17º Congresso Interno
de Iniciação
Científica tem 1.172 trabalhos inscritos
Painéis estarão expostos nos
dias
23 e 24 no Ginásio Multidisciplinar
LUIZ
SUGIMOTO
Com
1.172 trabalhos selecionados, acontece nos dias 23 e 24
de setembro o 17º Congresso Interno de Iniciação Científica
da Unicamp, no Ginásio Multidisciplinar. Estarão expostos
painéis das áreas de Artes, Biológicas, Exatas, Humanas
e Tecnológicas, no período das 15h30 às 17h30. O evento
promovido pelas Pró-Reitorias de Pesquisa (PRP) e de Graduação
(PRG) será aberto às 14h30 da quarta-feira, com uma apresentação
do Quinteto de Cordas, ligado ao Núcleo de Integração e
Difusão Cultural (Nidic).
“O Congresso Interno é um
momento em que podemos avaliar os resultados do esforço
da Unicamp para envolver os alunos da graduação nas atividades
de pesquisa. Temos claro que é preciso incentivar nossos
estudantes para a busca de uma complementação da sua formação
profissional atuando, de fato, na geração de conhecimento”,
afirma o professor Ronaldo Aloise Pilli, pró-reitor de Pesquisa.
Na opinião do pró-reitor,
a formação curricular complementada por uma formação prática
garante ao aluno da Unicamp a capacidade de enfrentar desafios
e enxergar oportunidades. “É um grande diferencial em relação
à maioria das demais universidades. O binômio ensino-pesquisa
leva à formação de um profissional moderno, capaz não só
de utilizar o conhecimento adquirido como de propor novas
soluções, fazendo avançar a ciência e a sociedade de maneira
geral”.
A exposição traz 70 trabalhos
em Artes, 313 em Biológicas, 198 em Exatas, 231 em Humanas
e 360 em Tecnológicas – distribuição que Ronaldo Pilli considera
proporcional ao número de estudantes de cada área. “Os trabalhos
refletem toda a gama de pesquisas desenvolvidas hoje na
Unicamp. Alguns, de excelente qualidade, foram pré-selecionados
por uma comissão interna para concorrer ao prêmio de iniciação
científica do CNPq de 2009. Outros já geraram publicações
em revistas científicas”.
As pesquisas expostas este
ano são frutos do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação
Científica (Pibic) e de edital do CNPq, de bolsas Fapesp
e de bolsas oferecidas pela Unicamp com recursos próprios,
através do Serviço de Apoio ao Estudante (SAE). Em 2008,
dentre 1.276 projetos recebidos pela Universidade, 1.220
(95,6%) apresentaram mérito acadêmico científico para financiamento
e 800 foram contemplados em primeira chamada.
Os projetos de iniciação
científica estão sujeitos a criterioso acompanhamento. Além
de um rigoroso processo de seleção, durante a vigência da
bolsa cada aluno deve apresentar dois relatórios a serem
analisados por seu orientador e por comitês de assessores
da PRP e PRG. A seleção para o Congresso Interno é feita
por um comitê interno de 43 docentes.
Conforme previsto no calendário escolar elaborado pela Diretoria
Acadêmica (DAC), as aulas serão suspensas no período vespertino
dos dias 23 e 24, a fim de que todos os graduandos e pós-graduandos
possam visitar a exposição. O Congresso Interno, a exemplo
do ano passado, foi mantido no calendário, apesar do atraso
no início do semestre letivo provocado pela chamada gripe
suína.
“O número de trabalhos expostos
tem flutuado acima da casa dos mil. Este ano foram 1.172,
praticamente igual ao de 2008 (1.178) e superior ao de 2007
(1.046). Para 2010, é esperado um aumento no numero de participantes
em razão do aumento de cerca de 10% no numero de bolsas
concedidas pelo Pibic/CNPq e pelo SAE/Unicamp” informa o
pró-reitor de Pesquisa.
Novidades
Pilli adianta que uma das novidades estudadas para o próximo
congresso é a participação de graduandos que realizam estágio
no exterior, dentro do propósito da Universidade de promover
maior experiência internacional aos estudantes. “Hoje, cerca
de 10% dos egressos da Unicamp possuem uma experiência internacional
e, parte deles, em projetos de pesquisa. Pretendemos criar
uma sessão no congresso com esses trabalhos”.
Outra novidade, de acordo
com o pró-reitor, será a presença de estudantes do Programa
de Iniciação Científica Pic Jr., igualmente apoiado pelo
CNPq, que visa dar oportunidade ao aluno de ensino médio
da escola pública não apenas de conhecer, mas de participar
das atividades de pesquisa no campus. “A Unicamp foi a primeira
universidade paulista a implantar o Pic Jr. Temos perto
de 120 alunos que passam doze meses na universidade estagiando
em laboratórios de pesquisa”.
Ronaldo Pilli explica que
os estudantes da rede pública passam por processo seletivo
que envolve uma redação sobre tema proposto pela PRP e,
em função também do desempenho escolar, é elaborada uma
relação dos melhores pela Diretoria Regional de Ensino.
“Na Unicamp, temos a relação dos docentes que se dispõem
a receber esses alunos. Fazemos, então, uma composição das
duas listas, associando a área de interesse do estudante
com projetos de pesquisa em andamento”.
Prêmio Inova
Os graduandos com trabalhos inscritos no congresso também
concorrem ao Prêmio Inova Unicamp de Iniciação Científica,
criado com o intuito de valorizar o desenvolvimento de inovações
que podem gerar benefícios para a sociedade. O comitê julgador,
composto por profissionais da equipe de Propriedade Intelectual
da Agência de Inovação Inova Unicamp, vai avaliar o potencial
de inovação dos trabalhos expostos, conforme os seguintes
critérios: relevância do problema a ser resolvido; criatividade
e efetividade da proposta de resolução do problema; e o
estágio de desenvolvimento da tecnologia.
Algumas pesquisas expostas
Quem for ao Congresso de Iniciação Científica da Unicamp
poderá obter com Marcela Regina Formico, pessoalmente,
mais detalhes sobre “Arena da Ilusão”, pesquisa em que
ela estuda a construção da imagem da Roma na Antiguidade
Clássica através da linguagem cinematográfica. Com orientação
da professora Cristina Meneguello, do Instituto de Filosofia
e Ciências Humanas (IFCH), Marcela usa quatro filmes como
fontes: Spartacus (de Stanley Kubrick, 1960), A Queda
do Império Romano (Anthony Mann, 1964); Gladiador (Ridley
Scott, 2000) e Spartacus (Robert Dornhelm, 2004).
O painel de Carolina Ayumi Braghini trata do glaucoma
primário de ângulo aberto (GPAA), o tipo mais frequente
da doença que pode levar à perda irreversível da visão.
A autora avalia a presença de mutações no gene identificado
como MYOC e que estão envolvidas no desenvolvimento deste
glaucoma. Carolina é do Centro de Biologia Molecular e
Engenharia Genética (CBMEG) e foi orientada pela professora
Mônica Barbosa de Melo.
Fabiana Losano da Silva Lima, da Faculdade de Ciências
Médicas (FCM), teve orientação da professora Kátia Stancato
para realizar uma avaliação da qualidade de vida dos alunos
da Moradia Estudantil da Unicamp. A autora aplicou questionário
junto a 110 estudantes residentes (12% do total), cujos
resultados permitem concluir que a maioria deles julga
ter uma qualidade de vida boa ou aceitável. Livres dos
gastos com aluguel e transporte, os estudantes dizem ter
dinheiro suficiente para suas necessidades.
O aproveitamento da energia gerada na frenagem de veículos
automotivos híbridos é a possibilidade estudada por Felipe
Sversut Arsioli, com a orientação do professor Auteliano
Antunes dos Santos, na Faculdade de Engenharia Mecânica
(FEM). Em veículos híbridos, a potência para colocá-los
em movimento é obtida a partir de um sistema misto – motor
a combustão e gerador elétrico ou célula de hidrogênio.
A ideia é regenerar parte da energia gasta durante a frenagem,
como em veículos ferroviários, visando menor consumo de
combustível.
SERVIÇO
A programação, os resumos dos trabalhos inscritos e outras
informações sobre o XVII
Congresso de Iniciação Científica da Unicamp no site.
A programação, os resumos dos trabalhos inscritos e
outras informações sobre o XVII
Congresso de Iniciação Científica da Unicamp estão no
site.