode ser dita a propósito de eventos quase diários do cenário econômico, social e político: raros são os dias em que alguém lastreado na academia, uma inteligência que se dedica a ensinar e a investigar fenômenos – enfim, a pensar – não sai a campo para atuar como consciência crítica da sociedade.

Não foi outra coisa o que aconteceu no dia 17 de junho, quando o documento intitulado “A agenda interditada – uma alternativa de prosperidade para o Brasil”, chegou à opinião pública com o peso de 305 assinaturas de intelectuais e economistas e, como uma bomba de efeito moral positivo, obrigou a uma reflexão sobre os rumos da economia, da sociedade ou do que se poderia chamar um projeto nacional de desenvolvimento.

A gênese desse documento, que ficará como uma manifestação da intelligentsia brasileira num dado momento de sua história, seja qual for a sorte do país nos próximos anos, muito deve à iniciativa intelectual do economista Plínio de Arruda Sampaio Filho, que nele se revela, mais que um articulador de idéias e propostas, um catalisador da insatisfação da esquerda que durante décadas julgou-se portadora de um projeto distinto para o país e que, de acordo com o manifesto, não é este que se esboça em 2003.

Se os signatários da “Agenda interditada” têm razão ou não, só o tempo dirá. Mas a simples existência de uma peça de reflexão como esta já basta para qualificar o debate brasileiro e restabelecer uma tradição que corria o risco de ficar esquecida, que é o hábito do contraditório. O Jornal da Unicamp busca chegar lenha ao calor da discussão através da bela entrevista de Clayton Levy com o professor Plínio, colhida em sua sala no Instituto de Economia da Unicamp.

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