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Faepex introduz novas regras
para financiamento de projetos

Objetivo das alterações é aprimorar o fomento
às atividades de ensino, pesquisa e extensão

MANUEL ALVES FILHO

Segundo Ronaldo Pilli, pró-reitor de Pesquisa, mudanças foram aprovadas em dezembro de 2009 pelo Conselho de Orientação do Faepex  (Foto: Antoninho Perri) A partir de 1 º de março, o Fundo de Apoio ao Ensino, à Pesquisa e à Extensão (Faepex) passou a operar com novas regras para financiamento de projetos. As alterações foram aprovadas em dezembro de 2009 pelo Conselho de Orientação do órgão. Entre as mudanças, destaque para a introdução da modalidade Programa de Auxílios Pré-temáticos, cujo objetivo é estimular a submissão de novos projetos temáticos à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Nesse caso, o Faepex destinará até R$ 10 mil para ajudar na elaboração da proposta. Também foram feitas modificações em relação à concessão de recursos para as seguintes modalidades: projetos temáticos já aprovados, Programa Auxílio à Pesquisa para Docente em Início de Carreira (Papdic) e Linha Extensão. Os detalhes sobre os procedimentos para pleitear os auxílios podem ser conferidos no novo sítio eletrônico da Pró-Reitoria de Pesquisa (PRP), que entrou no ar também em 1º de março (www.prp.unicamp.br).

De acordo com o pró-reitor de Pesquisa da Unicamp, professor Ronaldo Aloise Pilli, o intuito das mudanças é aprimorar o financiamento das atividades apoiadas pelo Faepex. Ele destaca que a concessão de recursos para a elaboração de novos projetos temáticos, por exemplo, já foi praticada em outras ocasiões. “Nós resolvemos reintroduzir essa modalidade com o objetivo de ampliar o número de propostas a serem submetidas à Fapesp”, afirma. O montante destinado a cada pedido aprovado, no valor de até R$ 10 mil, pode ser empregado para o custeio de atividades necessárias à estruturação do projeto (experimentos preliminares, viagens, reuniões de equipe, material permanente e de consumo). Os projetos temáticos já vigentes, assim como os aprovados a partir de 1º de março e coordenados por docente da Unicamp, terão assegurados R$ 10 mil por ano a serem utilizados a critério do coordenador.

Euclides Mesquita Neto, pró-reitor de Pós-Graduação, convida os docentes a concorrerem ao edital que apóia a vinda de professores estrangeiros  (Foto: Antoninho Perri) Em relação ao Papdic, prossegue o pró-reitor de Pesquisa, a novidade é que os docentes que, durante seu primeiro ano de vínculo com a Universidade, tiverem projeto de pesquisa aprovado por agências de fomento e estiverem credenciados em programa de pós-graduação da Unicamp, terão assegurados recursos para o custeio de um aluno de mestrado por um período de até 24 meses nos valores das bolsas de mestrado praticados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Além disso, foi mantido na linha PAPDIC o auxílio de até R$ 8 mil para docentes que submeterem solicitação de auxilio à pesquisa às agências de financiamento durante seu primeiro ano de vínculo com a Unicamp, de modo a proporcionar condições iniciais de trabalho aos docentes recém-contratados pela Universidade. Após aprovado, esse recurso pode ser destinado para a aquisição de material permanente e de consumo, contratação de serviços de terceiros e reparo de equipamentos. “Como esse jovem docente também pode pleitear bolsas de iniciação científica, ele encontra na Universidade condições muito favoráveis para a implantação de seu grupo de pesquisa”, considera Pilli.

A última mudança em relação às regras de financiamento do Faepex diz respeito ao auxílio destinado à Linha Extensão, que visa a apoiar a organização de eventos e outras atividades. O pró-reitor de Pesquisa esclarece que até então os pedidos eram analisados em fluxo contínuo. A partir de 1º de março, isso passou a ser feito por meio do lançamento de três editais ao ano, nos meses de março, junho e outubro. “Vamos concentrar a análise dos pedidos nesses três meses. Convidamos os docentes a visitarem a nova página eletrônica da PRP para que tomem conhecimento dos detalhes dos procedimentos”.

Internacionalização
Ainda no âmbito do Faepex, está em vigor um edital lançado em novembro do ano passado que tem por objetivo apoiar a vinda de professores estrangeiros para atuarem junto aos programas de pós-graduação da Unicamp. A iniciativa foi tomada em conjunto pela Pró-Reitoria de Pesquisa (PRP) e Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PRPG). Neste primeiro momento, explica o pró-reitor de Pós-Graduação, professor Euclides de Mesquita Neto, os visitantes poderão permanecer na Universidade por até 60 dias, com financiamento completo: viagem, hospedagem, seguro-saúde e pró-labore. “Nossa intenção com essa ação é qualificar os nossos cursos de pós-graduação, principalmente aqueles que ainda não alcançaram um grau de internacionalização”.

Como o prazo para a submissão de propostas ao edital se encerra em 31 de março, tanto Pilli quanto Mesquita Neto convidam os docentes e coordenadores de pós-graduação a apressarem a inscrição de seus projetos. “Trata-se de uma oportunidade excelente para que os nossos programas ganhem em qualidade. Nossa expectativa é que, com a vinda desses especialistas estrangeiros a partir de 1º de junho, nossos cursos abram novos horizontes, ofereçam novas disciplinas aos alunos e formulem novos projetos de pesquisa em cooperação com instituições estrangeiras”, diz o pró-reitor de Pós-Graduação.

Ainda de acordo com ele, esse tipo de intercâmbio frequentemente traz ganhos importantes ao ensino e à pesquisa, visto que a chegada de pesquisadores estrangeiros de reconhecida competência tende a deixar legados valiosos. Como exemplo, ele citou a experiência realizada em meados da década de 70, quando o médico e cientista belga Willy Jean Malaisse, recém-laureado com o título de Doutor Honoris Causa pela Unicamp, esteve como professor visitante na Universidade. Na ocasião, ele contribuiu para o desenvolvimento de um programa de pós-graduação no Instituto de Biologia (IB), que culminou com o desenvolvimento de relevantes estudos e a formação de profissionais de reconhecida excelência na área de fisiologia. “É esse tipo de ação que queremos fomentar”, assegura Mesquita Neto.

 

 

 
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