Uma 
                      pesquisa desenvolvida na Faculdade de Ciências Médicas (FCM) 
                      propõe um método para quantificação da levocetirizina no 
                      plasma humano com o objetivo de comprovar a bioequivalência 
                      entre dois medicamentos. Ou seja, se poderia ou não ser 
                      considerado como medicamento genérico. A importância de 
                      se realizar o estudo com a levocetirizina reside no fato 
                      de que se trata de um antihistaminico – ou anti-alérgico 
                      – de segunda geração e, portanto, não possui o efeito colateral 
                      de sonolência como ocorre nos remédios de primeira geração. 
                    
                    Segundo a autora da pesquisa, a farmacêutica Milena Rodrigues 
                      Morita, existem três etapas realizadas que comprovam a bioequivalência 
                      de dois medicamentos. São elas a etapa clínica, analítica 
                      e estatística, sendo que todos os fármacos a serem testados 
                      precisam passar por essas três etapas, de acordo com recomendação 
                      da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
                    A questão, neste caso, é que a etapa analítica, justamente 
                      objeto de estudo da dissertação orientada pelo professor 
                      José Pedrazzoli Júnior, requer métodos de quantificação 
                      específicos para cada medicamento a ser testado. Para a 
                      levocetirizina, ainda não havia sido desenvolvida uma técnica 
                      de quantificação que pudesse ser aplicada aos estudos de 
                      bioequivalência. Neste sentido, a pesquisa de Milena torna-se 
                      um importante instrumento de análises feitas para indústrias 
                      farmacêuticas. 
                    Na etapa clínica, a primeira de um estudo de bioequivalência, 
                      são coletadas amostras de sangue em tempos pré-determinados 
                      em voluntários geralmente sadios após administração do medicamento. 
                      Num segundo momento é feita a quantificação do fármaco nas 
                      amostras biológicas. Para finalizar, os dados gerados na 
                      etapa analítica sofrem um tratamento estatístico para verificar 
                      se o medicamento-teste apresenta bioequivalência em relação 
                      ao medicamento referência.
                    A pesquisa demonstrou não só método e parâmetros eficazes 
                      de quantificação de fármaco, como também foram obtidos resultados 
                      precisos e eficientes para os testes de bioequivalência, 
                      utilizando a técnica de cromatografia líquida de alta eficiência 
                      acoplada à espectrometria de massas.