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Biodiversidade animal é tema de
exposição no Museu de Zoologia
Mostra no IB é voltada
a estudantes dos ensinos fundamental e médio
O
Museu de Zoologia Professor Adão José Cardoso, do Instituto
de Biologia (IB) da Unicamp, abriu oficialmente, no último
dia 16, a exposição “Biodiversidade Animal: estilos de vida”.
A mostra, composta por quatro módulos, exibe uma grande variedade
de animais taxidermizados e vivos, que vão dos organismos
unicelulares até os grandes mamíferos. De acordo com a coordenadora
do museu, professora Antonia Cecília Zacagnini Amaral, a iniciativa
é resultado de um projeto de extensão voltado à divulgação
e popularização do conhecimento científico da biodiversidade
zoológica, que contou com financiamento do Conselho Nacional
de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), órgão
vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).
A exposição, conforme a professora
Cecília Amaral, é voltada a um público formado por estudantes
dos ensinos fundamental e médio, embora também possa ser visitada
por universitários. As escolas interessadas em levar seus
alunos para conhecer a mostra podem fazer o agendamento por
meio da página eletrônica do museu. A entrada é gratuita.
“Temos capacidade para receber cerca de 40 pessoas de cada
vez. A visitação conta com a orientação de monitores, que
são capacitados para esclarecer todas as dúvidas dos visitantes”,
explica a docente.
Ainda segundo ela, a exposição
foi dividida em quatro módulos. O primeiro deles, batizado
de “Vida na água”, é composto por aquários que mostram animais
de água doce e salgada. Um dos tanques contém espécies que
podem ser tocadas pelas pessoas, como estrela do mar e ouriço.
Além disso, foram criados “móbiles” com peixes feitos em papel
machê, que podem ser igualmente manipulados. “Fizemos isso
pensando nas pessoas que apresentam deficiência visual. É
uma forma de elas também compreenderem aspectos dos indivíduos
representados”, diz Cecília Amaral. O segundo módulo é chamado
de “Cidade das formigas-saúvas”, e reproduz as condições de
vida dos insetos na natureza. Dessa forma, os frequentadores
da mostra podem observar o comportamento e os hábitos dos
animais.
O
terceiro módulo foi denominado de “Hóspedes e penetras”. Ele
reproduz o cenário de uma residência. Os hóspedes, no caso,
são os animais de estimação, como cães e gatos. Os penetras
são espécies como baratas, moscas e lagartixas. O quarto ambiente,
o maior de todos, reúne uma coleção vasta de indivíduos. Há
desde organismos unicelulares, que somente podem ser observados
com a ajuda de microscópio, até répteis, aves e mamíferos.
A coordenadora do museu destaca que todo o trabalho de preparação
da exposição foi feito com a ajuda de estudantes de graduação,
biólogos estagiários e funcionários do IB. “Nós também contamos
com a colaboração de professores da própria Unicamp e de outras
universidades, que nos ajudaram a compor a mostra de forma
que ela fosse a mais acessível possível ao nosso público-alvo”,
diz.
Ao todo, a exposição exigiu
quase dois anos de preparação. Parte dos animais taxidermizados
foi preparada por técnicos da própria Unicamp. A expectativa
da professora Cecília Amaral é que a mostra fique aberta
à visitação por pelo menos dois anos. A coordenadora do
museu acredita que cada visita leve perto de duas horas. “Ao
final da experiência, os frequentadores receberão um material
impresso explicando aspectos de algumas espécies”, adianta
ela.
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