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Brasil
e Alemanha ampliarão intercâmbio
estudantil, afirma ministra alemã da Educação
13/4/2010
– Dentro das ações previstas para o Ano Brasil-Alemanha
da Ciência, Tecnologia e Inovação, lançado no último dia 12
em São Paulo, uma das mais importantes é a definição de um
programa que intensificará o intercâmbio de estudantes de
graduação e pós-graduação entre as duas nações. O anúncio
foi feito no último dia 13 pela ministra da Educação e Pesquisa
da Alemanha, Annette Schavan, que esteve em visita à Unicamp.
Em conferência apresentada no Centro de Convenções da Universidade,
ela destacou que o seu país considera o Brasil um parceiro
estratégico na América Latina para a formulação de soluções
e propostas inovadoras que possam contribuir para que o mundo
avance em direção ao desenvolvimento sustentável.
Annette Schavan afirmou que
a Alemanha tem uma longa tradição de cooperação com o Brasil
em diversas áreas, notadamente a científica. Atualmente, de
acordo com ela, estão em vigor 230 convênios de colaboração
entre universidades brasileiras e alemãs. Ademais, prosseguiu
a ministra, estão instaladas em solo brasileiro cerca de 1.200
empresas germânicas, sendo 800 delas no Estado de São Paulo.
“Estamos vivendo uma terceira fase nas relações entre Brasil
e Alemanha. A primeira ocorreu há 150 anos, com a chegada
das primeiras famílias alemãs ao Brasil. A segunda aconteceu
entre as décadas de 50 e 60, quando o Brasil vivia o seu processo
de industrialização. Agora, estamos diante de um novo período,
que certamente será marcado pela colaboração mútua com vista
ao fortalecimento dos sistemas de ciência, tecnologia e inovação
dos dois países”, previu.
A
ministra da Educação e Pesquisa da Alemanha fez questão de
assinalar que o desenvolvimento a que se referia não está
relacionado exclusivamente ao campo científico. “Quando falo
sobre desenvolvimento, estou pensando também em soluções e
propostas que levem à elevação da qualidade de vida das nossas
sociedades e ao aproveitamento responsável dos recursos naturais,
que são finitos”, disse. Ao citar o escritor austríaco Stefan
Zweig, autor do livro Brasil, país do futuro, Annette Schavan
classificou a sociedade brasileira como aquela que está aberta
e deseja o futuro. “Penso que as universidades e as empresas
de nossos países podem potencializar o caminho rumo a esse
objetivo”.
Antes de apresentar a conferência,
a ministra visitou a Reitoria, onde foi recebida pelo reitor
Fernando Costa e pelo dirigente da Coordenadoria de Relações
Institucionais e Internacionais (Cori), Leandro Tessler. Na
oportunidade, o reitor fez uma breve apresentação da Unicamp,
destacando o fato de o seu ensino estar associado à pesquisa.
Fernando Costa também informou a Annette Schavan que a Universidade
está localizada nas imediações de um importante parque tecnológico,
formado por várias empresas criadas a partir da iniciativa
de ex-alunos. Atualmente, disse o reitor, a Unicamp mantém
11 convênios de cooperação com universidades e institutos
de pesquisa da Alemanha. Antes de deixar Campinas, Annette
Schavan almoçou com reitores e representantes de universidades
da região.
(Manuel
Alves Filho)
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